sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Parabóla do Homem Rico e o Mendigo Lázaro



LITERALMENTE FALANDO:

Lucas 16:19-31




Por suas atitudes, quem merece de fato, o Céu? – O Rico ou Lázaro?
Manda a sinceridade que o todo desta parábola seja interpretado literalmente, já que parte assim é feita, para financiar a fugaz doutrina da imortalidade da alma.
“E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender. E sem parábolas nunca lhes falava; porém tudo declarava em particular aos Seus discípulos.” Marcos 4:33 e 34.
Vamos, com a ajuda do Espírito Santo, desvendar a parábola do Rico e Lázaro. Como ponto de partida, descubramos pelo dicionário qual o significado da palavra parábola. Diz o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa que é uma “narração alegórica”. Isto é: Parábola é uma alegoria e, segundo o mesmo dicionário, alegoria é: “Exposição de um pensamento sob forma figurada; ficção que representa um objeto para dar idéia de outro; continuação de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido.”
A palavra grega traduzida por “parábola” significa: “comparação”, “tipo”, “figura”. Isto é: Uma linguagem em códigos.
Mal comparando, e com a devida anuência do irmão, digo: Uma estória engendrada, um conto, que esconde e acoberta uma verdade importante (Eze. 17:2; 24:3). A parábola, pois, tem o objetivo de transmitir uma verdade; mas ela mesma não é esta verdade. Ouça o testemunho de Jesus e do evangelista Mateus:
“Por isso lhes falo por parábolas; porque eles vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis mas não compreendereis. E vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido. E ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam os seus ouvidos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e Eu os cure.” – Mateus 13: 13-15.
“Tudo isso disse Jesus por parábolas à multidão. E nada lhes falava sem parábolas, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta que disse: Abrirei em parábolas a Minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.” – Mateus 13: 34-35.
Compor parábolas era o método particular que Jesus usava para o ensino. Ao expor através destas ilustrações a verdade que queria apresentar, Ele o fazia por um motivo todo especial; e a respeito, diz-nos Ellen G. White, abalizada escritora:
“Entre as multidões que O rodeavam, havia sacerdotes e rabinos, escribas e anciãos, herodianos e maiorais, amantes do mundo, beatos, ambiciosos que desejavam, antes de tudo, achar alguma acusação contra Ele. Espias seguiam-Lhes os passos, dia a dia, para apanhá-Lo nalguma palavra que Lhe causasse a condenação, e fizesse silenciar para sempre aquele que parecia atrair a Si o mundo todo.
“O Salvador compreendia o caráter desses homens e apresentava a verdade de maneira tal, que nada podiam achar que lhes desse ensejo de levar seu caso perante o Sinédrio. Em parábolas, Ele censurava a hipocrisia e o procedimento ímpio daqueles que ocupavam altas posições. E, em linguagem figurada, vestia a verdade de tão penetrante caráter, que, se as mesmas fossem apresentadas como acusações diretas, não dariam ouvidos às Suas palavras e teriam dado fim rápido ao Seu ministério.” – Paráb. Jesus, pág. 22.
Está claro então que havia um motivo especial para o Mestre falar em parábolas, sobretudo para que se cumprisse também a profecia messiânica que diz: “Abrirei em parábolas a Minha boca...” Salmo 78:2.
Há uma corrente de leitores da Bíblia que afirma com veemência ser a narrativa de Jesus sobre o Rico e Lázaro não uma parábola, e sim uma doutrina real. Ao agirem assim, além de contradizê-la, chocam-se com uma barreira evangélica, formada pelos mais respeitáveis teólogos dos mais variados ramos protestantes, que concordam ser este conto puramente parábolico. Portanto, é preciso ficar sacramentado, sem nenhuma sombra de dúvidas, que a narração é uma parábola: A parábola do Rico e Lázaro.
Por conseguinte, a doutrina da imortalidade da alma e do galardão após a morte, extraída, como fazem, dessa parábola, é acima de tudo inconveniente, pois sabido é, e aceito pelos mais eminentes exegetas, que não se pode firmar doutrina sobre parábolas, pois ela é uma ficção, uma alegoria, uma metáfora.
O Doutor Joseph Angus, teólogo evangélico (da Igreja Batista), em sua obra – História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, pág. 181 aconselha-nos judiciosamente a respeito das parábolas. Diz ele:
“Converter delicados pormenores em grandes verdades escriturísticas é obscurecer o grande desígnio do todo. E assim trazemos um significado para a parábola em vez de extrair dela o significado. Isso é um hábito que nos pode levar aos enganos mais sérios.” – Grifos meus.
Particularmente, não acho existir “engano mais sério”, do que esconder-se o verdadeiro sentido parabólico desta estória, para apresentar a doutrina da imortalidade da alma, a doutrina do Céu e inferno, ou seja: O Céu para o bom, e o inferno para o mau, imediatamente após a morte. Ouça, ainda, E.G. White:
“Nesta parábola Cristo se acerca do povo em seu próprio terreno. A doutrina de um estado consciente de existência entre a morte e a ressurreição era mantida por muitos dos que ouviam as palavras de Cristo. O Salvador lhes conhecia as idéias e compôs Sua parábola de modo a inculcar verdades importantes em lugar dessas opiniões pré-concebidas.” – Parábolas de Jesus pág. 263.
Em síntese, prezado irmão, estamos diante de uma estória contada por Jesus, que, se estudarmos diligentemente (cavando fundo), notaremos a beleza da verdade que o Salvador queria ensinar. Antes de começarmos a estudar a parábola, deixe-me dizer-lhe o que falou um eminente teólogo:
“É regra aceita em teologia que as doutrinas não devem ser baseadas sobre parábolas.” – F.D. Nichol, Answers to Objections, nota ao pé, pág. 567 – citado em Subtilezas do Erro.
Pois bem, façamos de conta que estes teólogos, pesquisadores e escritores estejam errados, e chegamos à incongruência de considerar essa parábola literalmente, como a aceitam muitos sinceros cristãos. Então vamos considerá-la assim, toda literalmente, certo? Coloquemos, portanto, em pauta, o Rico da parábola.
• Nem a Bíblia nem Jesus disseram que o rico era mau. Dizem apenas que era rico. E ser Rico não é característica do desagrado de Deus; pelo contrário, a riqueza do cristão é sinal de bênçãos do Céu.
• Abraão foi chamado “amigo de Deus” e os cristãos sabem do cuidado do Senhor sobre ele e sua família, e, no entanto, lemos em Gênesis 13:2: “Era Abraão muito rico em gado, em prata e em ouro.”
• Jó, o habitante da terra de Uz, homem sincero, reto e temente a Deus, foi tam-bém amado por Ele e lemos em seu livro, capítulo 1 versículos de 1 a 3: “...e era o seu gado 7.000 ovelhas, 3.000 camelos e 500 juntas de bois e 500 jumentas, era também muitíssima a gente a seu serviço, de maneira que este homem era maior que todos os do Oriente”. Aí está o homem mais rico do Oriente e também um grande amigo de Deus, e por Ele lembrado e amado.
• Salomão, José de Arimatéia, Nicodemos, este, afirmam, era tão rico, que sua fortuna daria para sustentar a nação judaica por 10 anos, e no entanto não foi repelido por Jesus; pelo contrário, o Mestre amou-o profundamente.
Então, caro irmão, depreendemos daí que não é nenhum pecado ser rico. E a Bíblia informa simplesmente, nesta parábola: “Havia um homem rico... e ele morreu...” (Luc. 16:22). E isso não é, nunca foi, jamais será pecado tão grave que o possa lançar ao inferno. Vê, se formos tratar esta parábola literalmente, pergunto: O que é errado? O que fez o Rico para se perder e ser lançado no inferno?
Não esqueça, Jesus apresentou simplesmente um homem Rico. Não disse que ele era transgressor da Lei de Deus, nem mau, nem avarento. Nem que tenha adquirido sua riqueza com fraude, injustiça ou roubo. Apenas um homem rico. Coloquemos em pauta, agora, o mendigo Lázaro.
• Nem a Bíblia, nem Jesus, mencionam que ele tenha sido um crente bom e fiel, e muito menos cumpridor da Lei de Deus. Diz, simplesmente: Era um mendigo.
• Ouça irmão, e não se escandalize: Mendicância é prova do desfavor de Deus (perdão Senhor!). Não precisa desencostar-se da cadeira, nem engolir seco, estamos considerando literalmente a parábola, e é isso o que diz a Bíblia, e aqui está Davi para provar; diz ele: “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência mendigar o pão.” Sal. 37:25.
(Por conseguinte, literalmente falando, o nosso bom mendigo parabólico, coitado, não era justo, muito menos descendente de algum justo. Ademais, a Bíblia silencia quanto ao fato de que pelo menos ele tenha feito algo de bom, para merecer o Céu).
Por isso, irmão, aceitar essa parábola literalmente, como se quer admitir, forçoso será crer que o mendigo foi salvo pelos “méritos da pobreza”, o que contraria frontalmente o plano de salvação, pois é notório que o homem só será salvo mediante sua fé na aceitação de Jesus Cristo como seu Salvador.
A Bíblia não ensina, em nenhum lugar, que por ser pobre ou ter sofrido muitas agruras, padecido muitas dores, alguém ganhe por isso o Céu por recompensa. Tal não é bíblico! O que as Escrituras mencionam a respeito é que os pobres sempre teremos conosco (Mat. 26:11), e que temos o dever de ampará-los, mas também eles deverão fazer sua decisão ao lado de Cristo, se é que desejam habitar o Céu um dia. (Sabe, eu já fui tão pobre, meu pai morreu deixando minha mãezinha com 4 filhos. Minha irmã era a mais velha e contava 10 anos. Morei em morro e favela. Carrego com orgulho uma marca de fome em meu braço esquerdo. Com ela irei para o Céu, mas... só porque eu também fiz minha decisão por Cristo.)
Literalmente falando, a benemerência deste Rico parabólico assumiu proporções maiores, porque Lázaro não era um mendigo somente, era um farrapo de gente, com o corpo todo carcomido por uma doença terrível, possivelmente a lepra.
Sabe você como era que um leproso deveria andar quando não estava enclausurado? Sua obrigação, por Lei, era passar ao largo e gritar: “Sou leproso”, “estou imundo”, “afastem-se”. (Lev. 13:44-46). Isto quando não eram apedrejados. Coitados! Pobres criaturas!
Agora meu irmão, imagine o seguinte:
– Você acorda de manhã, e junto com seus filhos se prepara para sair, quando, ao abrir o portão, depara com esse pobre “trapo” de gente, caindo aos pedaços, e os seus cães lambendo aquelas feridas em carne viva, devorada pela lepra. Diga sinceramente, qual seria sua reação? Daria a ele comida, mesmo sendo migalhas (migalhas de rico é fartura) de sua mesa ou chamaria a Polícia ou a Saúde Pública?
– Sim, qual seria sua atitude ao encontrar, na porta de sua casa um leproso, em avançado grau de enfermidade?
Sua reação, meu amado, é uma incógnita, mas a do Rico da parábola, não. Permitiu-lhe comer migalhas e não o expulsou de sua porta; e, do relato, imaginamos haver durado dias essa beneficência. Portanto, esse Rico parabólico não é um homem mau, mas bom, de coração inclinado a apiedar-se dos desvalidos da sorte, não acha?
Agora lhe pergunto sinceramente: Considerando as virtudes de ambos, (certamente baseando-se no literal, que é o que estamos fazendo com toda a parábola), quem merece o Céu? Sim, argumentando literalmente, se Lázaro por ser mendigo foi para o Céu, o Rico não pode deixar de ir também, porque não é pecado ser rico, e, esse da parábola, demonstrou genuína humanidade, não expulsou o mendigo de sua porta, não chamou a Polícia nem a Saúde Pública, e ainda permitiu-lhe alimentar-se do pão de sua mesa.
Isto bastaria para derrubar a tese de que essa parábola tem que ser aceita literalmente para fundamentar a doutrina da imortalidade da alma e do galardão imediato após a morte; mas, não paremos aqui.
Continuemos considerando-a literalmente, e segure-se firme, para que a terra não fuja de debaixo dos seus pés, porque diz o relato fictício que Lázaro morreu, e foi para o “seio de Abraão”. Lucas 16:23.
Então, ensina esta parábola, se tomada ao pé da letra (literalmente), que o homem, sendo pobre, mendigo, desvalido, ao morrer, tem como prêmio, ou recompensa, o Céu (seio de Abraão). Então, façamos as seguintes perguntas:
• Você não acha que o seio de Abraão seja muito pequeno, porque no máximo este patriarca devia ter de altura, 2,30 m?
• E os pobres e mendigos que morreram antes de Abraão, para que seio foram?
• Caberá no seio de Abraão todos os pobres do mundo quando morrerem, pois é sabido que a maior parte da população mundial, que já se aproxima dos 5 bilhões, são pobres?
• Bem, se apenas por ser mendigo alguém tem direito ao Céu, o crente então jamais poderá ficar fora dele, e que seio é esse para caber tanta gente? Abel, que viveu antes de Abraão, para que seio foi?
• Agora, pasme o irmão. Para onde fugir, diante desta pergunta: E Abraão, chamado o amigo de Deus, homem justo e bom, o pai da fé, morreu, e para onde foi? Para o seu próprio seio?
Percebeu?
Como se pode notar, uma parábola jamais poderá ser interpretada literalmente, porque, se assim for, teremos de admitir que Abraão tem um seio descomunal para acolher tanta gente. Os que aceitam essa parábola literalmente, terão de crer nesse absurdo, ou então aceitá-la no que lhes satisfaz, o que é uma grande desonestidade para com a Palavra de Deus.
Pois bem, continuemos considerando a parábola literalmente, e como tal, em seguida, temos na narrativa de Jesus que admitir seja a fronteira entre o Céu e o inferno tão próxima uma da outra que permite conversação, diálogo entre as pessoas que gozam as delícias do paraíso com as do suplício eterno.
Se a parábola ensina assim (como querem os imortalistas), que os eleitos de Deus personificados pelo mendigo conversam com os ímpios no inferno, personificados pelo Rico; imaginemos por exemplo, que você, irmão, esteja no Céu, gozando a bem-aventurança, contemplando a face gloriosa do Salvador, usufruindo da calmaria celestial, passeando por entre aquele belo jardim, sentindo o frescor e perfume das flores, quando, de repente, você ouve gemidos, e estes aumentam gradativamente. Então, você contempla seu parente no inferno, o fogo inclemente devorando-o; dores, gritos horripilantes, tormento indizível. Medite: Como você se sentiria no Céu, vendo do lado de lá, ali bem pertinho, um seu querido neste estado? Afinal, o Céu e o inferno estão separados por uma “parede-de-meia”? Ora irmão, é inadimissível; é insuportável crer numa coisa dessa! Mas é o que se terá de admitir ao aceitar que esta parábola foi um conto real, uma doutrina de Jesus.
Não terminemos aqui! Ainda deve nos impressionar o fato de que, ao se basear nessa parábola para afirmar que a alma é imortal, e se, de crente, vai para o Céu após a morte, volto a perguntar: Que almas eram essas? Sabe por quê?

