sábado, 28 de setembro de 2013

SETE - NÚMERO DA PREFERÊNCIA DIVINA

SETE são os dias da semana,
são as cores do arco-íris,
são as maravilhas do mundo antigo,
são as notas musicais.

SETE indica plenitude!
SETE não lembra nada a você?

Há pessoas ensinando que basta “guardar um dia em sete”, ou “qualquer dia pode ser o sétimo”, ou ainda, “não precisa guardar dia nenhum”; atitude semelhante assumiu Lúcifer, tentando subestimar a ordem divina, questionando a Lei de Deus, querendo implantar sua própria vontade, levando anjos, com seu ensino, a também se perderem.
Muitos hoje estão percorrendo o mesmo caminho de desobediência, contornando a vontade de Deus, no intuito de fazer prevalecer sua própria vontade.
Deus ordenou ao homem trabalhar seis dias e descansar no sétimo (Sábado). O homem, porém, está descansando no primeiro dia (domingo) , antes de trabalhar os seis. – Tudo trocado.
É justo isso? Será que Deus se conformará com tal atitude? Cuidado!
Deus não disse: Lembra-te de um Sábado, nem de um dia de Sábado. Ele definiu-o para você (Êxo. 20:8-11).
“O Sábado tem a sua origem na criação. Gênesis 2: 1-3.” – Pastor Carlo Johansson (teólogo Assembleano), Síntesi Bíblica do Velho Testamento, pág. 48.
“O Grande Arquiteto do Universo completou em seis dias Sua obra da criação, e descansou no sétimo dia... No sétimo dia Ele descansou, dando ao homem o exemplo, trabalhando em seis dias e descansando no sétimo.” – Pastor Myer Pearlman (teólogo Assembleano), Através da Bíblia, págs. 14,15.
Dizem que sete é conta de mentiroso. A Bíblia, porém, contradiz frontalmente esse conceito. O sete é predominante nela. No Novo Testamento, por exemplo, há estas referências:
Jesus disse que quando Satanás sai do coração do homem, e os frutos do Espírito não o povoa, ele volta e traz sete espíritos piores. Mat. 12:45.
Sete foram os pãezinhos que Jesus multiplicou para dar comida à uma multidão, e ainda sobraram sete cestos cheios (Mat. 15:34-37). Pedro desejava saber o limite do perdão. Sete vezes? perguntou a Jesus! Não até sete, mas até setenta vezes sete, respondeu Jesus. Mat. 18:21 e 22.
Os saduceus, em abono de sua crença herética, perguntaram a Jesus de qual seria a mulher dos sete irmãos que a desposaram (Mat. 22:24-28). Quando Jesus ressuscitou, a primeira pessoa a vê-Lo foi Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. Mar. 16:9.
Sete anos também foram os dias de felicidade que tivera ao lado de seu esposo a profetisa Ana (Luc. 2:36). Jesus ensinou que se o nosso irmão pecar contra nós sete vezes em um dia, sete vezes devemos perdoá-lo. Luc. 17:4.
Sete homens foram escolhidos para serem diáconos e ajudar na Igreja Apostólica (Atos 6:3). Sete nações foram destruídas por Israel até que se estabeleceu definitivamente na Terra Prometida (Atos 13:19). Sete foram os filhos de Ceva, judeu principal dos sacerdotes, que tentavam imitar a Paulo, em suas maravilhas e milagres (Atos 19:14). Sete dias ficou Paulo em Tiro, quando o navio em que viajava parou para ser descarregado. Atos 21:4.
Filipe era um dos sete diáconos (Atos 21:8). Sete dias era o prazo para a purificação do templo (Atos 21:27). Sete dias ficou Paulo com os irmãos da Igreja de Potéoli (Atos 28:13 e 14). Sete mil foram os fiéis que não dobraram seus joelhos diante de Baal (Rom. 11:4). Sete dias foi o prazo em que o povo de Deus rodeou os muros de Jericó até derrubá-lo (Heb. 11:30). Sete pessoas foram as únicas que se salvaram juntamente com Noé, das águas do dilúvio. II Ped. 2:5.
Sete são as igrejas da Ásia que João relata em sua visão; sete são os espíritos que estão diante do trono de Deus (Apoc. 1:4). Sete castiçais de ouro João viu em sua visão (Apoc. 1:12 e 13). Sete estrelas viu João na destra de Jesus (Apoc. 1:16). João disse que as sete estrelas são os sete anjos das sete Igrejas, e os sete castiçais, são as sete igrejas (Apoc. 1:20). “Eu sei as tuas obras”, disse aquEle que tinha em Sua destra as sete estrelas (Apoc. 2:1 e 2). Os sete espíritos diante do trono de Deus são comparados por João a sete lâmpadas, ou sete tochas. Apoc. 4:5.
João viu na mão de Deus um livro selado com sete selos. Somente Jesus podia abrir aqueles sete selos (Apoc. 5:1 e 5). Jesus é simbolizado por um Cordeiro com sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos (Apoc. 5:6). “O Cordeiro abriu um dos sete selos” (Apoc. 6:1). Na abertura do selo número sete, houve “silêncio no Céu por quase meia hora” e João viu diante de Deus sete anjos e foram-lhe dadas sete trombetas (Apoc. 8:1-2). Então os sete anjos com as sete trombetas se prepararam para tocar (Apoc. 8:6). “Os sete trovões fizeram soar suas vozes” quando um anjo veio do Céu com um livrinho na mão, colocando seu pé sobre a terra e outro no mar. Apoc. 10:3.
Sete mil homens morreriam através de um terremoto, segundo a profecia de Apocalipse 11:13. João viu no Céu um dragão com sete cabeças e sete diademas (Apoc. 12:3). Depois viu subir do mar uma besta que tinha sete cabeças (Apoc. 13:1). Divisou também um grande sinal no Céu: sete anjos com as sete últimas pragas (Apoc. 15:1). Posteriormente “um dos quatro animais deu aos sete anjos salvas de ouro, cheias da ira de Deus” (Apoc. 15:7). Após o que ordenou aos sete anjos, derramar sobre a Terra as sete salvas da ira de Deus. Apoc. 16:1.
Em espírito João foi levado ao deserto, onde viu uma besta de cor escarlata que tinham sete cabeças (Apoc. 17:3). As sete cabeças são os sete montes (Apoc. 17:9). São também, segundo o apóstolo, sete reis (Apoc. 17:10). Há um enigma a mais em Apocalipse 17:11: “A besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.”
A multiplicidade desta palavra sete é como que um chamar insistente e constante à nossa consciência para alguma coisa. O sete é o número da perfeição e predileção divina, tanto que, ao criar o nosso mundo, Deus o fez em seis dias e descansou no sétimo. Não que Deus se canse, mas para nos dar o exemplo.
Você já observou que na Lei de Deus, oito mandamentos começam com a injunção NÃO, e somente um inicia-se com a palavra lembra-te? É o quarto mandamento! Deus deseja que a cada final de um ciclo semanal os Seus filhos se lembrem de santificar o Sábado.
Prevendo Deus que com o passar do tempo o homem iria se esquecer, focalizou tanto o número sete, para, certamente, trazer à lembrança que o Sábado é o sétimo dia da semana e deve ser dedicado em adoração ao Senhor, não acha?
Algumas pessoas pensam que o domingo é o sétimo dia da semana, porque contam a partir de segunda-feira. Mas, diga-me, pode existir segundo sem primeiro? Evidente que não. Assim, o primeiro dia da semana é o domingo. Ninguém poderá se enganar, porque, neste particular Deus não deixou brechas para dúvidas, pois disse que o sétimo dia é o Sábado do Senhor. Êxo. 20:10. Gráficas e Editoras poderão imprimir calendários e neles colocar a segunda-feira como primeiro dia, e o domingo como o sétimo. Isso, porém, jamais inutilizará o calendário de Deus.
Porque vocês, pais e mães não adotam um bom costume? Sabe qual é? Façam seus filhos decorarem a Lei de Deus, os Dez Mandamentos. Então, não acham uma boa idéia? É um bom método. Mãos à obra, ela está relatada em Êxodo 20:1-17. Desta forma vocês estarão atendendo ao convite divino: “LEMBRA-TE...”
“LEMBRA-TE” ... De quê? – “Do Sábado para o santificar.”
– Esta amorosa expressão escrita pelo dedo de nosso Deus na pedra, prova que o Sábado já existia muito antes do Sinai.