• Tinham dedos (Luc. 16:24).
• Tinham línguas (Luc. 16:24).
• Tinham olhos (Luc. 16:23).
• Tinham sede (Luc. 16:24).
• Falavam e ouviam (Luc. 16:27-31).
Ora, se essas almas tinham dedos, é lógico que deveriam ter braços. Se tinham línguas, forçoso é crer que tinham boca, se possuíam olhos, era preciso terem rostos.
– Meu irmão, um rosto precisa de um pescoço, o pescoço precisa de um tronco, um tronco precisa de membros, braços, pernas, pés, etc. E, se falavam e ouviam, certamente tinham sentimento, e esse era traduzido pela sede, e tudo isso porque o cérebro funcionava.
Então, por favor, que “almas” eram essas que têm um corpo completo, com cabeça, tronco e membros? Ou não eram almas? E agora amado, para onde ir?
Bem, ainda assim, os que preconceituosamente crêem na imortalidade inerente da alma, e do galardão imediato após a morte, asseveram que essa parábola é uma doutrina porque as “almas” estavam conscientes através do diálogo que mantiveram. Mas, desculpe-me, isto é um equívoco, porque o diálogo havido não foi entre as “almas” que se imaginam, pois segundo a narrativa os personagens eram pessoas reais com corpo e tudo.
Quer ver algo mais estranho e inquietante? Releia a parábola e considere também que nela não aparecem o Senhor Jesus, nem Deus, nem anjos. Ora, que Céu é esse que não se encontra o Criador? Nem o Seu trono? Despido de toda a beleza de que é provido!!
Finalizando, para os que aceitam essa parábola literalmente e sobre ela fundamentam a doutrina mencionada, não poderão, então, fugir da aceitação de outras parábolas similares relatadas pela mesma Bíblia, no campo literal.
Há, por exemplo, no livro de Juízes 9:7-15, a parábola de Jotão. Lemos ali que as árvores falavam, e que levantaram reis sobre elas, certamente outras árvores. Você crê que as árvores falavam? Eram conscientes? Certamente que não. Temos absoluta certeza. Mas é uma parábola. Então, aceita-se uma e outra não? Como é isso?
Observe esta outra parábola bíblica:
II Reis 14:9
“Porém Jeoás, rei de Israel, enviou a Amazias, rei de Judá, dizendo: O cardo que está no Líbano enviou ao cedro que está no Líbano, dizendo: Dá tua filha por mulher ao meu filho; mas os animais do campo que estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo.”
Então, que lhe parece? Cardo e cedro são árvores. Árvores de lei e estão falando. E que casamento de filhos de árvores é esse? Querido irmão, são parábolas, e parábolas são metáforas, ficção, estória, não podem ser entendidas literalmente. Jamais.
Tudo aí é figurado. É uma ilustração. Nada mais que dois reis: O de Judá (Amazias), e o de Israel (Jeoás); são personificados pelas árvores. Jeoás compôs a parábola para Amazias. Este não a atendeu (II Reis 14:11), e por isso, o povo do “cardo” (Amazias) foi ferido pelos “animais do campo” (exército do “cedro” – Jeoás).
Na parábola da ovelha perdida, a ovelha é um animal, mas representa o pecador (Lucas 15). Não há o que negar, parábola é um ilustrativo para extrair-se uma verdade. Na parábola do semeador, a semente é o evangelho. A vinha do Senhor é a casa de Israel. Isaías 5:1-7.
Nenhuma das quarenta e quatro parábolas proferidas por Jesus podem ser aceitas literalmente, porque parábola é uma ilustração para clarear o ensino.
Chegamos então à conclusão de que é um equívoco considerar parábolas pelo lado literal e aplicá-las para sedimentar doutrina bíblica. Fica, por conseguinte, claro, que Jesus não ensinou o que se prega hoje em dia, baseando-se nesta parábola.
Finalmente, afirmo, essa parábola não foi mencionada por Jesus como uma doutrina. Digo-lhe no Senhor. A única coisa de escatológica e doutrinária, em toda a narração, só é o verso 31, que é o final da estória e que trata da ressurreição, nada mais.
O que, afinal, desejava ensinar o Senhor? É o assunto que estudaremos a seguir, com toda a sinceridade de uma meiga criança.
Fizemos o estudo literal dessa parábola, apenas para demonstrar a que absurdos chegaríamos caso a aceitássemos como uma doutrina e não uma estória, ficção, como realmente é, uma vez que ela tem sido usada literalmente para abonar a doutrina da imortalidade da alma.
O Rico da parábola era uma “símile” dos judeus, a quem Deus fez os depositários dos oráculos divinos. Deveriam por isso ser a luz das nações. Os reis da terra deveriam caminhar vendo a glória de Deus sobre eles. Isaías 60:3.
O mendigo parabólico também era uma “símile” (analogia – semelhança) dos gentios, que eram, coitados, considerados como cães, imundos e indignos do favor do Céu, pelos judeus.
Destacamos ainda, da lavra desta célebre escritora evangélica, Ellen G. White, este outro pensamento:
“O Senhor fizera dos judeus depositários da verdade sagrada. Nomeou-os mordomos de Sua graça. Deu-lhes todas as vantagens temporais e espirituais, encarregou-os de partilhar estas bênçãos. Uma instrução especial fora-lhes dada concernente ao tratamento de irmãos empobrecidos, dos estrangeiros dentro de suas portas e dos pobres entre estes. Não deveriam procurar ganhar tudo para o proveito próprio, antes deveriam lembrar-se dos necessitados e repartir com eles. E Deus prometeu abençoá-los de acordo com as obras de amor e misericórdia. Como o rico, porém, não estendiam a mão auxiliadora para aliviar as necessidades temporais e espirituais da humanidade sofredora. (Permitia-lhe comer das migalhas. Mas ele poderia fazer muito por ele e não o fez). Cheios de orgulho, consideravam-se o povo escolhido e favorecido de Deus; contudo não serviam nem adoravam a Deus. Depositavam confiança na circunstância de serem filhos de Abraão. ‘Somos descendência de Abraão’ (João 8:33), diziam, com altivez. Ao chegar a crise, foi revelado que se tinham divorciado de Deus, e confiado em Abraão como se fosse Deus.” – Parábolas de Jesus, págs. 267/268, grifos meus.
Assim que, foram os judeus comparados ao homem Rico da parábola, porque tinham as riquezas do evangelho; no entanto, não cumpriram a vontade de Deus a seu respeito, que era de ser a luz dos gentios. No campo religioso, os pobres gentios pegavam mesmo, apenas as migalhas.
No pátio do Templo de Jerusalém havia uma linha demarcatória que, se os gentios dali passassem, eram mortos no ato, isso porque eram considerados indígnos de cultuar a Jeová neste santuário. (Leia-a à página 379).
Entretanto, encontramos nas Escrituras belos exemplos de verdadeira fé entre os gentios, como é o caso do centurião romano de Cafarnaum pedindo a Jesus que curasse seu criado, conforme se lê em Mateus 8:5-13. Nesta experiência o centurião expressou exatamente o que os judeus pensavam dos gentios:
“No sou digno de que entreis em minha casa...” (verso 8).
No entanto, o centurião demonstrou grande fé quando disse: “Diga somente uma palavra e meu criado sarará...” (verso 8). Jesus curou o servo daquele gentio e publicamente elogiou sua fé com estas palavras: “...Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé...” (verso 10), assegurando que muitos gentios assentar-se-ão à mesa com Abraão (Veja Gálatas 3:27-29; Romanos 10:12). Anote agora, este outro belo exemplo de sublime e sincera fé:
“E, partindo Jesus dali, foi para as bandas de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou dizendo: Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoniada. Mas Ele não lhe respondeu palavra. E os discípulos, chegando ao pé dEle, rogaram-lhe dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E Ele respondendo disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela e adorou-O dizendo: Senhor, socorre-me. Ele porém, respondendo disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé: Seja isto feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.” – Mateus 15: 21-28.
Jesus não possuia o preconceito dos judeus com relação aos gentios. Ele apenas procedeu assim para que fosse revelada, publicamente, a fé daquela mulher gentílica, naquEle que veio para o Seu próprio povo, e este não O aceitou.
Aqui estão, amados, dois exemplos de grande fé, revelada por aqueles que eram literalmente considerados como “cães”, indígnos dos favores e bênçãos divinos, por serem gentios. No entanto, mereceu do Mestre elogios tais, por uma fé que não havia encontrado em Seu próprio povo.
Por favor, observe a preferência de Jesus pelos FILHOS. Quem são eles?
Mateus 10:5-6
“Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.”
Eram, portanto, os filhos, a casa de Israel, nação judaica, aquele povo tão amado por Deus, nação diferenciada entre todas com bênçãos inefáveis; e agora, para sedimentar, provar o cuidado, amor, preferência de Deus por ela, o próprio Jesus vem, e envia discípulos a lhes pregar as boas-novas do Reino.
Por conseguinte, queria Jesus ensinar, na parábola do Rico e Lázaro, que os judeus (Rico) banqueteavam-se na mesa da verdade, enquanto os gentios (Lázaro), coitados, eram os cachorrinhos que procuravam a todo custo apanhar migalhas do evangelho. E parabéns para eles, passaram das migalhas para as gemas puras e cristalinas do santo evangelho do Senhor.
Os ricos vestiam-se de linho branco. O branco significa paz, pureza, e era isso que Deus lhes desejava, caso ouvissem, e fossem fiéis ao legado divino. Os gentios eram o Lázaro tão repelente quanto o leproso. Eram os leprosos espirituais. Não tinham direito, como pensavam os judeus, às bênçãos e favores de Deus. Mas, irmão, a mesa da verdade, da qual se orgulhavam os judeus, tornou-se em laço para eles.
Romanos 11:9
“E Davi diz: Torne-se-lhes sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço, por sua retribuição.”
E, na verdade, esse foi o quinhão de um povo recalcitrante, endurecido por tanta desobediência e rebelião. Embora representassem a preferência nacional de Deus, os judeus rejeitaram e mataram o Senhor do evangelho, por isso foram “quebrados” e outros “galhos” foram “enxertados” na Oliveira – nós, os gentios – representados na parábola, por Lázaro, o mendigo. Romanos 11:17-21.
A maior prova de que o Rico (nação judaica) recebeu “seus bens em sua vida”, como informa a parábola, foi o fato de ter sido chamada para ser o sacerdócio real de Deus na Terra, nação santa, peculiar. Sobre ela dispensou o Senhor, por séculos, bênçãos sem medidas, deu-lhes uma terra onde mana leite e mel e por fim deu-lhes o próprio Messias. E qual foi a reação do Rico (judeus)?: “...Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam...” João 1:11.
Os judeus, portanto, rejeitaram o Messias (o Rico morre). Esta rejeição consolidou-se com o apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir (Atos 7:54-60), quando então os filhinhos ou o Rico da parábola, perderam definitivamente a preferência divina, bem como o direito à salvação como um povo, embora individualmente tenham direito a ela.
Após o apedrejamento de Estêvão, ocorreu uma grande perseguição aos cristãos (Atos 8:1). Esta perseguição, conquanto não pareça, constituiu-se em uma milagrosa operação celestial, pois o evangelho foi anunciado poderosamente aos gentios (Lázaro), para que eles também participassem do banquete da salvação. Agora, não comeriam mais migalhas da mesa de seu Senhor, mas fariam parte inconteste da mesa da verdade. Veja que maravilhoso:
“Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se pregasse primeiro a Palavra de Deus; mas visto como a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios; porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te puz para luz dos gentios, para que sejas de salvação até os confins da Terra. E os gentios ouvindo isso, alegraram-se, e glorificavam a Palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. E a Palavra do Senhor se divulgava por toda aquela província.” Atos 13: 46-49.
“Ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia, que também os gentios tinham recebido a Palavra de Deus.” Atos 11:1.
Perceba o quadro atual:
O RICO EM TORMENTO
(judeus)
Perderam a hegemonia nacional, conforme a Parábola. Perderam o privilégio de ser o povo escolhido de Deus (Deut. 7:6). Perderam o majetoso templo, a nação, e dispersos foram por todo o mundo. Muito embora Deus os ame a todos, e, individualmente tenham direito à salvação, desde que aceitem a Jesus Cristo como Salvador pessoal.
LÁZARO CONSOLADO
no seio de Abraão
(gentios)
Possuem a verdade, exercem fé, crêem, vivem e pregam o evangelho, esperam a volta de Jesus e transformaram-se na geração eleita de Deus, ouça: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquEle que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz; vós que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tinheis alcançado misericórdia, mas agora alcan-çastes misericórdia.” I. Pedro 2:9-10.
ABRAÃO
Entrou nessa parábola, porque é considerado o pai da fé, segundo a Bíblia. E todos os que se salvarem, o serão pela fé em Cristo, e nunca por obras ou méritos próprios; e serão chamados filhos de Abraão pela fé. Gálatas 3: 9.
O SEIO DE ABRAÃO
Quer dizer, simplesmente: Privilégios e favores. Ó gentios! Como Deus nos ama!
Para finalizar, tenhamos em mente este pensamento:
“Na parábola do Rico e Lázaro, Cristo mostra que nesta vida os homens decidem seu destino eterno. Durante o tempo da Graça de Deus, esta é oferecida a toda alma. Mas, se os homens desperdiçam as oportunidades na satisfação própria, segregam-se da vida eterna. Não lhes será concedida nova oportunidade. Por sua própria escolha cavaram entre eles e Deus um abismo intransponível.” – Paráb. de Jesus, pág. 260. E.G. White.
Meus queridos irmãos, está claro que, nesta parábola, Jesus continua apresentando a lição iniciada com a parábola do mordomo infiel de Lucas 16:1-12, e a tônica de Seu ensino é que o “destino eterno” de uma pessoa é determinado pelo uso que ela faz das oportunidades que se apresentam HOJE.

Assim, pois, sem sombras de dúvidas, a parábola do Rico e Lázaro foi apresentada por Jesus para esclarecer definitivamente que o destino do homem – rico ou pobre é decidido aqui nesta vida, “pelo uso feito dos privilégios e oportunidades” conferidos por Deus.
Leia, como complemento: Mateus 16:27; 25:31-41. I Coríntios 15:51-55. I Tessalonicenses 4:16-17. Apocalipse 22:12, etc.
Tenho ânsias de explodir em brados de aleluias ao Senhor, pois que Ele é bom, e nos dá sabedoria para andarmos na luz. – Aleluia! Glória a Deus!
Abraço!!!

domingo, 17 de julho de 2011

Arrebatamento Secreto




“Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado outro. Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”. Mateus 24: 40-42.


Este texto (Mateus 24:40-42) é utilizado para crer-se que os santos serão raptados secretamente antes da volta de Jesus.
Esta teoria firmada neste texto isolado é um mito medieval criado pelos adeptos da Contra Reforma. Este ensino empana o magestoso brilho da ressurreição bíblica. Em Mateus 24 Jesus apresenta a maior profecia de Sua vinda. E no contexto (Mat. 24:48-51) evidencia-se o ensino claro de Jesus: Estar alerta, porque ao retornar o Senhor, um será “tomado”, outro será “deixado”.
Em Sodoma e Gomorra apenas três pessoas foram “levadas”, isto é: escaparam da destruição. No dilúvio, oito se salvaram. Na destruição de Jerusalém, quem estava alerta (Mat. 24:15-20), fugiu e se salvou. Nenhuma daquelas pessoas foi arrebatada. Arrebatados na Bíblia só houve Enoque e Elias, e o arrebatamento não foi secreto. A Bíblia é clara ao apresentar a doutrina da ressurreição:
I Coríntios 15:51-54: – “Eis aqui vos digo um grande mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”.
I Tessalonicenses 4:13-18: – “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os demais, que não tem esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela Palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido e com a voz de Arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.
Na primeira ressurreição, participarão todos os justos mortos de todas as épocas (I Tess 4: 16). Com os justos vivos, são todos arrebatados (I Tes. 4:17). Mil anos mais tarde ocorre a segunda ressurreição, que é a dos ímpios (Apoc. 20:5).

OBSERVAÇÃO – Um pouco antes da volta de Jesus, ocorre uma ressurreição parcial, menor, segundo Daniel 12:2. Nesta ressurreição parcial, ressuscitarão para contemplar o Senhor os que recusaram, traspassaram, crucificaram, zombaram e escarneceram da agonia de Cristo (Apoc. 1:7). Estas pessoas morrerão três vezes. Primeira: A morte natural. Segunda: Após esta ressurreição especial, depois que tiverem contemplado o Senhor Jesus, voltarão a morrer. Terceira: Após o milênio ressuscitam para serem exterminados com todos os rebeldes. Percebe como é linda e clara a doutrina da ressurreição? Ouça isso:
I Coríntios 15: 20
“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.”
A ressurreição de Moisés, do filho da viúva de Naim, da filha de Jairo e Lázaro, dependiam da ressurreição de Jesus. Isto foi possível porque Cristo ressuscitaria. Cristo ficou como fiador destas ressurreições. Por isso Jesus é a primícia. Houvesse arrebatamento secreto, haveria necessidade da ressurreição? Releia este texto esclarecedor:
Apocalipse 1: 7
“Eis que vem com as nuvens, e TODO o olho o verá, até quantos o traspassaram...”
ATENÇÃO
Quando é dia aqui no Brasil é noite no Japão. Mas, não duvide – TODO olho verá Jesus voltando. Deus esticará a Terra se preciso for . E mais, os que assassinaram a Jesus não possuiam fé, logo, não é o olho da fé. Todos os seres humanos, um dia verão a Deus. Na volta de Jesus, uns serão “levados”, outros serão “deixados”.