“Mary Morril foi enviada à China como missionária, não sendo bem recebida. Ela e os outros missionários que lá estavam, receberam apelido muito humilhante: ‘Os diabos estrangeiros’. Mesmo assim, procuravam ser amáveis e bondosos com o povo, e não viviam atemorizados.
Certo dia, um líder juntou uma multidão, e enfurecidos foram xingando e gritando até o portão da Missão. Diziam que queriam matar a todos que ali estavam.
Na Missão havia um policial alto e forte, cujo nome era Feng. Ele tinha apenas 19 anos de idade. Apesar de ser o guarda dali, ele simpatizava-se com a turba enfurecida. Ria alto e dava gargalhadas quando o povo sacudia o portão, e ameaçava entrar na Missão.
De repente, surgiu uma jovem vestida de branco, com ar tranquilo. Era a missionária Mary que serenamente abriu o portão. Postando-se em frente da multidão, pediu silêncio para falar. Não demonstrou medo nem timidez, e pouco a pouco o silêncio tomou conta de todos. Disse ela:
– Por que vocês querem nos matar? Nós somos seus amigos. Não viemos aqui para fazer mal a ninguém, mas para ajudá-los. Vocês sabem que visitamos seus lares, ensinamos seus filhos, cuidamos dos seus doentes. É por isso que querem nos matar? Todas as vidas que salvamos, não valem a nossa vida?
Mas a multidão parecia querer avançar sobre ela. Então outra vez, Mary pediu silêncio e sem demontrar medo, fez uma proposta.
– Por favor, podem me matar, deixe-me morrer pelos outros, mas não invadam a Missão. Deixem os outros missionários que estão lá dentro viverem – disse apontando para o prédio. – Aqui estou indefesa, tomem-me!
Diante de tanta coragem, um a um, aqueles homens foram-se retirando e desapareceram.
Dias depois... a multidão voltou. Invadiram a Missão Advemtista e mataram cinco missionários. Levaram Mary e Anita Gould como prisioneiras. No dia seguinte, arrastaram-nas para fora da prisão e as decapitaram.
Feng ao ver esse terrível massacre de cristãos e a forma como reagiam diante da morte, exclamou: ‘Se estes cristãos não temem a morte, e como Mary, são até capazes de dar a vida pelos outros, eu também quero ser um deles’. Este jovem é atualmente uma coluna do evangelho em sua pátria, e é conhecido como o General Cristão.”
Ser fiel nesta vida significa ter a vitória garantida através de Cristo Jesus nosso Salvador. Meditação Matinal, 1997, 1º Dezembro.

Abraço!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

LENÇOL ZOOLÓGICO DE ATOS 10


“Durante Seu ministério terrestre Cristo deu início à obra de derribar o muro de separação entre judeus e gentios e apregoou a salvação a toda a humanidade.” – E.G.White, Atos dos Apóstolos, pág. 19.
Basta estudar a Palavra de Deus para se descobrir a singela verdade de que é repudiada a discriminação racial, pelo fato de que Jesus morreria até por uma única pessoa. Por conseguinte, não deve haver racismo entre os homens. 
A Bíblia comprova que o pecado alcançou a todos, daí não haver uma raça de elite, separada, isenta de pecado. Da mesma maneira, foi por todos indiscriminadamente que o Salvador depôs Sua vida em uma ignominiosa cruz, cujo sangue imaculado pode justificar a mais degradada e pobre criatura da selva, como a mais bem preparada de qualquer Continente. Todos de igual maneira merecem a oportunidade de conhecer e viver o evangelho que restaura e salva; todos podem tornar-se cidadãos da família celestial. Nesta família não pode haver homens separados por quaisquer status. A intolerância do judeu contra o gentio é um deplorável procedimento, uma atitude anti-cristã.
No Templo de Jerusalém havia um limite para os gentios. Uma placa indicativa dizia:
“Nenhum estrangeiro pode passar além da balaustrada e da parede que cercam o lugar santo. Quem quer que seja apanhado violando este regulamento será responsável pela sua morte, que se seguirá.”
A visão de Pedro do lençol repleto de animais, puros e imundos, relatada em Atos 10, tem sido utilizada para provar a liberação divina para se comer as carnes que foram proibidas ao homem, deixando os que assim crêem de consciência tranquila. Será entretanto que essa tranquilidade continuará, ao descobrirmos agora exatamente o contrário?
A expressão divina – “Levanta-te, Pedro, mata e come” (Atos 10:13), isolada de seu contexto, tornou-se a mola mestra da engrenagem dos que se conformam com a superfície do versículo, mas a você, apelo outra vez: nunca se satisfaça com um texto isolado. Não é bom nem correto. É preciso estudá-lo junto ao contexto, e, necessariamente, comparando com outras escrituras.
Descubramos, portanto, como deve ser estudado este capítulo maravilhoso de Atos 10:

Verso 1
“E havia em Cesaréia um varão por nome Cornélio, centurião da côrte chamada italiana.”
Cesaréia era um “porto marítimo de Saron, construído por Herodes, o grande, em 13 a.C. Residência dos procuradores romanos”. Por conseguinte, trata-se, possivelmente de um homem romano o bom Cornélio, pois além de um cargo militar altamente importante, servia em uma base radicalmente romana. Em última análise, uma coisa é líquida e certa, não esqueça, ele não era judeu, era um gentio. Você por acaso sabe o que um judeu pensava a respeito de um gentio por essa ocasião?

Verso 2
“Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus.”
Que quadro lindo! Solenemente espetacular! Um proscrito para os judeus amava e servia ao Deus dos judeus, e este amor era à prova de crítica. Vestido com roupa de trabalho, pois diz a Bíblia que ele auxiliava, socorria com seus bens os menos favorecidos, e dentre os tais, quem sabe, muitos judeus. Era desprendida sua devoção, sincera, partia de um coração anelante por conhecer mais o Deus de Israel. E o mais maravilhoso é que Deus “atentou” para aquele que aos olhos dos judeus não merecia sequer conhecê-Lo.

Da leitura dos versos 3 a 8, concluimos que o amor de Deus envolveu Cornélio e o prestigiou com a comissão de um anjo que trazia do Céu, a aprovação para seu gesto caridoso e amante, orientando-o a ir em busca do apóstolo Pedro, dando-lhe para tanto as indicações, como: cidade, rua, casa e nº., etc.

Versos 9 e 10
“E no dia seguinte, indo eles em seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta (1/2 dia). E tendo fome, quis comer; e enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentido.”
Caro irmão, imploro agora sua esmerada atenção, para que você alcance a sabedoria do Deus que eu e você amamos. Toda vez que Ele queria ensinar alguma coisa ao homem, utilizava algo que lhe fosse peculiar. Como por exemplo: Ao lavrador, – a terra. Ao boiadeiro, – o gado. Ao Pastor, – a ovelha, ao pescador, – a rede etc. Como Deus desejava transmitir algo sublime e maravilhoso a Pedro, que melhor ilustração utilizaria senão aquilo que estivesse mais intimamente ligado à sua condição no momento, isto é: comida? (Pedro estava com fome).
O Senhor preparava Pedro para a grande mensagem. Assim, conforme dizem os versos 11 e 12, Deus mostrou-lhe em visão, o famoso lençol zoológico, e pateticamente declarou:

Verso 13
“... levanta-te Pedro, mata e come.”
Tal ordem suscitou imediatamente do obediente apóstolo a dramática, sincera e inolvidável declaração:

Verso 14
“...De modo nenhum, Senhor. Porque nunca comi... coisa imunda.”
Observe o irmão, a magnitude do acontecimento, que se repetiu por três vezes, voltando a se recolher ao Céu, conforme os versos 15 e 16.
Os versos 17 e 18 relatam que Pedro estava desconcertado com aquela visão, e, tentando chegar a uma conclusão razoável, pôr em ordem os seus desencontrados pensamentos, quando – pasme – batem à porta. Eram os homens que o bom Cornélio enviara, conforme instrução de Deus. Atenção agora para o verso seguinte:

Verso 19
“...Eis que três varões te buscam.”
Em meio ao aturdimento de Pedro, Deus avisa-o que “três varões” o procuravam e que ele, sem demora, deveria descer e se apresentar aos estrangeiros, pois fora Deus quem os enviara. Observe o prezado irmão as nuanças da visão, os detalhes divinos.
• A visão apareceu a Pedro três vezes.
• Também três varões apareceram-lhe, enviados por Cornélio, com a indicação do anjo do Senhor
.• Deus lhe deu a visão exatamente na hora em que Pedro estava com fome, para melhor aguçar a lição que desejava ensinar ao apóstolo. O apetite é um grande teste. Tudo é maravilhoso, não acha? No verso 22, os varões falaram a Pedro a respeito de Cornélio, da aprovação de Deus para com ele e do anjo que os enviou à sua procura.
Pedro então, imediatamente recebeu-os em casa, e no dia seguinte, tomando alguns irmãos de Jope, rumou para Cesaréia, a fim de realizar um grandioso trabalho missionário, conforme a leitura do verso 23. Um dia depois, chegam ao seu destino, e maravilhados contemplam um grupo de gentios, sedentos do evangelho, almejando a salvação bem como trilhar os caminhos de Deus, segundo se depreende da leitura dos

versos 24-27.
Diante deste quadro, Pedro reprime as lágrimas, cumprimenta os gentios afetuosamente, e se prepara para lhes anunciar as boas novas da salvação.
Sinceridade, submissão e humildade são características daqueles que de fato almejam fazer a vontade de Deus e preparam-se para o Céu; sob essa bandeira que deve ser a minha e a sua atitude para com a Bíblia, ouçamos o apóstolo Pedro:
Verso 28
“E disse-lhes: vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu ajuntar-se ou achegar-se a estrangeiros: mas Deus mostrou-me que A NENHUM HOMEM CHAME COMUM OU IMUNDO.”
Os judeus achavam-se os únicos dignos da graça de Deus, e por isso consideravam todos os demais como imundos, na pura acepção da palavra. Entretanto o evangelho não é exclusivo de grupos privilegiados ou nação isolada (embora Israel já tenha tido este privilégio até a morte de Estêvão); e, como a mensagem do Evangelho Eterno deveria alcançar todas as pessoas, aprouve a Deus forjar um encontro entre o judeu e o gentio, isso por meio do apóstolo Pedro, que entre todos, parecia ser o mais apegado às tradições e ao exclusivismo nacional e espiritual.
Do verso 29 a 33, Cornélio, o gentio a quem Deus amava e queria que ouvisse do evangelho que vem dos judeus, relata a visão que tivera e como tomara a decisão de mandar buscar a Pedro, declarando:

Verso 33
“...Agora, pois, estamos todos diante de Deus para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado.”
Diante de fatos tão sublimes, vendo a operação maravilhosa do Espírito Santo naqueles corações, observando como o Senhor estava demonstrando Seu amor por pessoas de outra raça, Pedro deixa cair por terra sua tradição e preconceito de que os gentios não eram dignos da salvação nem do favor de Deus, e, exclamando com toda veemência, quedado diante da Onipotência divina, diz:

Versos 34 e 35
“...Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que Lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, O teme e obra o que é justo.”
Como é clara a verdade divina ensinada ao apóstolo Pedro! Deus ama a todos os homens, quer salvar a todos indistintamente. Morreu por todos: judeus e gentios. A cruz atrai todas as raças e une todos os povos.
Dos versos 36 a 48, é relatada a convicção de Pedro de que aqueles gentios foram aceitos por Deus, e assim não hesitou em pregar-lhes com poder as boas novas da salvação. E nesta oportunidade, para sedimentar Sua aprovação por aquele sincero grupo de crentes gentios, revelando publicamente Seu agrado, Deus enviou-lhes o Espírito Santo, causando espanto geral. Era a aprovação total. O amor de Deus alcança a todos, judeus e gentios, em todos os lugares, graças a Deus!
O episódio não termina aqui. Quando a igreja em Jerusalém soube do ocorrido, levantou-se contra Pedro, com a prerrogativa de haver-se misturado com gente tão repelente e imunda, os gentios. Intima-o a retratar-se. O apóstolo então, cheio do Espírito Santo, apresenta-se diante da Igreja-Mãe, e relata como Deus lhe mostrara,
através de uma visão de animais em um lençol, que todas as pessoas, de toda tribo, raça e língua, desde que O tema e guarde Seus mandamentos, são dignas do amor, da Graça e da salvação pelo sacrifício eterno de Jesus.
E muito mais! Deus não somente revelou Seu amor pelos gentios como os agraciou com o derramamento do Espírito Santo (Leia Atos 11:1-17).
Contra este argumento não houve reação, e portanto a posição da Igreja-Mãe não poderia ser diferente. Leiamos:
Atos 11:18
“E ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.”
Como vê, irmão amado, é simples, puro e cristalino como água na folha de inhame. Não há aqui interpretação humana. Não há necessidade de torcer nada e muito menos adaptar-se a qualquer tipo de conveniência. É uma verdade clara que brota como luz da aurora no coração sincero. A Igreja de Jerusalém não mudou a Bíblia, mudou sim, sua posição em relação aos gentios pelo testemunho de Pedro, que por sua vez mudou sua opinião através do ensino de Deus por meio de um lençol de animais.
Hoje, lamentavelmente ocorre o contrário. Muitos preferem mudar a Bíblia, ou quando nada, tentam adaptá-la à sua opinião. Que não seja esta sua atitude, meu querido irmão.
Pois bem, fica determinado pela Bíblia, sem nenhuma dúvida, que Deus utilizou um lençol de animais puros e imundos para ensinar a Pedro, quando este estava com fome, que “nenhum homem é comum ou imundo” e “que Deus não faz acepção de pessoas”, pois todos de igual modo merecem a oportunidade de conhecer e viver o evangelho que restaura e salva. Todos podem tornar-se cidadãos da família celestial, mas..., se não acontecesse essa visão, jamais Cornélio e sua família ouviriam de Pedro esta mensagem que salva, dada sua posição contra os pobres gentios. Isto sim, mas nunca para autorizar a comer carnes imundas.
Irmão, a Igreja de Jerusalém foi humilde e sincera. Você também decidirá pela Verdade? Decisão envolve coragem! Você é um forte, pois Cristo lhe dá poder.
Deus estava levando Seu apóstolo a sentir “FOME” pela salvação de todas as pessoas, de todas as raças, em todos os lugares do Planeta Terra!
“Essa visão tanto serviu para repreender a Pedro como para instruí-lo. Revelou-lhe o propósito divino – de que pela morte de Cristo os gentios deviam tornar-se co-herdeiros dos judeus nas bênçãos da salvação. Até então nenhum dos discípulos pregara o evangelho aos gentios.
“Em seu pensamento, o muro de separação posto abaixo pela morte de Cristo ainda existia, e seus trabalhos limitavam-se aos judeus, pois tinham considerados os gentios excluídos das bênçãos do evangelho. O Senhor buscava então ensinar a Pedro a extensão universal do plano divino.” – Ellen G. White, Atos do Apóstolos, págs. 135-136.
PENSE NISSO:
A visão do lençol de Atos 10 foi uma prédica divina para mostrar a Pedro que todos são iguais e, simultaneamente, prepará-lo para o derramamento do Espírito Santo sobre Cornélio, semelhante ao Pentecostes (Atos 10:44-47). E isto foi a comprovação ipso-facto, de que Deus não faz acepção de pessoa, mesmo. Agora ouça Paulo, escrevendo aos Romanos 10:12-13:
“Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que O invocam. Porque todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo.”
CURIOSIDADE 
Atos 11: 12 – Disse Pedro:
“...e também estes SEIS irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele varão (Cornélio).”
Na lei egípcia que os judeus conheciam bem, eram preciso SETE testemunhas para provar completamente um caso judicial ou qualquer outro.
Na lei romana também, e eram necessários SETE selos para autenticar um documento que fosse realmente importante como um testemunho.
Portanto, havia SETE testemunhas deste fato. Pedro + 6 = 7.
Abrazo!

sábado, 14 de setembro de 2013

ROMANOS CAPÍTULO 14 & OUTROS




A epístola aos Romanos além de ser um hino de exaltação à Lei Moral é também, por excelência, um doutrinal de justificação pela fé. E aqui, da mesma forma que se nota nas outras cartas paulinas, os “judaizantes” não lhe davam tréguas. Pelo “filtro” do capítulo 14 desta epístola, vemos como solertemente eles tentam injetar a heresia da justificação pelas obras da Lei Cerimonial, entre os discípulos.
Por isso, vamos abrir bem os olhos para alcançar de forma clara, o que Paulo diz neste capítulo para desanuviar a confusão gerada nos leitores atuais desta epístola que, com a maior sinceridade, pensam ter sido cancelado o Sábado, ao lerem:
Romanos 14:5
“Um faz diferença, entre DIA e dia, mas outro julga iguais todos os dias...”
A pessoa sincera, que ainda não entendeu a santidade do quarto mandamento da Lei de Deus, pensa que neste texto Paulo o desdenha. Não, não é assim!
Especificamente neste contexto, veja o que se encontra na Didachê (palavra grega = arte de ensinar):
“Vossos jejuns não devem ser feitos nos mesmos dias com os hipócritas, pois eles jejuam na segunda-feira e na quinta-feira, mas deveis jejuar na quarta-feira e na sexta-feira.” – Edgar Goodspeed, The Apostolic Fathers, An American Tranlation (New York: Harper and Brothers, 1950), pág. 14. Citado na RA, 08/98, pág. 9.
Foi esta tresloucada disputa cerimonial que levou Paulo a escrever Romanos 14:5. Isso é claro pelo testemunho documental da Didachê. Mas, Paulo fala de outro dia que muitos, não compreendendo, aceitam como se tratando do Sábado semanal – o dia do Senhor.
Bem, esquecendo a Didachê, o primeiro passo a dar para se desvendar o assunto, é descobrirmos de que DIA trata. Convém lembrar que este problema também ocorreu com os Gálatas, e Paulo assim os repreendeu. Observe:
Gálatas 4: 10 – “Guardais DIAS, e MESES, e TEMPOS, e ANOS.”
Não esqueça: os “professores judaizantes” trabalhavam assiduamente para subverter o cristianismo. Também tentaram infiltrar-se entre os crentes de Colossos, e Paulo novamente os repele, veja:
Colossenses 2: 16
“Portanto, ninguém vos julgue... por causa dos DIAS de festa, ou da LUA NOVA, ou dos SÁBADOS.”
Específicamente, neste texto, Paulo extravasa o assunto de maneira muito clara e abrangente, assegurando que a exigência dos “judaizantes” em todos os lugares onde se infiltrassem era a mesma:
Guardar DIAS, MESES, TEMPOS, ANOS, LUAS NOVAS e “SÁBADOS”
Isto daí, meu irmão, eram os festivais sabáticos dos judeus religiosos. Você os encontrará nestes livros: Isaías 1: 13. Oséias 2: 11. Amós 5: 21-22. Jeremias 6: 20; 7: 21-24; 14: 12. Miquéias 6: 6-7. I Crônicas 23: 31. Esdras 3: 4-5, etc.
Portanto o – DIA e DIAS – de Romanos 14: 5, é o próprio de Gálatas, também o mesmo dos Colossenses, e não é outra coisa senão as festas judaicas que compunham a Lei Cerimonial, a saber:
ATENÇÃO – GRÁFICO 1
Estes festivais obedeciam a um calendário anual e quando chegavam, o DIA era considerado sábado e revestido de toda a santidade conferida ao Sábado do sétimo dia da semana. Para você compreender bem o assunto, leia o capítulo GÁLATAS À LUZ DA BÍBLIA e SÁBADO – DO HOMEM E DE DEUS.
Estas cerimônias foram exigidas antes da cruz porque eram sombras de Cristo (Col. 2:17). Vindo Ele, acabou. A insistência dos “judaizantes” ao reviver tais festas era a declarada recusa às doutrinas cristocêntricas apresentadas por Paulo. Antes de Cristo morrer na Cruz do Calvário, aqueles rituais envolventes e impressionantes, se consituíam no evangelho para os judeus, mas com a morte de Cristo, desnecessário se tornou.
Assim, digo-lhe: em tudo isso nada há contra o Sábado do sétimo dia da semana, que, como um mandamento da santa Lei de Deus, permanece como sinal entre Jeová e Seus leais filhos. (Ezequiel 20: 20). Ainda que o Sábado tenha emprestado seu nome aos festivais cerimoniais nada tem a ver com eles. Lamentavelmente, o Sábado semanal permanece hoje como o grande mandamento esquecido. Reflita nisto irmão: Por ocasião destes incidentes, TODOS guardavam o Sábado (Atos 15: 21).
O próprio Paulo o guardou em todas as suas viagens e estabelecimento de igrejas. Por favor, queira ler o capítulo PAULO E O SÁBADO NO LIVRO DE ATOS. Os discípulos de Jesus guardavam o Sábado. Provas: Mateus 28: 1. Marcos 15: 42; 16: 1. Lucas 23: 54-56. Atos 13: 14, 27, 42, 44; 17: 2; 18: 1-4. Finalmente, anote:
Paulo escreveu a epístola aos Romanos no ano 58 d.C. Jesus antes de morrer (ano 31 d.C.) advertiu aos discípulos que não transgredissem o Sábado (Mat. 24:20) quando da destruição de Jerusalém, que se daria no ano 70 d.C.
Portanto, doze anos depois que Paulo escreveu aos romanos (ano 70 – ano 58 = 12 anos), o Sábado era guardado pelos discípulos por orientação de Jesus. Daí, a conclusão coerente é de que Paulo está se referindo aos DIAS (sábados cerimoniais) e nunca ao Sábado semanal, no capítulo 14 de Romanos.
GENEALOGIAS – LEI – FÁBULAS
Tito 3: 9
“Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates sobre a lei, porque são coisas inúteis e vãs.”
I Timóteo 1: 4
“Nem se dêem a fábulas, ou a genealogias, que mais produzem questões do que a edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora.”
Paulo sempre encontrou acérrimos “judaizantes” em seu caminho, preocupados em promover debates acerca do ritualismo e fábulas judaicos. Estes dois textos dizem da preocupação do apóstolo em preservar seu rebanho da escravidão enfadonha da Lei Cerimonial que tais contendores desejavam acirradamente colocar em uso, em todos os lugares.
Quanto à palavra Lei aí focada, você não deve confundir com a Lei de Deus cujos mandamentos são de cunho moral. Efetivamente: não roubar – não matar – não adulterar – não ter outros deuses, não são “coisas inúteis”, muito menos “coisas vãs”, certo?
Paulo incontestavelmente, está focalizando aos seus filhos na fé – Tito e Timóteo, exatamente o que sempre foi o problema mais próximo de seu ministério: O Ritualismo Cerimonial Judaico – Lei Cerimonial.