O RETORNO DE CRISTO SERÁ:
• Audível (I Tess. 4:16).
• Glorioso (Mat. 16:27; Apoc. 19:11-16).
• Súbito e inesperado (Mateus 24:38-39).
Depois de tudo que Jesus passou por amor a nós; vilipendiado, massacrado, zombado, esbofeteado, ridicularizado, não é melhor que ao invés de voltar à nossa Terra de forma secreta, chegasse Ele triunfalmente ao som de todas as trombetas, diante dos olhos de todos os mortais?
Claro que sim! Não é?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

I SAMUEL CAPÍTULO 28



Os filisteus se preparavam para atacar Israel. Como o profeta Samuel falecera (cap. 28:3), Saul se desespera diante do inimigo (cap. 28:5). Então consulta ao Senhor (cap. 28:6) sem obter qualquer resposta.
Ao invés de humilhar-se, arrepender-se, converter-se de seus maus e desobedientes intentos, toma a decisão mais degradante de sua vida, ouça:
I Samuel 28:7
“Então disse Saul aos seus criados; buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que eu vá a ela, e consulte por ela...”
Pobres seres humanos, à semelhança de Saul, quando perdem de vista a obediência à Lei de Deus, pensam que tudo vale no cristianismo.
Saul começa um processo de engano periódico: “Disfarçou-se (cap. 28:8) e foi procurar a feiticeira. Ao chegar, aquela mulher demonstrando obediência ao decreto real, definiu a situação, sem saber de quem se tratava. Ouça:
I Samuel 28: 9
“... eis que tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os advinhos e os encantadores; porque me armas um laço à minha vida, para me fazer morrer?”.
Diante da preocupação da feiticeira, Saul a tranqüiliza e, ela, então, indaga:
I Samuel 28:11.
“... a quem te farei subir? E disse ele: Faze-me subir a Samuel.”
Neste instante, desesperada, a feiticeira imagina ter caído na armadilha, pois reconhece no “cliente”, o próprio rei Saul, o exterminador da feitiçaria (cap. 28:12).
Saul mandou que a mulher se acalmasse e a sessão espírita prosseguiu. A feiticeira, então, faz aparecer o próprio Satanás personificando o falecido profeta Samuel (cap. 28:14). E este diálogo se processou, preste atenção:
I Samuel 28: 15-19
“Samuel disse a Saul: por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se tem desviado de mim, e não me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer.
“Então disse Samuel: Por que pois a mim me perguntas, visto que o Senhor te tem desamparado, e se tem feito teu inimigo?
“Porque o Senhor tem feito para contigo como pela minha boca te disse, e tem rasgado o reino da tua mão, e o tem dado ao teu companheiro Davi.
“Como tu não deste ouvidos à voz do Senhor, e não executaste o fervor da Sua ira contra Amaleque, por isso o Senhor te fez hoje isto.
“E o Senhor entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus,e amanhã tu e teus filhos estareis comigo; e o arraial de Israel o Senhor entregará na mão dos filisteus.”

Esta materialização espírita ocorrida na cidade de En Dor, é a obra prima do arquiinimigo – Lúcifer. Desaforadamente utiliza termos divinos e evoca o Senhor Deus Todo Poderoso apresentando-O como inimigo, quando na verdade o inimigo dos seres humanos é ele mesmo.
Astucioso e competente ator, profetiza em Nome do Senhor, com o maior descaratismo e toma toda a trama nas mãos para que o cumprimento de sua profecia ocorresse como falou – 24 horas de vida apenas para o rei em rebelião.
De fato Saul perdeu a batalha e a vida como Lúcifer predissera (I Sam. 31:4). Mas, isto só ocorreu porque Saul virou as costas para Deus e ficou de frente para Satanás. Houvesse arrependimento sincero do rei, mudança de vida e fé no Todo Poderoso, a história seria completamente diferente.
Um rei recalcitrante, atrevido, rebelde e desafiador jamais poderia crescer na fé em sua experiência cristã. Por isso, em vida, Samuel definiu a conduta que deveria ter diante do Céu:
I Samuel 15:22
“... eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar...”
Meu amado, nunca entre no terreno encantado de Lúcifer, nunca consulte seus colaboradores, nunca saia da presença do Pai Celestial, para que as ciladas e ardís deste inimigo o alcance.
Como você pode comprovar lendo o capítulo 12 (HOMEM! MORTAL OU IMORTAL? – pág. 270), quando a pessoa morre – crente ou ímpia, vai para a sepultura e tudo fica entregue ao completo esquecimento. Eclesiastes 9:5-6.
Portanto, o Samuel deste episódio, que a feiticeira fêz aparecer, foi o próprio Lúcifer, com perfeita aparência facial e a voz de Samuel, para iludir e destruir o rei.
Este sempre foi o seu papel. Abra os olhos meu irmão.
Abraço!!!

sábado, 4 de junho de 2011

Partir e estar com cristo




“E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.” Lucas 14:14.

Se uma pessoa ao morrer, vai logo encontrar-se com Cristo na glória, então responda:
• Por que chorar no velório?
• Por que temer a morte?
• Quem não gostaria logo de subir ao Céu?
“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo o desejo de partir,
e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.”
Filipenses 1:23
“Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo,
para habitar com o Senhor.”
II Coríntios 5:8
Estes textos paulinos tem-se tornado, ao longo dos anos, um forte pilar para a crença de que o galardão é conferido imediatamente após a morte. Esta fé tem sido real na vida de muitos Ministros, fato que já presenciei em várias oportunidades, no sepultamento de crentes.
No livro Angeologia, do Pastor Batista Ebenézer Soares Ferreira, destaquei do prefácio feito pelo autor, sobre a tese apresentada, o seguinte parágrafo:
“Que alcance os objetivos por que foi escrita e que a memória do grande idealista, Pastor Barreto, que me estimulou a escrevê-la, seja sempre honrada, pois no Céu já se encontra desde 9-7-63, servindo ao Senhor com os anjos que tanto amava.”

Como se vê, não somente é crida esta doutrina na esfera teológica, como patenteada em livros e lançada na correnteza evangélica. E assim são doutrinados os cristãos, com base em um verso isolado, o que é perigoso, pois que, bem analisado o texto de Fil. 1: 23, fácil ficará descobrir quando Paulo chegaria após sua partida.
Ter desejo de partir é uma coisa, chegar no mesmo dia no Céu, é outra bem diferente. Perdoe-me, muitos estão confundindo partida com chegada!
Estar com Cristo é um desejo real do cristão, e o Senhor bem conhecia este anseio, razão por que afirmou: “...e eis que Eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. Mateus 28:20. Paulo compreendeu isso ao ponto de ficar “impregnado” de Cristo e confessou à igreja da Galácia:
Gálatas 2: 20
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim.”
Por outro lado, o desejo do Senhor para com Seus filhos foi declarado: “Jesus respondeu e disse-lhe... Viremos para ele, e faremos nele morada” (João 14:23). Por conseguinte, a fusão Cristo e o cristão é inerente a ambos. Um deseja estar com o outro. A diferença, porém, é realçada e estabelecida, quando nos perguntamos: Quem é o homem? Quem é Jesus? Esta comparação só é possível mediante o amor revelado na cruz. Por isso eu também anelo estar com Jesus.
Pois bem, lamentavelmente o dia da partida de Paulo foi precedido por dois longos anos na prisão em Roma. E a maneira em que se deu não foi menos dolorosa. Sua cabeça foi decepada pelo carrasco. Assim Paulo partiu. Isto é: morreu. Mas, quando estará com Cristo? Sim, quando chegará ao Céu? Ele mesmo nos responde:
II Timóteo 4:8
“Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim mas também a todos os que amarem a Sua vinda.”
Na contextura paulina, este verso infunde grande luz sobre o assunto e revela a confiança do apóstolo. Tinha ele certeza absoluta de seu galardão; sua co-roa era certa, porém a posse dela tem dia marcado: “Naquele dia” – a volta de Jesus.
Paulo sabia que a ressurreição o traria de volta à vida, mas quanto ao dia deste acontecimento nunca deixou ninguém enganado. Também aos coríntios garantiu:
I Coríntios 15:23
“Mas cada um por sua ordem; Cristo, as primícias, depois os que são de Cristo, na Sua vinda.”
Uma das mais belas páginas da lavra paulina, no que tange à doutrina da ressurreição, para total esclarecimento do assunto em pauta, é esta:
I Coríntios 15:52-54
“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: tragada foi a morte na vitória.”
Não há o que contestar. Paulo deixa claro como a luz do Sol, que o dia de sua partida é o dia de sua morte, mas o dia para estar com Cristo é o da sua ressurreição. Esta foi sua fé. Este foi seu ensinamento. Esta é uma doutrina basilar da Escritura.
Assim, o corpo do amado apóstolo foi enviado à sepultura, estando guardado pelos anjos até o ansiado dia do encontro com o Senhor nos ares, quando então as tumbas se abrirão sob o impacto da voz de Deus, para devolver à vida os que a morte retém sob seu aguilhão.
Como não há consciência na morte, o dia da ressurreição de Paulo dará a ele a nítida impressão que ocorreu “no instante imediato ao da sua morte”. E isto, amado irmão, ocorrerá com todos os mortos, que “morrem no Senhor”. Este é o ensino da Bíblia. Simples e claro. Por favor, reitero-lhe com emoção, não confunda partida com chegada, pois Paulo não tinha dúvidas de que sua chegada ao Céu só se daria com sua ressurreição. É ele quem afirma escrevendo aos crentes de Filipos:
Filipenses 3:11
“Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dos mortos.”
Irmão, eis aí o testemunho fiel dos próprios lábios de Paulo e firmado com seu punho, dando-lhe valor eterno. Quem negará?
Lembra-se do amado do Senhor, Davi, que também morreu e não foi para o Céu imediatamente. Mas irá, por ocasião da ressurreição dos justos. Ouça:
O querido apóstolo Paulo afirma que a morte é a última porta fechada, lacrada a ser detonada pelo Filho de Deus.
I Coríntios 15:55:
“Onde está, ó morte o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?”
O Leão da tribo de Judá demonstra claro desdém a esta que foi o terror do mundo por seis milênios. E então, os resgatados da morte clamarão vitoriosos:
“Abre, ó inferno as tuas portas! Escancara-as e sacia-te do sangue dos que rejeitaram a grande salvação que Jesus lhe ofereceu!
“Mas, cala-te, fecha a tua boca e foge da presença do Filho de Deus!
“Tu, ó inferno, foste vencido pelo sangue de Cristo, e portanto nada podes contra os remidos do Senhor.”

OBSERVAÇÃO – Querido irmão, não acha você desconcertante Paulo frisar com tamanha clareza que aguardava sua ressurreição, e nós aceitarmos que ele esteja no Céu hoje?
“Pequei e arrependi-me; confiei e amei; agora descanso e ressuscitarei; e pela Graça de Cristo, ainda que indigno, reinarei.”
(Inscrição na sepultura de um leal servo de Deus).

Morte



Existe vida após a Morte ?
Para onde vamos quando Morremos ?
SONO, FINAL OU COMEÇO?

O sono tranquilo, indelével, gostoso, de alguém que durante o dia dispendeu bastante energia, além de refazer suas forças, fá-lo levantar-se bem disposto, sem que tenha noção exata das horas que mediaram o anoitecer e o alvorecer. Assim é o sono da morte.
“Quão consolador é para o cristão saber que o sono da morte não é eterno, e que haverá ressurreição e transformação. Agora podemos viver na esperança de morrer em Jesus e ‘dormir’ em Seus braços de amor. O cristianismo puro olha para além dos portais da tumba. Há consolo e conforto nestas palavras de Jesus: ‘Eu Sou a ressurreição e a vida.’” .
Amado, se você compreender bem este tema, estará definitivamente se opondo ao pensamento espírita da reencarnação.
Há uma coisa em comum em todos os livros editados para combater os Adventistas: figura em primeiro plano a negação da doutrina que os mortos dormem na sepultura após a morte. São assim voltados os canhões contra este povo amante da Bíblia, assegurando através da imprensa que esta é uma doutrina pessoal nossa, burilada e caduca. Que “forçam o texto”. Que “é um absurdo”. “Um erro muito grande”. – Est. Bib. Sobre Erros dos Sabatistas, Rev. Epaminondas Moura.
Interessante que os textos apresentados para contestar essa doutrina, além de raros, são de pouca monta e nenhum peso, depois de analisados pelo contexto. Você vai tirar as conclusões. Você verá se a doutrina do “sono da morte” é Adventista ou bíblica. Também decidirá quem está com a razão: Os Adventistas que aceitam esta doutrina de Deus ou os homens que a negam com tanta emoção.
Citaremos apenas dois textos do Antigo Testamento para fazer brotar a verdade cristalina do sono na morte. E também realçar que é uma doutrina antiga, crida pelos patriarcas e profetas e esposada pelos discípulos e apóstolos.
Daniel 12:2
“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão...”
Salmo 17:15
“Quanto a mim, contemplarei a Tua face na justiça, satisfar- me-ei da Tua semelhança quando acordar.”
São claros demais os textos. Daniel diz que os mortos dormem e Davi assegura que o morto vai acordar, na volta de Jesus. E agora, o Novo Testamento:
Mateus 27:52
“E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados”. Este texto informa o seguinte:
• Santos dormiam (estavam mortos).
• Ressuscitaram (porque estavam mortos).
• Que foram ressuscitados? Corpos!
CONSIDERE: Se eram santos, qual a necessidade de serem ressuscitados? Já estavam gozando a bem-aventurança? Não! Estavam dormindo na sepultura, e acordaram quando Cristo ressuscitou. Esta foi uma ressurreição especial. Depois que saíram do sepulcro foram até Jerusalém (v. 53); posteriormente subiram ao Céu com Cristo.
João 11:11-14
“Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo dorme, mas vou despertá-lo do sono... Disseram-lhe pois os Seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto.”
Quem poderá contestar o Senhor? Quem ousará dizer que a doutrina do sono da morte é Adventista? Jesus aqui é claro, definido e insofismável: Morte é sono. Negar isto é trair o Senhor. Ouça mais:
II Pedro 3:4
“E dizendo: Onde está a promessa da Sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.”
Lucas 8:52
“E todos choravam, e a pranteavam; e Ele disse: Não choreis; não está morta, mas dorme.”
Marcos 5:39
“E, entrando, disse-lhes: Porque vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.”
Mateus 9:24
“Disse-lhes: Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riam-se dEle (de Jesus).”
Será que não há muitas pessoas por aí, na mesma condição? Rindo-se dos Adventistas, porque nós, como o Senhor Jesus, cremos sinceramente na doutrina do sono da morte? Bem, se este for o seu caso, por favor, medite bem, pois é o próprio Deus que tem assegurado ser a morte um sono. Sorria para Jesus e não dEle, certo?!
Atos 13:36
“Porque, na verdade, tendo Davi no seu tempo servido conforme a vontade de Deus, dormiu, e foi posto junto de seus pais.”
Atos 7:60
“E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.” (Atos 8:2. Estêvão foi morto).
I Tessalonicenses 4:13-15
“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais... assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos... que nós os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.”
I Coríntios 15:6
“Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais ainda vive a maior parte, mas alguns já dormem também.”
Observe o paralelo que Paulo estabelece entre o vivo e o morto. Não é inegável? Também ele aceita que o morto está dormindo. Que clareza!
I Coríntios 15:18
“E também os que dormiram em Cristo...”
I Coríntios 15:20
“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.”
Paulo faz alusão às primícias, referindo-se ao Antigo Testamento. Era uma prática bela, quando se oferecia ao Senhor o primeiro molho da colheita (Lev. 23:10). Semelhantemente, Jesus tornou-se a primícia da ressurreição, precedendo a ressurreição dos justos, bem como tornando-a penhor da ressurreição de todos os salvos, em todos os tempos, que dormem no pó da terra.
I Coríntios 15:51
“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados.”
Paulo infere que, por ocasião da vinda do Senhor, haverá duas classes de cristãos na Terra:
• Os que dormem (mortos).
• Os vivos.
Todos porém, serão “transformados” ao soar da última trombeta.
Ora, se pregam que o crente ao morrer vai diretamente para o Céu desfrutar da imortalidade quais espíritos nebulosos, pergunto:
• O que será ressuscitado?
• O que será transformado?
Paulo é claro, todos (justos vivos e justos mortos) serão transformados.
I Coríntios 15:52
“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.”
“Se esses mesmos mortos já estivessem desfrutando a incorrupção da imortalidade, não precisariam de qualquer mudança. A verdade é, contudo, que eles sucumbiram à corrupção do túmulo e carecerão do ministério transformador de Cristo não menos do que seus irmãos e irmãs viventes.” – Lição da Escola Sabatina, pág. 130–3º Trim., 1981. Por conseguinte, os justos mortos acordarão de seu sono, quando a voz de Deus ecoar no Céu, chamando Seus filhos à vida, para receberem então, a imortalidade sonhada. João 6: 39, 40, 44, 54.
Como vê o amado irmão, a doutrina do “sono da morte” não é dos Adventistas como dizem os inúmeros escritores que combatem esta amada igreja, mas é uma doutrina também neo-testamentária, e nós a aceitamos porque é uma verdade inquestionável. E você, se esteve equivocado até agora a respeito do assunto, ouça por favor o apelo de Paulo:
I Tessalonicenses 4: 1
“Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que abundeis cada vez mais.”
NOTA – Na Bíblia a morte é chamada “sono” cinquenta e quatro vezes.


Abrazo!!!

sábado, 23 de abril de 2011

Homem, Mortal ou Imortal?



• Que é o Homem?
• Depois da Morte, que Sobra?
• Corpo, Alma e Espírito?!
• Imortalidade? Quando?



Nosso século é conhecido por seu extraordinário avanço tecnológico, e na ciência tem-se buscado a resposta para a inquietante pergunta: “Que é o homem?” A despeito dos esforços despendidos no afã de respondê-la, a incógnita persiste.
Alexis Carrel, famoso cientista e Prêmio Nobel de Filosofia, declarou que o homem é “um grande desconhecido e estranho.”
Da ciência escorregou-se para a filosofia, numa tentativa super-humana de satisfazer a tremenda curiosidade: “Que é o homem?”
“Por séculos a idéia sobre o homem tem sido influenciada pelo filósofo grego Platão. Ele sugeriu que o homem consiste em duas partes: a alma imortal e o corpo corrupto, mortal. Esses dois elementos ele via como totalmente diferentes: um eterno e bom, outro mau, fraco e temporário. Durante a vida na Terra, ensina Platão, a alma tem de residir no corpo, como numa prisão de que se vê livre na morte. Ele fala do corpo como ‘fonte de intermináveis problemas’, e cria que o puro conhecimento de tudo poderia ser alcançado quando a alma se libertasse do corpo.” – Lição da Escola Sabatina, 1975, pág. 29.
Esta idéia platônica choca-se de frente com o ensino bíblico de que o “corpo é o templo do Espírito Santo” (I Cor. 6:19). Daí, nota-se o grande contraste “entre a idéia do corpo como uma prisão da alma e o conceito bíblico de que ele é o templo do Espírito Santo”. Por outro lado, a Bíblia é clara ao afirmar que o homem foi criado por Deus como “alma vivente” (Gên. 2:7). Ele não “abriga uma alma” dentro de si, ele próprio é uma “alma vivente”.

O entendimento a respeito do corpo e da alma levará o homem a determinar o seu conceito sobre a morte e o espiritismo. Portanto, é necessário discernir pelo estudo do santo Livro o que é um e o que é o outro.

QUE É O HOMEM?
O homem, esse ser maravilhoso, feito um pouco menor que os anjos, tem sido objeto de muitas especulações quanto à sua estrutura. E perguntas como – O que é o homem? Tem ele uma alma? Sai dele, quando morre, uma entidade abstrata que vai se incorporar em outro ser, racional ou irracional? Estas são indagações cotidianas.
Para essas perguntas, a Bíblia somente tem a resposta, e nós a estudaremos para descobrir a verdade a respeito. O primeiro passo é sabermos o que é o homem. A Bíblia diz:
Gênesis 2: 7 – “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em
seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente.”
(Isa. 29:16; 45:9; I Cor. 15:45).
Veja como é simples: Deus uniu dois elementos: Boneco de barro e fôlego de vida, o que resultou em uma alma vivente,ou seja: um ser vivente, e este ser vivente só existirá através da junção destes dois elementos que o trouxeram à existência, isto é: corpo (boneco de barro) e fôlego de vida.
Para você entender claramente, observe o seguinte:

• A luz elétrica é a resultante da união de dois elementos: energia ou corrente elétrica, mais a lâmpada. Desta união, temos a brilhante luz.
• A cadeira não tem cadeira, ela é uma cadeira, que é a união de pregos e madeira.
• A mistura de tinta azul com tinta amarela resulta na cor verde. O verde não tem verde, ele é verde.
Claro que a corrente elétrica só, não ilumina. A luz é o resultado da união normal da energia ou corrente elétrica com a lâmpada. Se você cortar o fio que leva a eletricidade até a lâmpada, esta não produzirá luz. Da mesma maneira, a lâmpada só, sem energia, também não ilumina.
O verde também só existirá quando continuarem misturados o azul e o amarelo. Estas cores, azul e amarelo, são cores básicas e têm existência própria; o verde, porém, é uma cor derivada e só existirá quando estiverem perfeitamente misturados o azul e o amarelo.
Desta forma, a “alma” é o resultado da união destes dois elementos utilizados por Deus ao criar o homem: o pó da terra e o fôlego de vida. Ambos se juntaram e produziu-se uma alma vivente – o homem.
O corpo por si só não pode pensar, agir, arrazoar. Porém, Deus, ao introduzir nele o fôlego de vida, tornou-o mais que uma simples matéria. Entrementes, assim como a corrente elétrica, só, não ilumina, da mesma maneira o fôlego de vida só não pode pensar, arrazoar, sentir, chorar, sofrer, nem realizar alguma função de vida inteligente.
Mas, a união do fôlego de vida (que é a própria vida dada por Deus) com o pó (barro) produziu imediatamente um homem inteligente, com capacidade de raciocinar, sonhar, sentir, pensar, agir, decidir. Portanto, a idéia de que o homem tem uma alma dentro de si é contrária à Bíblia. O homem, tornou-se sim, uma alma vivente. Ele não tem uma alma, ele é uma alma.
Assim, fica fácil entender as expressões bíblicas:
“Minha alma tem sede de justiça...”
“ Minha alma clama ao Senhor... ”
“Louco! esta noite pedirão a tua alma...”
“Alma, tens em depósito muitos bens, etc...”
São expressões de linguagem que denotam todo o desejo do homem em direção ao seu Criador. É o mesmo que dizer: “Eu tenho sede... eu clamo... você morrerá esta noite... ela, ele, eu, você, temos muitos bens, etc.
De toda a criação, foi o homem o único ser que não surgiu por uma ordem de Deus, mas foi feito pelas Suas próprias mãos, moldado com todo carinho e depois soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o “boneco” de barro transformou-se numa criatura, uma alma vivente, um ser racional e inteligente.
O apóstolo Paulo confirma esta verdade afirmando: “...o primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente...” (I Cor. 15:45). E João abona a palavra paulina: “E o segundo anjo derramou a sua salva no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda alma vivente.” Apoc. 16:3.
Portanto, não somente o homem, mas também todos os animais têm o mesmo fôlego provindo de Deus para tornarem-se almas viventes, criaturas viventes (Lev. 11:10, 46). O livro da Gênesi do mundo, fornece, entre outros, o seguinte texto esclarecedor:
Gênesis 7: 21-22
“E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de fera, e de todo réptil que se roja sobre a terra, e todo homem, tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco morreu.”
Note, irmão, a clareza do texto: animais, aves, peixes e homens... todos têm o mesmo fôlego de vida, que, ao lhes ser retirado, morrem. Salomão esclarece da seguinte maneira:
Eclesiastes 3: 19-20
“Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para o mesmo lugar, todos são pó, e ao pó tornarão.”
Fica claro então que, no tocante ao fôlego (Sal. 150:6), não há diferença entre o homem e o animal. Ambos respiram, vivem e morrem quando lhes é retirado o fôlego de vida. Por isso não tem vantagem nenhuma o homem sobre o animal. A grande diferença, porém, é que, aos olhos de Deus, o homem está em uma posição muito elevada. O animal morre, desaparece e fica por isso mesmo.
Com o homem, porém, é diferente. Se ele quiser, está ao seu alcance uma vida eterna que lhe é concedida pelo Filho de Deus, morto em uma cruz. Só aqui, portanto, reside a grande diferença entre a alma vivente (animal racional) e a alma vivente (animal irracional).
A expressão fôlego de vida é algumas vezes empregada de forma diferente pelos escritores inspirados, como por exemplo:
Jó chama de alento e sopro — Jó 27:3
De espírito — Jó 14:10-12

Davi chama de respiração — Sal. 104:29
De espírito — Sal. 146:4

Salomão chama de fôlego — Ecl. 3:19
De espírito — Ecl. 12:7

Tiago já chama de vapor — Tiago 4:14

Moisés chama de sopro — Êxo. 15:8
De espírito — Gên. 7:22.