ROMANOS 14 — SEGUNDA PARTE
Este capítulo cristaliza a ampla liberdade de Paulo e do evangelho, bem como realça a fragilidade da fé de certos irmãos. Assim, Paulo nos anima, como cristãos fortes, a exercer tolerância para com os fracos na fé, evitando todo e qualquer julgamento a respeito da experiência cristã de alguém. I. Coríntios 8: 12.
Romanos 14: 2
“Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.”
A Bíblia garante, estribados na apresentação pessoal do apóstolo Paulo (Fil. 3: 5-6), que ele não comia alimentos imundos (apelou com veemência para que os crentes preservassem seus corpos santos e aceitáveis a Deus como sacrifício vivo. Rom. 12:1. I Cor. 3:16-17. Porém, não se opunha a comer carnes sacrificadas a ídolos, porque eram carnes limpas. I Cor. 8:4; 10:19).
Pois bem, Paulo começa sua carta usando uma expressão que confunde os menos estudiosos – TUDO. E depois, confunde ainda mais, dizendo ser – FRACO – quem come legumes. Evidentemente, há necessidade de cavar fundo e “pescar” o que o apóstolo quer ensinar porque a alimentação vegetal tem-se demonstrado mais saudável para o ser humano, e foi o regime alimentar estabelecido por Deus antes do pecado (Gên.1:29). Daniel e seus companheiros na côrte babilônica provaram esta verdade. Daniel 1.
Quando Paulo menciona o TUDO, sua referência é direcionada às carnes sacrifi-cadas aos deuses pagãos (Atos 14:12-13. Levíticos 11: 3), e estas eram limpas (Veja pág. 351). E o FRACO é tão somente quem ainda não amadureceu espiritualmente e, como tem uma consciência débil (I Cor. 8: 11), não admitia o consumo desta carne.
Por conseguinte, comer ou deixar de comer carnes sacrificadas aos ídolos é um assunto pessoal. Ninguém deve se tornar consciência alheia para o fato, porque no verso 3, Paulo coloca os “pratos” na mesa, dizendo:
“QUEM COME NÃO DEVE DESPREZAR QUEM NÃO COME”
– Por quê? Paulo mesmo responde em Romanos 14:
Primeiro: porque todos comparecerão diante do tribunal de Deus (verso 10).
Segundo: Cada um dará contas de si mesmo a Deus (verso 12).
Terceiro: Ninguém deve se constituir em tropeço ao irmão (verso 13).
Romanos 14: 14
“Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa, é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.”
Reafirmo-lhe, amado irmão, com toda a força do amor, que esta “nenhuma coisa” são as carnes sacrificadas aos ídolos, fato que se confirma cristalinamente nos versos 15 a 20. Efetivamente Paulo está capitulando o mesmo assunto, tratando do mesmo problema, discorrendo sobre alimentos; portanto, lógico, racional e evidente que são as carnes sacrificadas aos deuses pagãos, e nunca os seres proibidos na Lei Dietética de Levíticos 11, pois não há contradição na Bíblia. Como sabemos, o Espírito que inspirou Moisés a determinar esta necessária lei, foi O mesmo que inspirou Paulo em suas epístolas e cartas. Veja a posição de Paulo:
II Coríntios 6: 17: – “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos diz o Senhor: e não toqueis nada imundo e Eu vos receberei”.
A liberdade que Paulo dá a entender não é sobre as carnes imundas que Deus proibiu, mas as carnes limpas que alguns de seus compatriotas consideravam imundas ao serem sacrificadas aos ídolos.
Para consolidar o assunto vamos recorrer aos coríntios, que, identicamente, tiveram a mesma dificuldade, que foi equacionada de maneira correta. Porém, anote este detalhe:
– A Epístola aos Coríntios foi escrita menos de um ano antes da de Romanos, por isso é bastante razoável e lógico concluir que em Romanos 14 e I Coríntios 8 e 10 Paulo trate, em essência, do mesmo assunto, qual seja: Carnes sacrificadas aos ídolos.
I Coríntios 10: 27-28
“E, se algum dos infiéis vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem perguntar nada, por causa da consciência. Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência...”
Observe esta ilustração:
Imaginemos você estar nesta época em Corinto, e um amigo idólatra o convida para um banquete. Você vai! Então, lá na casa deste seu amigo pagão, ao colocar ele um pedaço de carne em seu prato, não pergunte se ela foi sacrificada aos ídolos. Ao comer a carne, sem perguntar nada, a sua consciência não lhe acusará, pois nada sabes a respeito dela.
Porém, se algum dos irmãos coríntios passar por ali, ou estiver presente, informar que foi sacrificada aos ídolos – não coma – (I. Cor. 10: 28), ainda que seja deselegante para com o amigo. Evite-a por causa da consciência de quem lhe advertiu. A consciência dele o impede de comer e você por amor a ele, deve deixar de comer também (I Cor. 8: 13).
– Por que Paulo não disse assim:
“Se alguém vos disser: Isto é carne de porco ou imunda, não comais.”
– Ele tão somente afirmou:
“Se alguém vos disser: Isto FOI SACRIFICADO AOS ÍDOLOS, não comais.”
Como se vê, trata-se de questões de consciência e não de qualidade de comida, pois notória era a posição de todos quanto às carnes imundas.
Agora, a minha pergunta: Será a consciência um guia seguro? Se for uma consciência cativa aos princípios e vontade de Deus, sim! A diretriz do cristão é a Palavra de Deus quem estabelece.
Sabe, é possível que alguém esteja ferindo sua consciência por falta de domínio próprio, talvez cauterizando-a e arrazando a saúde por uma má interpretação dos textos paulinos. A consciência precisa de reflexos santos para se tornar um guia seguro. Sobretudo, a pessoa deve usar o bom senso, que, na maioria das vezes, é mais útil que a atuação da consciência.
EXEMPLO: Século vinte, em uma lanchonete vende-se pastéis de carne bovina, de galinha e de camarão. Alguém pode pedir um pastel de galinha ou de carne de boi para comer. E vai fazê-lo sem perguntar nada por causa da consciência? Vai fechar os “olhos” da consciência, por causa da consciência? É a guerra: Razão x apetite.
– Bem, os “quadros” são diferentes, ou não?!
Naquele tempo, Século um, a industrialização era zero. O consumo moderado, em função da quantidade de pessoas. Ademais, a dúvida levantada quanto a ter sido ou não a carne oferecida aos ídolos demonstra que eram limpas; e mesmo limpas, nem toda a carne era sacrificada aos deuses pagãos, pois caso contrário todos os crentes dela se absteriam sem nada perguntar.
Hoje, porém, houve uma tremenda inversão de valores; além do consumo cárneo adquirir proporções alarmantes, as carnes consideradas imundas por Deus (porco, rã, lagosta, etc. Lev. 11. Deut. 14) são largamente comercializadas, e o seu preço excede, em muito, ao das carnes limpas; uma penalidade ao contra-senso.
Por outro lado, nada havia de mal em comprar carne sacrificada aos ídolos no açougue ou comê-la na casa de algum gentio, porque sendo o ídolo uma estátua inanimada, não podia influir de forma nenhuma em tal carne. O que se há de condenar, e com veemência, era o fato de certos cristãos (de consciência “forte” ou plenamente cauterizada?) frequentarem os templos pagãos para se banquetearem com as oferendas feitas em honra aos ídolos (I Cor. 8:10; 9,7,11-12).
Por isso, no “quadro” atual, usando o bom senso, em nada a consciência precisa ser acionada. Basta imaginar: os pastéis de camarão, são fritos na mesma panela em que se fritam os pastéis de carne e de galinha?
Em que são fritos: óleo vegetal ou banha de porco?
E a faca ou a máquina elétrica que cortam o queijo, em um botequim: são as mesmas que cortam o presunto ou mortadela para se fazer um sanduiche?
– Lamento dizer, amado, está tudo contaminado. Isso sem falar que a gordura ou óleo nestes estabelecimentos não se renovam por meses. Está super saturada e é altamente cancerígena.
Use o bom senso, substitua estas coisas por aveia, soja, legumes, hortaliças, cereais, frutas bem lavadas e pão integral. Adicione exercício físico, água pura e um bom sono.
Bem, creio que posso lhe dizer: o bom senso ajudou a consciência a ser forte e assim constituir-se em um guia seguro, não é?
“TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS”
I Coríntios 10: 31
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”
Um irmão nosso foi convidado por seus parentes que são de fé batista para um almoço especial pela passagem de um natalício. Quando a mesa foi arranjada, alguém teve, de propósito, o cuidado de colocar bem no centro, uma leitoa assada, recitou o verso acima e solicitou ao irmão Noel para pedir a bênção sobre os alimentos. Este, com a calma peculiar dos santos, orou:
– “Senhor, o que puderes abençoar nesta mesa, abençoe, por amor de Jesus, amém.” (*)
– Não posso entender que um irmão coma um animal imundo proibido pelo próprio Deus (Levíticos 11: 7-8) e creia que assim fazendo seja para a glória de Deus! Diga-me qual a diferença de colocar também naquela mesa, um litro de cachaça, uma garrafa de cerveja ou de whisky?
Positivamente, dentro desse raciocínio (“tudo é para a glória de Deus”), não podemos aceitar (nem aquele irmão da leitoa aceitaria) que algum crente vá tomar cachaça, vinho ou uisque e o faça para a glória de Deus, mesmo o texto dizendo com a maior clareza: “...quer bebais.” Percebe como o problema é mais profundo do que muitos pensam? Sim, porque o que acontece é que o “quer comais” está sendo usado como autorizando se comer de tudo. E, o “quer bebais” não autoriza beber tais bebidas alcoólicas. Seria isso uma atitude coerente? Ainda diz mais o texto: “façais outra qualquer coisa”.
Será que o crente pode fazer o que o ímpio faz e isso ser para a glória de Deus? – Certamente que não! Mas se alguém aplica o “quer comais” como que o autorizando a comer tudo o que Deus proibiu não poderá contestar quem ache que “outra qualquer coisa” abone a prática de um pecado aberto e acintoso, ou velado e acariciado com o respaldo deste texto paulino!
Amado irmão, o “façais outra qualquer coisa” são unicamente as coisas lícitas aos cristãos, e o “bebais” e o “comais” referem-se somente ao que Deus permitiu o homem usar. Por conseguinte, o que Paulo quer dizer é que os coríntios e os romanos deveriam abster-se de carnes sacrificadas aos deuses pagãos por amor aos cristãos de consciência sensível. E isto sim, pode ser atribuído à glória de Deus.
(*) Treze anos depois, encontrei-me com o irmão Noel e perguntei-lhe: E o homem da leitoa, como vai? Respondeu-me: “Já é Adventista com quase toda a família.” Aleluia!
“TODA A CRIATURA É BOA?”
I Timóteo 4: 4
“Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças.”
Também aqui há que se usar o bom senso para se entender claramente o que Paulo quer dizer. Certamente o apóstolo diz ser boa toda a criatura para a finalidade para a qual foi criada. Exemplo: O boi para se comer, urubu para limpar a terra.
Veja a suprema necessidade de comparar os textos bíblicos para se extrair a verdade que eles encerram. Paulo não está querendo dizer aqui que se pode comer toda a criatura indistintamente, senão teremos que desculpar o canibal que come carne humana. Além do que haveria tremendo choque com Isaías, veja:
Isaías 66: 17: 65; 4
“Os que se santificam, e se purificam nos jardins uns após outros, os que comem carne de porco, e a abominação, e o rato, juntamente serão consumidos, diz o Senhor... Comendo carne de porco... abomináveis.”
Percebeu a clareza do texto? Isaías, inspirado pelo Espírito Santo diz: O crente que come estas duas criaturas – porco e rato – não será salvo. Não pensemos que haja contradição na Bíblia. O Espírito Santo jamais Se contradiz.
Tenho certeza que você mesmo não aceita que tudo se torna santificado após a oração, como parece sugerir o texto. É impossível que uma pessoa esclarecida, crente em Cristo, possa cozinhar uma cobra ou um sapo e depois pedir a bênção para eles, e comer. Não creio que serão santificados pela “ação de graças”, ainda que sejam criaturas de Deus!
– E, por que não? – Porque tais animais não foram criados para serem consumidos. Aliás... nenhum foi!
Assim pois, temos que comparar os textos e as ocorrências dos vários lugares que Paulo foi chamado a atuar sobre o assunto e veremos que tudo girava em torno de carnes limpas, porém, sacrificadas aos deuses pagãos.
Como afirmei, há necessidade de se usar o bom senso no melhor apuramento da vida espiritual, porque Paulo também mandou Timóteo tomar vinho (I Tim. 5:23); permitiu também ao diácono (I Tim. 3:8). E agora, vai o crente encher sua geladeira de cerveja? Ora, é tão razoável uma coisa quanto outra!
Com relação ao vinho que Paulo recomendou tomar – como remédio – , não tenhamos a menor dúvida que se trata do melhor suco de uva. Só pode ser o puro suco da vide (Deut. 32:14; Isa. 25:6); porém, Paulo não explicitou isso, não é?
E por que sei que é o puríssimo suco da uva? É porque não se concebe um crente tomar bebidas alcoólicas, pois ele é o templo do Espírito Santo (I Cor. 3:16), e os bêbados não entram no Céu (I Cor. 6:10). O Governo Brasileiro provou que meio copo de cerveja já altera o comando sensor do motorista. Se dirigir, será preso; porque pode ocasionar um desastre. Está bêbado! O bafômetro garante.
– Aliás, quem foi que disse que os bêbados não entram no Céu? Não foi Paulo? (I Cor. 6: 10). Disse também para não se embriagar (Efé. 5:18). Viu? Estamos indo além do véu, usando o bom senso, não é? Já está provado que de cada sete bebedores ocasionais um se torna alcoólatra inveterado. Pois é, o social–mente.
“DEUS CRIOU TUDO PARA OS FIÉIS?”
I Timóteo 4: 3
“Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças.”
Na Bíblia, irmão, só há autorização para se comer carnes limpas (Lev. 11: Deut. 14). Por conseguinte, é destes manjares que Paulo está falando. São as carnes limpas, que, usadas com “acões de graças” se constituem os “manjares dos fiéis”.
Este texto especificamente, é uma profecia que, como luva, se encaixa na Igreja Romana. Ela mantém a tradição de proibir o casamento de padres e freiras, e também proibe comer carne na sexta-feira, chamada santa, lembra-se?
Ora, irmão, não há nada demais comer carne limpa (galinha, boi, vaca, touro, carneiro, ovelha, cabrito, etc) na sexta-feira santa. Pode pedir a bênção sobre ela, Deus a abençoará e poderás comer livremente, porque são estas as criaturas que, separadas para os fiéis, “pela Palavra de Deus e pela oração é santificada” (I Tim. 4: 5), na sexta-feira ou em qualquer outro dia da semana; porém, se optares pelo vegetarianismo, farás melhor. Sim, muito melhor!
Quanto ao casamento, ora, é um direito inalienável do moço e da moça amar e ser amado, e constituir sua família. Deus estabeleceu este sacramento no Éden ao oficiar o casamento de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Portanto...!
“TODAS AS COISAS SÃO PURAS?”
Tito 1: 15
“Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados.”
Este é mais um texto isolado, e você não o pode aceitar literalmente, fundamentado na expressão abrangente da palavra: “todas as coisas são puras”, porque nem tudo é puro para o puro. Quer ver?
Revistas pornográficas,
filmes obscenos, violentos, fantasiosos,
novelas,
bailes, cinema, etc.
Estas coisas são puras para os puros? – Claro que não, você dirá! Então qual é o problema desta epístola?
O verso 15 de Tito cap. 1, faz parte de uma sequência onde Paulo ordena ao discípulo a organização da Igreja de Creta, dando-lhe orientações diversas conclamando-o a precaver-se contra certa classe de ensinadores – os da circuncisão – v. 10.
No dizer do apóstolo, a tais “professores” conviria tapar a boca pois dali só gotejava heresia (v.11), que eram fábulas judaicas e mandamentos de homens (v. 14).
Sabe, se era ensino judaico, estes nunca jamais autorizariam o consumo de carnes imundas. E... se eram – os da circuncisão – aí é que o “tempo fechava”. Estes fanáticos eram extremados em tudo, inclusive no regime alimentar e até mesmo da sombra de um animal imundo fugiam.
Daí, o mais lógico é raciocinar na direção de que estas “todas as coisas”que são puras, para os puros, certamente são os pensamentos, desejos, sentimentos e anseios do crente. Isto é: o crente só pensa o que é bom, puro e santo, não é? O que não se dá com os infiéis que têm suas mentes poluídas, contaminadas por toda sorte de impurezas.
Efetivamente, uma pessoa pura, manterá seu coração puro, uma mente pura, praticando a temperança ao evitar o consumo de carnes imundas. Paulo conclue falando ao nosso coração:
Filipenses 4: 8
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro... honesto... justo... puro... amável... de boa fama... nisso pensai.”