“O conceito de vida imediatamente após a morte jamais foi apresentado na parte hebraica ou grega da Bíblia. Originou-se com a filosofia grega e penetrou no judaísmo no período helenista (entre o quarto e o primeiro séculos antes de Cristo). Os fariseus assimilaram de fontes gregas a doutrina da imortalidade da alma. Essa doutrina veio para dentro da Igreja Cristã principalmente por influência do autor judeu Filo e os teólogos cristãos de Alexandria: Clemente (cerca de 150 a 215 d.C.) e Orígenes (cerca de 185 a 254 d.C.). A doutrina da imortalidade da alma é a base do espiritismo e também da filosofia da Nova Era.” – Lição da Escola Sabatina, nº 12, pág. 2, – l5/9/1996.

DEPOIS DA MORTE, O QUE SOBRA?
MORTALIDADE da alma tem sido um assunto divergente entre a cristandade, embora seja claro na Bíblia. Antes da mistura do paganismo com o cristianismo, não se cria que os santos ao morrerem iam para o Céu.
A origem da natalidade aconteceu com a ordem de Deus: “...multiplicai-vos e enchei a Terra...” (Gên. 1:28). A mortalidade, porém, lamentavelmente se deu, quando o homem desobedeceu a ordem expressa do Criador, dando ouvidos à serpente, representante de Satanás.
Quando criados Adão e Eva, foi-lhes oferecido para habitação um lindo jardim. De todas as árvores frutíferas poderiam utilizar; inclusive do fruto da árvore da vida, para que este lhes prolongasse a existência. O Senhor, porém, submeteu-os a um teste, proibindo-lhes tocar no fruto de uma determinada árvore que estava no centro do jardim. Representava a Lei de Deus, a vontade divina. Tocar ou não naquela árvore, revelaria a linha de conduta do casal. E então a voz de Deus ecoou:

Gênesis 2:17
“Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Satanás, porém, referindo-se a este fruto, afirmou categoricamente:
Gênesis 3:4 – “CERTAMENTE NÃO MORRERÁS.”


Como pai da mentira que é, Satanás utilizou as mesmas palavras divinas, colocando acintosamente a mentira no meio. Eva, tristemente, esqueceu-se da palavra de Deus para atender ao malígno e, por isso, muitos a condenam. Mas, grande parte da cristandade hoje dá ouvidos a esta mesma voz, crendo na mesma mentira: “certamente – não – morrerás.”
Para mostrar que o homem não era imortal, mas possuía imortalidade condicional à sua obediência, a primeira e imediata providência de Deus após o pecado foi vedar-lhe o caminho da árvore da vida. Por quê? Para que o homem não se tornasse um pecador imortal. Aqui a prova:
Gênesis 3:22-24
“... Ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente... o lançou fora do Jardim do Éden... pôs querubins ao oriente do Jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.”
Ora, que maior prova existe que não essa? O homem não poderia mais comer do fruto da árvore da vida, para não viver eternamente, isto é: tornar-se imortal. Evidentemente, provado está que ele não possuía imortalidade própria, mas que esta lhe era emprestada por Deus, sob esta condição: obediência.
Assim, o primeiro plano de Satanás (e o realizou) foi levar Adão e Eva a transgredirem a vontade divina. O segundo plano diabólico era levá-los a comerem do fruto da árvore da vida, perpetuando assim o pecado (mas foi frustrado, graças a Deus). A verdade prevaleceu, o homem tornou-se mortal. Os escritores bíblicos são, nisto, concordes. Eis o testemunho de alguns:
Davi: – “Que é o homem mortal para que te lembres dele?” (Sal. 8:4).
Paulo: – “... Cristo também vivificará os vossos corpos mortais” (Rom. 8:11).
“... isto que é mortal se revestir da imortalidade” (I Cor. 15:54).
“Jesus Se manifeste também em nossa carne mortal” (II Cor. 4:11).
“... revestidos para que, o mortal, seja absorvido pela vida” (II Cor. 5:4).
A mortalidade inerente da alma é uma doutrina clara da Bíblia, e o apóstolo Paulo, de uma forma abrangente, eficaz e cristalina, a endossa. Veja:
I Timóteo 1:17; 6:16
“Ora, ao Rei dos séculos, imortal... Aquele que tem, Ele só, a imortalidade...”
Se só Deus é imortal, Suas criaturas, evidentemente, são mortais.
A imortalidade que o homem possuia antes de pecar era derivada de Deus. Tinha-a ao comer do fruto da árvore da vida, enquanto obedecesse ao Senhor. Mas, quando deu ouvidos à serpente, transgrediu, tornando-se, portanto, mortal. É o que ensina a Bíblia. E, ao morrer a pessoa, a Bíblia responde:
Eclesiastes 12:7
“E o pó volte à terra, como era, e o espírito volte à Deus, que o deu.”
Isto é: o corpo (matéria), que é barro, volta ao pó, mas o fôlego de vida (aqui traduzido por espírito), volta a introduzir-se em Deus, que é o grande autor da vida. E, o que acontece? Simples: o homem deixa de existir.
É a mesma coisa que separar o azul do amarelo: o verde desaparece. Ao desligar-se a corrente elétrica da lâmpada, a luz se acaba. Da mesma sorte, a cadeira: lançada no fogo sua madeira e enterrados os pregos, ela deixa de existir.
Infelizmente, muitos não aceitam esta simples verdade, mas os escritores sacros crêem assim, afirmando que, no desenlace, não sai uma entidade abstrata, para que seja galardoada, recompensada ou não, indo ao Céu ou ao inferno. Dizem, sim, que vão para a sepultura. Por exemplo: Jó 14:14, 21; 19:25 e 26; Sal. 115:17; 6:5; e muitas outras passagens.
A significativa expressão: “tu és pó e ao pó tornarás” (Gên. 3:19), estabelece a natureza mortal, clara e evidente do homem. Poderá, no entanto, alguém questionar, naturalmente, os que advogam a tese da imortalidade, e dizer: “Perece o corpo, a alma não.”
Então perguntarei: Onde está a sede do amor, da inveja, do ódio; no “corpo” ou na “alma”? Provavelmente você dirá que é na alma, ou espírito, memória, pensamento, consciência, etc. Então, a Bíblia dissipa as dúvidas:
Salmo 146:4, Eclesiastes 9:6
“Sai-lhes o espírito (fôlego de vida) e eles tornam-se em sua terra (sepultura – pó); naquele mesmo dia (o de sua morte) perecem os seus pensamentos... até o seu amor, o seu ódio, a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do Sol.”
Pois bem, perece tudo na dissolução do corpo. ( Isaías 38:18 e 19). Portanto, irmão, ensina a Bíblia que o homem é mortal. Não tem uma alma fluídica dentro de si; ele é uma alma vivente, nada mais. Quando morre, vai para a sepultura e o fôlego de vida volta para Deus, e tudo jaz em completo esquecimento.
Se naquele mesmo dia (o da morte), perecem todos os pensamentos, claro está que não há consciência após a morte. Não fica o espírito pensando, agindo com raciocínio, seja no Céu, no purgatório, no além, no inferno ou nalgum paraíso.
Se alguém ainda contestar o claro ensino das Escrituras, outra vez arrazoarei: Que dizer de Jesus quando afirmou que Lázaro, o irmão de Maria e Marta, que havia morrido há 4 dias, estava dormindo? (João 11:11). E depois, categoricamente, afirma: “Lázaro está morto” (João 11:14). Queria o Senhor ensinar que a morte é um sono e este é passado na sepultura, em completo esquecimento. Note ainda: Jesus não disse para Lázaro descer do Céu; certamente sendo Lázaro um bom cristão, ao morrer, deveria estar lá, consubstanciado na crença imortalista de hoje, mas Jesus, fitando a sepultura, disse: “Lázaro,vem para fora”. João 11:43.
Pense bem: Se Lázaro estivesse gozando as delícias celestiais após morrer, ele gostaria que Jesus o trouxesse de volta a esta terra de pecado, ódio, guerra, maldade, tristeza, enfermidade e morte? E Jesus, o traria?
É, meu amado, o ensino claro da Bíblia é que a morte é um sono. “O pó volte ao pó, e o espírito (fôlego de vida) volte à Deus.”
Ah, mas isso é muito simples! É simples demais para se crer, dirão os teólogos. Então, ouça: Quando Jesus deu graças ao Pai por ter ocultado “estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelado aos pequeninos” (Mateus 11: 25-26), Ele está dizendo, certamente, que algumas coisas são, de fato, escondidas dos pesquisadores sofisticados (PHD’s, MHD’s e Doutores em Divindade). Tornar-se como crianças é a atitude que Jesus disse ser mais adequada para se estudar a Bíblia.

ESPIRITISMO ENCOBERTO
A doutrina fundamental espírita, e ramos congêneres, é que o homem tem uma alma dentro de si, que lhe sai ao morrer e vai reencarnar-se neste ou naquele ser vivo.
Ora, o cristão que crê tenha o homem uma alma, que lhe sai por ocasião da morte, indo ao Céu ou ao inferno, antes de mais nada, já está pensando igual ao espiritismo, apenas com a diferença dos fins propostos. Torna-se, sem o perceber, em um espírita em potencial, compreende?
PENSE NISSO: Terá a alma braços, pernas, cabeça com raciocínio, sentimento, emoções? Se a alma que sai do morto tem estes elementos e sentidos, jamais poderá ser uma alma, e sim uma pessoa. Uma pessoa reluzente, translúcida, diáfana ou transparente, mas, uma pessoa semelhante às que vivem neste Planeta. E, se assim é, temos de admitir que, uma pessoa sai de dentro de outra pessoa quando morre, e aí complica ainda mais. Certamente favorecerão os “fantasmas.”
A verdade é que, no Céu ou no inferno, as “almas” terão que ter sentimentos que as levem a gozar as delícias do paraíso ou sofrer os horrores do fogo do inferno, senão a recompensa e o castigo não seriam fisicamente efetivados.
O que sai do homem quando morre, vai para Deus e retorna-lhe na ressurreição, é apenas o fôlego de vida emprestado por Deus a todos os seres viventes.