JESUS MANDOU COMER TUDO!
Lucas 10:8
“E, em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos puserem diante”.
Jesus não está aqui destruindo a Sua Lei Dietética, muito menos acabando com a distinção e separação dos animais e peixes limpos e imundos. Quer ver? O Senhor Jesus ensinou:
“Igualmente o Reino dos Céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda qualidade de peixes. E estando cheia, puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.” Mateus 13:47-48.
Evidentemente, quando Jesus disse para os discipulos comerem o que lhes dessem ao fazer o trabalho missionário, não seria preciso acrescentar o que era óbvio, praticado e vivido. Seus discípulos conheciam profundamente a boa e prudente Lei Dietética. Obedeciam sem questionar e sabiam bem distinguir o limpo do imundo, como Jesus os ensinou.
Ouça o que Jesus disse em Sua Lei Dietética:
“De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis. Mas todo o que não tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas (rã, mexilhão, camarão, lagosta etc), estes serão para vós abominação.” Lev. 11:9-12.
Pergunto! Estaria Jesus Se contradizendo? Proibe ao homem do Velho Testamento comer coisas imundas e as libera ao homem do Novo Testamento? Jesus fez acepção de pessoas? Não! Mil vezes não! Meu amado, Jesus é o Criador, não O contestemos jamais
Abrazo!

sábado, 7 de setembro de 2013

HEBREUS 4, 7, 8, 9 e 10


CAPÍTULO QUATRO
Hebreus 4: 9
“Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus.”
Estaria o escritor de Hebreus falando do Sábado? Ouça mais:
Hebreus 3: 11 – “Assim jurei na Minha ira que não entrarão no Meu repouso.”
Hebreus 3: 18 – “E a quem jurou que não entrariam no Seu repouso, senão os que foram desobedientes?”
Hebreus 4: 1 – “Temamos pois que, porventura, deixada a promessa de entrar no Seu repouso...”
Hebreus 4: 3 – “Por que nós, os que temos crido, entramos no repouso...”
Hebreus 4: 5 – “E outra vez neste lugar: Não entrarão no Meu repouso.”
Hebreus 4: 11 – “Procuremos pois entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”
Ouça agora:
Hebreus 4: 4
“Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: (3)E repousou Deus de todas as Suas obras no sétimo dia.”
Neste verso 4 do capítulo 4, antes da palavra: “E repousou...”, tem a referência (nº 3). Indo ao rodapé, encontramos as passagens a que se refere: Gên. 2: 2. Êxodo 20:11 e 31: 17. Estes textos mencionam o santo Sábado.
Meu irmão, não pense que esta palavra “repouso” de Hebreus quatro, está aí para abonar o Sábado da Lei Moral, porque o escritor de hebreus não pensou assim.
De fato ele está reportando-se ao Sábado porque este é o dia de descanso bíblico, mas o Sábado aqui é uma ilustração divina para que entremos no repouso de Cristo, isto é: lançando sobre Ele nossas ansiedades, culpas e dissabores. Descansando nEle. Repousando nEle. Jogando-se em Seus braços de amor.
Realmente, a palavra usada no verso 4 do capítulo 4 de Hebreus provém do vocábulo grego para Sábado. A versão da Bíblia em inglês Revised Standard Version, traduziu o versículo desta maneira:
“Portanto, resta um repouso sabático para o povo de Deus.”
Mas, reitero com sinceridade e veemência, o autor não está se referindo ao repouso semanal do Sábado, o santo Dia do Senhor.
Os israelitas, ao sairem do Egito, dirigiram-se para uma terra que seria o seu repouso – Canaã. Construiriam suas casas, plantariam vinhas, viveriam em comu-nidade, liderados pelo Senhor. Sob o comando de Moisés, os medrosos israelitas, incrédulos no poder de Deus, não desarraigaram da terra os seus inimigos.
Moisés faleceu e delegou a tarefa a Josué, mas, este, pela covardia dos israelitas, também não consolidou o repouso. Não destruíram todos os inimigos, mas se consolaram em com eles conviver e até se aparentar com alguns, “na terra que mana leite e mel” (Hebreus 4: 8). Com o inimigo não se brinca, nem se faz jogo de cintura, porque ele será sempre inimigo e só deseja destruir-nos.
O Rei Davi e o sábio Salomão quase consolidaram o repouso dos israelitas, mas a incredulidade, indiferença e o pecado acariciado do povo impediram. Por isso nunca repousaram em paz, na Terra Prometida.
Assim sendo, a razão de se mencionar o Sábado neste capítulo, é porque o Sábado, é o eterno repouso semanal do povo de Deus agora, e o será pela eternidade sem fim. O escritor então torna-o uma símile do repouso em Cristo.

CAPÍTULO SETE
Aqui surge Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, rei de justiça, rei da paz. “Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.” Heb. 7: 3.
Somente os levitas serviriam no tabernáculo, e apenas os filhos de Arão podiam ser sacerdotes. Nem Melquisedeque, nem Jesus pertenciam à linha sa-cerdotal. Melquisedeque nem era judeu e Jesus descendia da real tribo de Judá.
Por conseguinte, com o surgimento de um sacerdote como Melquisedeque, necessário seria uma mudança na lei que regulamentava o sacerdócio levítico.
O sacerdócio de Melquisedeque era uma figura do sacerdócio real, superior e eterno de Cristo. E, a partir deste capítulo, o escritor de Hebreus começa a enfocar a mudança da lei, por força da mudança do sacerdócio. Observe:
Hebreus 7: 12
“Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.”
O que precisamos saber é de qual Lei está o escritor falando. Certo?
No verso 16, esta lei é denominada de “lei do mandamento carnal”. No verso 19 diz que, esta lei “nenhuma coisa aperfeiçoou”.
Esta não é a Lei Moral dos Dez Mandamentos. Veja porque:
• A Lei Moral não está circunscrita a sacerdócio humano. A Lei que constituia sacerdotes era a Lei Cerimonial e não a Lei Moral.
• A Lei Cerimonial é de fato lei de mandamento carnal, isto é: está associada a sacrifícios de animais, cerimônias ritualísticas, etc.
• Realmente nada aperfeiçoou. Apenas tornou-se um hábito sem substância para alguns, e comércio para outros.

CAPÍTULO OITO
Hebreus 8: 4
“Ora, se Ele estivesse na Terra, nem tão pouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei.”
Jesus, na esfera terrena, não podia ser sacerdote já que não descendia de Arão nem era da tribo de Levi. Jesus pertence a um sacerdócio superior e celestial.
Este capítulo apresenta o tabernáculo conforme Deus o mostrou a Moisés (Hebreus 8:5). A Lei que regulava este tabernáculo foi chamada de Lei Cerimonial, constituindo-se de inúmeras abluções que apontavam para o Messias. Sacerdotes ministravam diariamente oferecendo as ofertas pacíficas e pelo pecado, e o Sumo Sacerdote entrava uma vez por ano, no lugar santíssimo no Dia da Expiação (Hebreus 9:7). Leia o capítulo: O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE A LEI. 

CAPÍTULO NOVE
O capítulo nove mostra o desdobramento dos sacrifícios do tabernáculo que apontavam para Cristo. Este capítulo descreve, em minúcias, todo o Santuário, em seus móveis, utensílios e atribuições do sacerdote e sumo-sacerdote. No verso 9, diz:
“Que é uma alegoria (*) para o tempo presente...”
Este asterístico (*) encontra-se no rodapé do capítulo e diz que é uma parábola. Realmente, o Santuárioe seu conjunto de regulamentos e normas é uma parábola para ensinar certas verdades espirituais básicas. Por isso o verso 10 é específico, veja:
“Consistindo somente em manjares, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne...”
Qual é a Lei que consistia de manjares, bebidas e cerimônias envolvendo morte de animais? – Claro, a Lei Cerimonial.
Hebreus 9: 22
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue...”
Compare com o Decálogo: NADA nos Dez Mandamentos está ligado a rituais de purificação com sangue. Seus mandamentos são morais. A Lei Moral só existe para revelar o pecado.
O israelita, ao transgredir um dos Dez Mandamentos, precisava levar um carneirinho para ser imolado por seu pecado. Este cordeiro era uma representação de Cristo, que um dia Se tornaria “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” João 1: 29. Jesus foi o sacrifício suficiente, perfeito e completo.