CORPO, ALMA E ESPÍRITO
Admitem muitos irmãos da atualidade que o homem tem dupla natureza, ou seja: Corpo e Alma. Outros acrescentam o Espírito. (São as teorias dicotomista e tricotomista). No entanto, estes conceitos são terminantemente contrários à Bíblia, pois esta ensina que o homem é o resultado direto de dois elementos: pó da terra (corpo, matéria) e fôlego de vida ou “espírito”, de cuja junção resultou uma alma vivente – um ser vivente, racional, pensante, com capacidade intelectiva e moral, etc. Gên. 2: 7.
Três textos, pelo menos (I Tess. 5: 23; Mat. 10: 28; Zac. 12:1), são sempre utilizados apressadamente, a fim de sancionar a crença de que o homem possui uma “entidade” que lhe sai, ao morrer, tomando rumos do Céu ou inferno; respectivamente, o bom e o mau, tratando-se de cristão ou ateu. Sendo espírita, o destino pode ser um animal, doente físico, etc.
Antes de nos atermos a tais doutrinas, cujos textos estudaremos à frente, descubramos o que são “espírito” e “alma”, segundo os escritores sagrados.
As Santas Escrituras são pródigas em oferecer salutares conselhos e sábios ensinamentos que edificam e desanuviam as dúvidas humanas. Há, contidas nelas, 390 referências à “alma” que, após compulsadas, o leitor atento notará os diversos sentidos em que aparece, mas NUNCA financiando a doutrina da imortalidade natural ou inerente. Basta um conjunto de versículos para comprovação; deles me valerei, embora que suscintamente, pois o espaço assim o exige.
O vocábulo “alma”, do hebraico nephesh, e grego, psyché, pode ser traduzido de várias maneiras, como, por exemplo:

“ ALMA” – COM CONOTAÇÃO DE “VIDA”
Levíticos 17: 11
“Porque a alma (vida) da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas (vidas); porquanto é o sangue que fará expiação pela alma (vida, pessoa).”
Levíticos 17:14
“Porquanto (o sangue, v. 13) é a alma (vida) de toda carne; o seu sangue é pela sua alma (vida); ... tenho dito aos filhos de Israel: não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a alma (vida) de toda carne é seu sangue...”
Atos 20:10
“Paulo porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o disse: Não vos perturbeis, que a sua alma (vida) está nele.”
E mais estes textos: Gên. 9:4 e 5; I Reis 19:14; Jó 6:11; Mar. 3:4; II Cor. 12:15; Heb. 10:39; Mat. 16:26; Luc. 12:20; Mat. 11:29; Mar. 8:37, etc.
“ALMA” – COM CONOTAÇÃO DE “PESSOA”
Gênesis 46:27
“E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram duas almas (pessoas). Todas as almas (pessoas) da casa de Jacó, que vieram do Egito, foram setenta.”
Levíticos 17:12 –“... Nenhuma alma (pessoa) de entre vós comerá sangue...”
Atos 7:14 – “... sua parentela, que era de setenta e cinco almas (pessoas).”
Atos 2:41 – “Naquele dia agregaram-se quase três mil almas (pessoas).”
Atos 27:37 – “E éramos... duzentos e setenta e seis almas (pessoas).”
E mais estes textos: Gên. 36:6; 46:15, 18, 22, 25 e 26; Lev. 17:10, 15; Jer. 52: 29 e 30; Eze. 13:18-20; 22:25; Sal. 109:20; Prov. 11:30; Atos 3:23, etc.

“ALMA” – COM CONOTAÇÃO DE “CORAÇÃO”
Gênesis 34:3
“E apegou-se a sua alma (coração) com Diná, filha de Jacó, e amou a moça...”
I Samuel 20:17
“E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto o amava... com todo o amor da sua alma (coração).”
I Reis 11:37
“E te tomarei, e reinarás sobre tudo o que desejar a tua alma (coração), e serás rei sobre Israel.”
Atos 2:43 – “Em toda a alma (coração) havia temor...”
E mais estes textos: Sal. 42:5; Ecl. 6:2; Cant. 3:4: Miq. 7:3; Mar. 14:34, etc.
PENSE – O indivíduo pode diversificar sua dialética, direcionar seu raciocínio, perder-se em questiúnculas, nestas conotações; mas nunca poderá negar que a “alma” é o homem, o ser vivo, a pessoa humana.
O vocábulo “espírito”, que em hebraico é neshamah ou ruach; e em grego, pneuma, é empregado, na Bíblia, também em diversos sentidos, a saber:

“ESPÍRITO” – COM CONOTAÇÃO DE FACULDADES MORAIS –
ÍNDOLE – CARÁTER – PENSAMENTO – SENTIMENTO
Salmo 51:10
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito (caráter, índole) reto.”
Lucas 1:17 – “E irá adiante dele no espírito (caráter) de Elias...”
I Coríntios 4:21
“Que quereis? Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito (sentimento) de mansidão.”
Filipenses 1:27
“...quer vá e vos veja... e ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito (pensamento), combatendo juntamente... pela fé do evangelho.”
E mais estes textos: II Tes. 2:2; Rom. 1:9; 7:6, etc.

“ESPÍRITO” – COM CONOTAÇÃO DE SABEDORIA – DISCERNIMENTO –
RACIOCÍNIO – CONHECIMENTO.
Lucas 1:80
“E o menino crescia, e se robustecia em espírito (conhecimento)...”
Mateus 5:3
“Bem-aventurados os pobres de espírito (raciocínio), porque deles é o reino dos Céus.”
E mais nestes textos: Êxo. 31:3; Núm. 14:24, etc.

“ESPÍRITO” – COM CONOTAÇÃO DE – ÂNIMO – ENERGIA
Gênesis 45:27
“Porém, havendo-lhe eles contado todas as palavras de José... reviveu o espírito (ânimo) de Jacó.”
Jó 17:1 – “O meu espírito (energia, ânimo) se vai consumindo...”
Salmo 143:7
“Ouve-me depressa, ó Senhor; o meu espírito (ânimo) desfalece; não escondas de mim Tua face...”
Juízes 15:19
“Então o Senhor fendeu a caverna que estava em Leí, e saiu dela água; e bebeu, e o seu espírito (ânimo) tornou, e reviveu...”
Mais estes textos: I Sam. 30:12; Prov. 15:13; 17:22; Eze. 18:31; Dan. 7:15; Ageu 1:14, etc.

“ESPÍRITO” – COM CONOTAÇÃO DE FÔLEGO – RESPIRAÇÃO – SOPRO
Gênesis 7:15
“E de toda a carne, em que havia espírito (fôlego) de vida, entraram de dois em dois para Noé na Arca.”
Jó 14:10
“Mas, morto o homem é consumido; sim, rendendo o homem o espírito (fôlego), então onde está?”
Eclesiastes 12:7
“E o pó volte à terra como era, e o espírito (fôlego) volte a Deus, que o deu.”
Lucas 8:55
“E o seu espírito (fôlego, respiração) voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que lhe dessem de comer.”
Mais estes textos: Jó 27:3; Apoc. 11:11, etc.

“ESPÍRITO” – COM CONOTAÇÃO DE – VIDA
Jó 12:10
“Que está na sua mão a alma (vida) de tudo quanto vive; e o espírito (vida) de toda carne humana.”
Apocalipse 13:15
“E foi-lhe concedido que desse espírito (vida) à imagem da besta...”

“ESPÍRITO” – COM CONOTAÇÃO DE – ANJO
Atos 8:26, comparar com o verso 29; Heb. 1:13-14, etc.

“ESPÍRITO” – PODER DIVINO – ESPÍRITO DE DEUS
Gên. 1:2; Isa. 44:3; 61:1; I Cor. 6:19, e mais 301 textos.
OBSERVAÇÃO – Das 283 passagens bíblicas sobre “espírito” (excetuando-se as 305 que mencionam espírito – Poder Divino), e nas conotações apresentadas, nada há indicativo de que sai de dentro do homem algo que tenha forma e se identifique como um ser – vaporoso, translúcido, silhuético ou fantasmagórico.
IMPORTANTE – Conquanto haja nas Escrituras estas variadas formas em que alma e espírito são empregados, não há em nenhuma delas qualquer indício que signifiquem uma “entidade abstrata que sobrevive à matéria”. Não há na Bíblia nenhum texto que autorize a doutrina de uma alma ou um espírito imortais. Só Deus é imortal. I Tim. 1:17; 6:16.

ELUCIDANDO O ASSUNTO
Isaías 11:2
“E repousará sobre Ele o Espírito do Senhor; o espírito de sabedoria, e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.”
Como se vê, há tantos e tão variados significados esclarecedores de espírito, que é irrecusável sua aceitação de que em muitos lugares são expressões metafóricas, figuras de linguagem ou mesmo sinédoque (comparações simultâneas).
Jamais poderemos confundir o espírito como uma personalidade, um ser (não me refiro à Terceira Pessoa da Trindade), para que não venhamos a admitir que só de uma vez “repousou” no Senhor Jesus quatro espíritos.
O testemunho fiel das Escrituras é que “Deus é Espírito, os anjos são seres espirituais, mas nunca o homem.”
Assim sendo, ficará fácil entender os textos que têm confundido muitos sinceros estudantes da Bíblia, como sejam:
I Reis 17:22
“E o Senhor ouviu a voz de Elias, e a alma (vida-fôlego) do menino tornou a entrar nele.” (A alma que saiu do menino é a centelha de vida = fôlego).
Gênesis 35:17 e 18
“E aconteceu que, tendo ela (Raquel) trabalho em seu parto... saindo-se-lhe a alma (vida, sangue) (porque morreu)...”
Observação – Raquel teve uma hemorragia e perdeu todo o sangue (alma), morrendo em seguida (Ler: Lev. 17:11, 14).
I Coríntios 5:5
“Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito (caráter) seja salvo no dia do Senhor Jesus.”
O apóstolo está corrigindo a “complicada” Igreja de Corinto. Nos versos 3 e 4 menciona dois outros “espíritos” que, com mais este do verso 5, precisam ser entendidos corretamente, pois Paulo não está dizendo que o homem tem duas “coisas” que podem ser divididas, uma para Satanás, outra para Deus.
Evidentemente, Paulo está realçando aqui a lúcida doutrina da ressurreição. O “dia do Senhor Jesus” é a Sua segunda vinda, quando então serão ressuscitados todos os salvos, com a restituição do fôlego de vida, já que este lhes foi retirado ao morrerem. Efetivamente, na morte ocorre o que é simples e fácil de se entender. A “carne” (pó, corpo, barro) volta ao pó, e o espírito (fôlego de vida) volta a Deus. O caráter do homem é que será salvo, e isto é comprovado no fato de que, ao ressuscitar, virá à sua memória, de imediato, os últimos pensamentos, com os quais morrera. Na ressurreição, Deus volta a recompor o homem, agora com um corpo glorificado; devolve-lhe a mesma vida (fôlego) que o faz recuperar sua capacidade intelectiva e moral.
Lucas 1:17
“E irá adiante dele no espírito... de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.”
Alegar que este texto financia a existência de um espírito que pode sair da pessoa é o máximo na falta de compreensão bíblica. Sim, pergunto, que “espírito” seria, já que Elias não morreu! (foi sepultado vivo? II Reis 2). A vinda de Elias foi uma profecia (Mal. 4:5) que se cumpriu fielmente com o primo de Jesus. João iria efetuar a mesma obra que Elias realizou, isto é: uma reforma espiritual, preparando o caminho do Senhor (Mat. 17:10-13). Somente isto!
I Tessalonicenses 5:23
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito e alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”
OBSERVAÇÃO – Esta expressão tricotômica “é uma forma redundante e enfática de definir a personalidade integral do homem”. Em outras palavras: Paulo, desejando preparar um povo especial, como é o povo que aguarda a volta de Jesus, usa uma expressão global para designar o homem no sentido lato da palavra, na santificação de todo o seu ser para ter a aprovação do Céu. Paulo desejava que todas as faculdades morais e espirituais, bem como o próprio templo (corpo, I Cor. 3:16) do crente, estivessem preparados para o grande dia de Deus (a volta de Jesus).
Hebreus 4:12
“Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”