CAPÍTULO DEZ
Hebreus 10:1 – “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas...”
Isto é: Cada animal sacrificado prefigurava o Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus que surgiria no futuro. Cada sacrifício oferecido pelo pecador, lançava luz ao sacrificio de Cristo. A cruz, no futuro, projetaria sombra ao santuário, no passado.
A Lei Cerimonial era “a sombra dos bens futuros”, porque ela era um tipo da obra expiatória de Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote. A Lei Moral revela o pecado, pondo o pecador sob condenação, forçando-o a ir a Cristo em busca do perdão e purificação. A Lei Cerimonial encerrou-se definitivamente com a morte de Jesus, por se tratar de um código provisório. Mas a Lei Moral foi estabelecida, restabelecida e confirmada tanto pela vida, quanto na morte de Jesus.
Hebreus 10:3 – “Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados.”
Um dia por ano (o décimo dia do sétimo mês) era o Dia da Expiação. Neste dia toda a nação era “julgada”. O sumo sacerdote recebia da congregação dois bodes e um carneiro. Ele também trazia como sua própria oferta pelo pecado, um touro (novilho), e apresentava tudo ao Senhor.
Então o sumo sacerdote matava o novilho, tomava o sangue e com o dedo espargia sete vezes sobre o propiciatório que estava no lugar santíssimo do santuário e sobre o altar no pátio (veja na pág. 92). Esta era a expiação que fazia por si e sua casa. (Lev. 16: 5-6). Quanto aos dois bodes, era:
“... lançada sorte. Uma pelo Senhor, outra pelo bode emissário” (Lev. 16: 8).
É comum a uma classe de escritores evangélicos, dizer que nós os Adventistas fazemos de Satanás nosso salvador, no caso da expiação feita pelo bode azazel. Então, ouça o que cremos.
Nos primórdios deste mundo Deus ordenou Moisés construir um Santuário (Êxo. 25: 8 – veja-o à página 92, e releia as págs. 89-91).
Então foi organizado todo o Sistema Sacrifical e Sacerdotal. Neste Santuário eram oferecidos sacrifícios (Heb. 9:9). Deus viria encontrar-Se com Seu povo sobre o propiciatório (Êxo. 25:22). O sacerdote oficiava todos os dias no pátio e no primeiro compartimento. O Sumo Sacerdote apenas uma vez por ano e no Lugar Santíssimo.
Quando uma pessoa transgredisse um dos Dez Mandamentos que estavam dentro da arca sobre o propiciatório, tornava-se sujeita a morte. Então ela devia trazer um substituto para morrer em seu lugar (Lev. 4:27-29).
Colocava suas mãos sobre a cabeça do animal, confessava seu pecado, e o matava, logo após. O sangue desta vítima era posto nas pontas do altar que estava no pátio e o resto derramado à sua base (Lev. 4:34). Os pecados daquela pessoa estavam perdoados, e, simbolicamente transferidos para o santuário, permanecendo ali até o dia da expiação, quando então eram apagados.
Centenas destes sacrifícios eram feitos diariamente e milhares durante o ano e iam sendo acumulados, de maneira simbólica, no edifício. Então era preciso efetuar a purificação do santuário que se dava uma vez apenas por ano, no 10º dia do 7º mês (Lev. 16:29-30).
Dois bodes eram mortos neste dia: Azazel e o bode do Senhor (Levítico 16).
Quando o bode azazel ia para o deserto, a expiação já estava completamente feita. Nada mais havia por fazer. Azazel, o bode emissário, só aparecia depois de tudo purificado, para ser tão somente o portador de todos os pecados perdoados ao povo de Deus.
Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado. Azazel não era morto. Azazel representa Satanás e não tem parte alguma na expiação feita simbolicamente pelo bode do Senhor. O primeiro bode representa Cristo. O sangue deste bode morto para fazer expiação, representa o sangue de Cristo que seria derramado no Calvário.
Neste serviço típico Cristo efetuou uma obra completa sem auxílio de Satanás. Glória a Deus! Aleluia! Jesus Cristo é o único, exclusivo e poderoso Salvador. Isto é o que cremos, pregamos e ensinamos porque é o que declara a Bíblia.
O bode cuja sorte foi pelo Senhor, o Sumo sacerdote o matava como expiação pelo pecado do povo. Novamente pegava o sangue e retornava ao lugar santíssimo e, com o dedo, espargia o sangue sobre o propiciatório e também sobre o altar das ofertas queimadas, no pátio, como fez com o sangue do novilho. (Lev. 16:15-16, 18, 19 e 33). Dessa forma, simbolicamente, cada parte do santuário era purificada dos registros de pecados perdoados, que se acumulavam anualmente pelos sacrifícios e confissões que os pecadores faziam diariamente.
Ao espargir o sangue dos animais imolados, no cerimonial diário, o pecador era perdoado, e simbolicamente seus pecados eram transferidos e se acumulavam no santuário. Então, uma vez por ano, no Dia da Expiação, era necessário o ritual da purificação. Assim, tanto o santuário, quanto as pessoas ficavam purificadas. A partir deste dia – o décimo do sétimo mês, todos começavam uma nova vida.
Hebreus 10:4 – “Porque é impossível que o sangue de touros e dos bodes tire os pecados.”
Todo aquele cerimonial impressionante era para ensinar que “sem derramamento de sangue, não há remissão de pecado” (Heb. 9: 22). O sangue daqueles animais era um tipo do sangue de Cristo, que seria derramado uma só vez, o que aconteceu sobre a Montanha do Calvário.
Não era aquele sangue (de animais) que tirava os pecados ou remia o pecador, mas o ato de derramá-lo através daquele sacrifício, era, pela fé, uma garantia no sacrifício futuro de Cristo.
Hebreus 10:8 – “...Sacrifício e oferta, holocaustos e oblações pelo pecado... (os quais se oferecem segundo a lei).”
Não é insistente o autor de Hebreus a respeito dos holocaustos, ofertas, cerimônias? Isso são componentes da Lei Cerimonial. Nada tem a ver com a Lei Moral.
Portanto, meu irmão, a sinceridade me obriga a dizer-lhe: Este repouso reclamado pelo escritor de Hebreus no capítulo quatro não é um apoio à santificação do Sábado. E a lei que ele menciona nos capítulos sete, oito, nove e dez, não é a Lei Moral dos Dez Mandamentos
– O repouso é o descanso em Cristo para todos os que estão “cansados e sobrecarregados” (Mateus 11: 28 ).
E a lei, é a Lei Cerimonial. Esta findou na cruz. Col. 2:14; Efé. 2:15.
Abrazo!

domingo, 1 de setembro de 2013

O QUE FAZ MAL? – O QUE ENTRA OU O QUE SAI DA BOCA DO HOMEM?

Cuidado! Não faça experiência para comprovar.
“Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.” São Mateus 15: 18-20
Observou? – Lavar as mãos!

NUNCA ESQUEÇA:

Deus fez nosso corpo perfeito para nele morar. I Cor. 3: 16.
Disse-me alguém enfaticamente: 
“Eu como caranguejo, siri, lagosta, camarão, peixe de couro, 
enfim, tudo que Moisés proibiu, porque quem autorizou a comer, 
não foi o homem, mas o próprio Jesus.”
Depois, aquele amigo querido, citou o verso 11 de Mateus 15, que diz: 
“O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem.”
Este apetite descontrolado está fundamentado em um verso isolado que desfigura o contexto, fato que me proponho dissecar agora, por amor a você. 
Em primeiro lugar, aquele irmão equivocou-se ao dizer que quem proibiu comer carnes imundas foi Moisés. Não! Deus é quem proibiu. Levíticos 11.
Em segundo lugar, Jesus é Deus, e como tal, foi Quem proibiu as carnes imundas. Se as abonasse agora, estaria Se contradizendo. As Escrituras revelam o caráter de Deus. Ouça: 
“Deus não muda” – Malaquias 3: 6
“Não há sombra nem variação” – Tiago 1: 17
“Não fará coisa alguma, sem antes ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas” – Amós 3: 7
“Não alterarei o que saiu dos Meus lábios” – Salmo 89: 34
“A palavra de nosso Deus subsiste eternamente” – Isaías 40: 8
Logicamente, Jesus não poderá Se desdizer, ainda que o homem assim o deseje. Tito 1:2. 
Portanto, para entender o que Jesus quer ensinar neste verso, é preciso ler todo o capítulo 15 de Mateus, senão, você vai capitular e, como os discípulos, ficar boquiaberto. Veja:
Mateus 15: 15-16
“E Pedro, tomando a palavra, disse-Lhe: explica-nos esta parábola. Jesus, porém, disse-lhe: Até vós mesmos estais sem entender?” 

Os discípulos ficaram atônitos diante daquilo que eles julgavam uma parábola. Sim, era a única conclusão. Só podia ser uma parábola. Tal conjectura é cabível, pois que a lei dietética de Levítico 11 era sagrada demais para todos os judeus, tanto para os discípulos, como judeus comuns, fariseus, irreligiosos, etc. O estonteamento dos discípulos, por conseguinte é natural, dada a posição em relação às coisas imundas condenadas e proibidas por Deus.
A diferença, porém, é que para a solução do problema e consequente esclarecimento, os discípulos foram humildemente suplicar a Jesus e Ele os atendeu, clareando as nuvens negras que envolveram as palavras divinas: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca...”
Hoje, lamentavelmente, percebi em centenas de pessoas com quem estudei a Bíblia que, havendo algo obscuro ou encoberto à primeira vista, ao invés de se ir a Jesus e com humildade estudar Sua Palavra, comparando o texto, para se chegar à Verdade que o versículo quer ensinar, simplesmente concordavam com aquilo que, para elas, era mais conveniente. Evidentemente, é muito mais fácil transgredir que sacrificar. Ler que estudar. Consentir que renunciar. Transigir que obedecer. Isso é próprio da natureza humana. Mas... não é o correto!
Com os discípulos foi diferente. Tomados que foram de estupefação tal, pois para eles, apenas ver ou sentir algo imundo lhes causava ojeriza (até de sua sombra corriam), quanto mais a idéia de comer carnes imundas, proibidas por Deus. Era inconcebível! Por isso rogaram a Jesus explicar-lhes tal versículo. E isso fez o Mestre, com todo amor. 
– Solicitemos agora ao Senhor, que esclareça o assunto para nós.
O título “A Tradição dos Anciãos” do capítulo quinze de Mateus, não é inspirado (foi acrescido pelo tradutor) como se sabe; porém, é de significado ímpar. Ouça a arguição dos fariseus a Jesus: 
Mateus 15: 2 – “Por que transgridem os Teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão.”
Observe que o enredo começa com uma tradição. Entre as muitas, infindáveis e enfadonhas tradições dos judeus, tinha preeminência aquela de, antes de qualquer refeição, lavar as mãos muitas vezes (Mar. 7:3), como se fora uma cerimônia solene. Aliás, era de fato uma ablução imposta, um cerimonial preceituado. Lavava-se tanto as mãos, não para torná-las limpas, como é normal, antes de qualquer refeição! 
Simplesmente era um hábito para satisfazer uma tola tradição que mais parecia um capricho dos anciãos, doutores da Lei. E ai de quem não procedesse assim! Ouça isso, e veja se não dá para sorrir: 

“Não se tratava simplesmente de lavar-se com sabão e água e limpar-se. Não, não. Havia os movimentos certinhos que deviam ser feitos, tudo direitinho. A quantidade mínima de água que poderia ser usada devia caber pelo menos numa metade da casca de ovo. Então era preciso derramar um pouco d’água nos dedos e palmas da mão, primeiro uma, depois outra, erguendo a mão o bastante para que a água escorresse pelos punhos, mas não além deste ponto. Além disto a pessoa tinha de cuidar que a água não escorresse pelas costas da mão. E depois a pessoa deveria esfregar uma mão na outra, indo e vindo, para lá e para cá. Se não houvesse água nenhuma, poderia ser feita uma espécie de lavagem a seco, simplesmente fazendo os movimentos como se com água. Mas de modo algum a pessoa poderia sentar-se à mesa para comer sem ter praticado esta cerimônia.” – Inspiração Juvenil, 1979, pág. 349, Jan. S. Doward.
Pois bem, Jesus e os discípulos, embora primassem pela higiene, não aceitavam nem concordavam com esse ritual, essa tradição vazia e sem nexo. Por falar em tradição, há uma que predomina em certa parte do cristianismo (eu a percebi quando fui um fiel batista). Parece que o diploma de um cristão sábio nas Escrituras é-lhe conferido pelo fato de pertencer a uma igreja – 30,40,50 anos – ou ter lido a Bíblia outras tantas vezes. Ocorre que, ler é uma coisa, estudar é outra bem diferente, e, frequentar igreja décadas inteiras não quer dizer que tão somente por isso, a palavra desta pessoa seja doutrina e lei. 

Lembra-se? Jesus com apenas doze anos de idade deixou aturdidos homens envelhecidos, com ensinamentos que jamais penetraram em seus ouvidos, fazendo seus corações ferverem maravilhados. (Leia também Jó 32: 6,9).
Então, estudando todo o capítulo 15 de Mateus, depreendemos que aqueles anciãos transgrediam os mandamentos de Deus, mas suas pessoais tradições eram intocáveis, e colocavam-nas em lugar de destaque (Mat. 15:3). Será que hoje ocorre ao contrário? Veja: A voz corrente do moderno cristianismo é adaptar-se ao mundo, fazendo o que a maioria faz, do que ouvir e fazer o que diz a santa Bíblia.
Já li de um escritor, pastor da maior Igreja Evangélica do mundo, dizer que guarda o domingo, porque todo o mundo o guarda. Sei que você não concorda com isso, certo? Bem, ouça o que Jesus respondeu àqueles “condutores cegos”: 
Mateus 15: 7-8
“Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim.” 
Por conseguinte, o problema suscitado naquela oportunidade não é o da comida em si, mas a maneira de se comer, isso é muito claro. O verso 2 informa cristalinamente que a dificuldade residia em lavar ou NÃO lavar as mãos. Com relação à comida, os próprios fariseus disseram: “comer pão”.
Lavar as mãos sete vezes era a tradição. Coisa que Jesus e os discípulos não abonavam, tanto que comiam sem praticar aquela ablução. Quanto à comida, era caso encerrado: os judeus possuiam verdadeira idiossincrasia (repulsa em grau máximo) às carnes imundas, proibidas por Jeová. E como Jesus Cristo é o mesmo Jeová, autor da prudente, boa e sábia lei dietética, nada mais fiel aceitar que, sobre aquela mesa cercada de gente para comer, não havia comidas proibidas por Ele.
Isso é tão verdadeiro quanto comprobatório, pois tempos mais tarde após este incidente, Pedro declarou, alto e bom som, muito dramaticamente, quando foi por Deus ordenado a comer alimentos que estavam no lençol de sua visão em Atos 10: 14: “Nunca Senhor, comi coisa comum, ou imunda.”
Ora, não estaria Pedro mentindo para Deus agora, se naquele acontecimento com Jesus ou mesmo posteriormente, tivesse comido carnes imundas?
Portanto, está claro que, naquela oportunidade, quando Jesus mencionou o verso que estamos estudando, não havia sobre aquela mesa nenhuma carne proibida por Deus, e muito menos houve autorização para o seu consumo, pois desde este incidente de Mateus 15 até Atos 10, passaram-se algumas décadas e Pedro disse categoricamente, diante do lençol cheio de animais que descia do Céu: “Nunca, Senhor, comi coisa... imunda.”
Bem, é possível que alguém ainda questione esta Verdade, agarrando-se cegamente na declaração de Jesus em Mateus 15:17: 
“Tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora.”
Meu amado, Jesus sempre Se serviu de parábolas e expressões metafóricas, para ilustrar verdades eternas. Por isso que, relativo a esse verso, não podemos fazer uma aplicação literal, porque o Senhor Jesus nunca teve tal intenção. Sabe por quê? Porque nem tudo o que entra pela boca vai para o ventre e é lançado fora. Por exemplo: arsênico, formicida, soda cáustica, etc. E... você acha que Jesus não sabe disso? Não foi Ele que fez nosso estômago? (Em sã consciência e usando o bom senso, também ninguém comeria alguma coisa envenenada para pôr à prova este texto. Isto seria tentar ao Senhor, o que é proibido por Ele mesmo).
– Dirá alguém: Jesus errou? Não amados! Mil vezes não! Jesus jamais erra.
Claro como a luz solar, para os filhos da luz, foi o fato de que Jesus queria ensinar, com esta ilustração, não a autorização para consumir carnes que Ele próprio proibiu a milênios, mas a verdade de que: 
Mateus 15: 18-19
“O que sai da boca, procede do coração. E isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”
Jesus usa o vocábulo “coração” para representar a faculdade que planeja e decide. Na verdade a mente é a sede dos pensamentos e decisões. É aí onde atua o Espírito Santo, e todos os atos e gestos são dirigidos por este comando motor (sensório). Desta maneira, estas “coisas” procedem, não do coração em si, mas, da mente.
O Mestre conhecia aqueles corações farisaicos de sobejo. E era esta relação de impurezas que povoava suas mentes. Acrescente-se a isso a repulsa que mantinham em não aceitar o humilde Nazareno e Seus ensinamentos.
Mas, você, meu amado irmão, agora já conhece toda a história deste texto bíblico, e pode compreender com clareza que Jesus não está abonando o consumo de carnes proibidas por Ele mesmo, mas sim que é o “coração” (mente) o centro de tudo, no que tange aos sentimentos e, por isso diz a Bíblia:
Provérbios 4: 23
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.”

Por conseguinte, irmão, tenha sempre uma mente pura e demonstre seu amor ao querido Jesus não comendo o que Ele proibiu. Certo?

PS – O homem mencionado, que motivou-me este capítulo, libertou-se das carnes imundas e morreu fiel Adventista do Sétimo Dia.
“Aqui reafirmo minha confiança em Deus e na infalibilidade de Sua santa Palavra: Creio honestamente que os filhos de Deus, sinceros e leais, não devem ser doentes.” Professor Durval Stockler de Lima – Autor do extraordinário livro “NUTRIÇÃO ORIENTADA”, editado pela CASA PUBLICADORA BRASILEIRA. Para quem deseja ser vegetariano, este livro é uma “cartilha” apropriada
.
LEMBRETES:
Pensei estar ouvindo um programa evangélico na Rádio Rio de Janeiro. À medida que ele se desenvolvia, minha atenção mais se aguçava: É que, apesar do “pregador” falar de Deus, Jesus, oração, etc., algo estava distoando.
Finalmente, pela oração feita por ele, pude notar que era um programa espírita. Mas, observe bem, só no final do programa (oração final), é que o véu se lhe tirou. Era de fato, até então, um programa evangélico de curas.
Amado irmão, o cerco está apertando (Apoc. 16:13). Só temos um refúgio e segurança para estabelecer a diferença: Isaías 8:20.
Quinta-feira, às 7:45 hs na Rádio Bandeirantes/RJ, vai ao ar o Programa A Hora da Eucaristia, sob a direção do Padre Jair Pereira da Paróquia Bom Jesus dos Milagres, situada à Rua Guarapuava nº 174, Mococa – SP.
Se não houvesse esta informação, ninguém diria tratar-se de uma Igreja Católica. É que ele prega batismo no Espírito Santo, cura divina, língua estranha, etc. etc. É, está ficando tudo igualzinho! Abra os olhos!

Abrazo!

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