OBSERVAÇÃO – Esta é outra expressão “redundante e enfática”. Aqui, Paulo suprime o termo corpo, mas subentende-se que ele (nas entrelinhas) está nas “juntas e medulas”. Entretanto, este texto quer dizer, nada mais, nada menos, que a Bíblia, quando examinada por um “coração” sincero, penetra até os recônditos de seu ser. Seu poder transformador é inegável.
Mateus 10:28
“E não temais os que matam o corpo (matéria, barro), e não podem matar a alma (vida); temei antes Aquele que pode fazer perecer no inferno a alma (vida) e o corpo (matéria).”
OBSERVAÇÃO – Atente primeiro para a palavra perecer. Jesus não deixa dúvida de que tudo vai acabar (acabar e não continuar queimando). Portanto, tudo que se force aqui para provar a imortalidade ou imperecibilidade da alma cairá no vácuo. O que está claro neste texto e se com ele alguém deseja provar alguma coisa, é que a alma perece. Por conseguinte, ela não é imortal.
Jesus ensina aqui que o homem pode matar, isto é, fazer alguém cessar de viver, mas jamais poderá impedir a ressurreição de um justo, o que não se dá com Deus, que pode matar o corpo e fazer a vida desaparecer por completo, entretanto, tal só se dará com os ímpios, e com o fogo que os destruirá Ele purificará a Terra para se tornar a morada dos salvos. Na ressurreição, Deus dará novo corpo e a mesma vida (fôlego), pois que Ele é a própria vida, a fonte, “usina geradora” de vida.
Específicamente neste texto, alma tem o sentido de “vida”, a “natureza espiritual do homem”. E não é difícil admitir esta verdade quando aceitamos o que diz a Bíblia, que o homem não tem uma alma, mas ele é uma alma. Uma alma vivente, que foi o resultado da inoculação do fôlego de vida por Deus no boneco de barro, que imediatamente lhe deu raciocínio, a capacidade de amar, sonhar, sentir, viver, enfim. A “matriz” divina é perfeita, inquestionável, insubstituível.
Para ilustrar e facilitar sua compreensão, voltemos ao passado. Os mártires, aqueles cristãos perseguidos e mortos impiedosamente de várias maneiras, morreram na fé. Os ímpios mataram seus corpos – tiraram-lhe a vida; mas não lhe mataram a esperança da ressurreição nem a promessa de uma vida eterna. Em suma, irmão amado, nenhuma parte das Escrituras, e muito menos este texto, ensinam que há uma “entidade abstrata e imortal, que sobrevive à matéria.”
SINTETIZANDO – Os passos dados pelo Criador, com clareza, em Sua palavra, com a simplicidade de uma criança, é que: Ele fez um boneco de barro (estátua), soprou em suas narinas o fôlego de vida e o boneco tornou-se uma alma vivente, com raciocínio, emoções e sentimento. Gên. 2:7. Exemplo:
BONECO DE BARRO + FÔLEGO DE VIDA = ALMA VIVENTE
Não foram colocados dentro do boneco, uma alma nem um espírito. Ele tornou-se uma alma vivente.
OBSERVAÇÃO – Enquanto a alma vivente respirar, estará viva. Continuará sendo alma vivente. Mas, tão logo pare de respirar, tornar-se-á alma morta.
PROVAS: – Sal. 104:29 – “...se lhes tiras a respiração (fôlego), morrem.”
Ecl. 12:7 – “E o pó (boneco) volte à terra, como era, e o espírito (fôlego) volte a Deus, que o deu.”
Tiago 2:26 – “...o corpo (boneco) sem o espírito (fôlego) está morto...”
RESULTADO: ALMA VIVENTE – FÔLEGO DE VIDA = ALMA MORTA
Completo esquecimento – Sal. 146:4; Ecl. 9:6. Evidente, o que faz viver o corpo é o fôlego.
Inquestionavelmente, o “espírito” é a mais clara tradução de “fôlego”, e deve assim ser aceito pelos cristãos, pois que, um “espírito” (ser fluídico, etéreo, reluzente, translúcido, personalizado, fantasmagórico ou coisa parecida) que “desencarna”, “se purifica” através de “gradação”, “reencarna”, “que sobrevive à matéria”, etc... é doutrina exclusiva do espiritismo e deve ser abandonada, retirada dos arraiais do Senhor, por aqueles que se preparam para o Céu.
Além da lógica, há uma enorme coerência em aceitar seja o homem uma alma. Não há dentro dele mais dois seres. Acompanhe as conjecturas seguintes e veja se não é melhor aceitar a simplicidade eloquente de Gênesis 2:7.
Diz o profeta que, “a alma que pecar, essa morrerá...” (Eze. 18:20). Pergunto, então, aos que aceitam tenha o homem uma alma e um espírito, que lhe saem por ocasião da morte:
– Se a alma pecar, o que ocorre com o corpo e o espírito? Ou, neste caso, quem pecará de fato: A alma, o corpo, ou o espírito? – Se só a alma pecar, o corpo e o espírito devem ou não morrer?
A doutrina evangélica crida hoje é que, ao morrer o homem, sendo bom, vai para o Céu; sendo mau, para o inferno, imediatamente. Então, consideremos:
JUSTO – Quem vai receber o galardão? O corpo, a alma, ou o espírito?
ÍMPIO – Quem será castigado? O corpo, a alma, ou o espírito?
O ensino doutrinário das Igrejas Neo-Pentecostalistas, conforme o Prof. A. Gilberto, do Instituto Bíblico Pentecostal, é que, quem peca é a alma (ser vivo que vive dentro do homem, segundo seu ensino). Sendo assim, permita-me levantar-me como advogado do corpo e do espírito; sim, porque estes não podem ser responsabilizados pelo pecado da alma e, dessa forma não podem se perder. E aí o veredicto insofismável será:
• A alma vai para o inferno.
• O corpo e o espírito para o Céu.
Vê o despenhadeiro que nos apresenta quando se intenta colocar alguma coisa dentro do homem? Ficará complicado tirá-la dali depois. Este é um argumento que nos é inteiramente favorável para a aceitação correta de que a alma é o homem in-totum.
Querido irmão, não compliquemos o que é simples e fácil. Alma, proferida pelos diversos escritores bíblicos – “Minha alma clama, suspira e desfalece”. “Bendize, ó minha alma, ao Senhor...” “A minha alma anseia pelo Senhor...” etc., – quer dizer o homem completo, o ser vivo, alma vivente, eu, você, e nunca alguma coisa fluídica, etérea ou nebulosa que resida dentro do homem. EU CLAMO...!
CONSIDERE ISSO, IRMÃO
Se o galardão (Céu para o justo, inferno para o ímpio) ocorrer na hora exata da morte, três doutrinas bíblicas ficam sem sentido, e canceladas, a saber: o juízo (Atos 17:31); a ressurreição (I Cor. 15); e a volta de Jesus (João 14:1-3). A recompensa está, pois, precedendo a todas.
O ensino do citado professor, Antonio Gilberto, é que o espírito e a alma do homem voltam para Deus; então novamente pergunto:
QUAIS ESPÍRITOS E ALMAS VOLTAM PARA DEUS?
Do justo ou do ímpio?
Se você disser que somente a alma e o espírito do justo voltam para Deus, os do ímpio têm que ir para o inferno, é óbvio. A não ser que eles vão ficar perambulando por aí, “desincorporados”, ou no “purgatório”, “encarnados” em algum ser vivo, ou “penitentes” em algum lugar.
Realmente, a Bíblia diz que o espírito volta para Deus. Veja:
Eclesiastes 12:7
“O pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”
Aqui há que se considerar, honestamente, que a alma é uma intrusa. O que volta, meu irmão, é o “espírito”. Não queiramos colocar uma alma dentro do homem, para que ambos voltem para Deus, pois assim será forçar demais o texto para adaptá-lo a uma crença anti-bíblica.
O espírito também é mencionado de forma genérica (o texto é contundente: “...e o espírito volte a Deus que o deu”), e ninguém pode negar. Sendo assim, ambos os espíritos (do justo e do ímpio) vão para Deus, e isto é a clara e simples verdade da Bíblia.
Assim, pois, se é aceito que algum ser real, corpóreo ou não, que “sobrevive à matéria”, isto é: continua a viver liberto do corpo, se não for sofrer um processo evolutivo de “gradação”, então terá que tomar rumo do Céu fatalmente, porque de lá veio. Ora, se vai para o Céu, já está – pela ótica da lógica – com a salvação garantida, tanto o espírito do justo quanto o do ímpio
Porém, as doutrinas do juízo, ressurreição e a volta de Jesus que são esposadas pelas Igrejas Evangélicas, precisam ser conciliadas, já que são bíblicas. O que fazer então? Só há uma saída, e esta seria:
• O espírito do justo desce do Céu, entra no corpo (anteriormente morto), permanece na sepultura enquanto é julgado. Após o julgamento, Jesus volta, o espírito ressuscita e volta para o Céu. Ora! Mas para quê isso? Já não estava ele lá gozando a bem-aventurança? Evidente, só se vai para o Céu para este fim. Por outro lado, imagine você se este “espírito” tivesse algum pecado escondido, e no juízo fosse descoberto, e... ao invés de ir para o Céu, fosse agora para o inferno?
• O espírito do ímpio desce do Céu, entra no corpo (anteriormente morto), permanece na sepultura, é julgado, Jesus volta, ele ressuscita e vai para o inferno.
Que diferença! Estava ele no Céu, experimentou a cálida harmonia celestial e, agora, vai para sempre arder, arder e arder.
OBSERVAÇÃO – Há ainda algo a harmonizar, ou seja: Os justos, segundo a Bíblia, ressuscitam na primeira ressurreição (Apoc. 20:6), e os ímpios, na segunda. Assim sendo, o espírito do ímpio vai ainda permanecer 1000 anos sepultado (Apoc. 20) e, segundo ensina o referido professor, o espírito é um “ser vivo, imortal e inteligente”, portanto não morre, evidentemente estará sepultado vivo, o que lhe aumentará sobremaneira a surpresa, porque algum tempo antes estava no Céu.
Se estas conjecturas não forem reais, teremos de admitir que o espírito do justo é diferente do espírito do ímpio. E, se assim é, somos forçados a “admitir a pré-existência da alma consciente”, ou seja, todos os homens e mulheres já existiam antes de nascerem aqui na Terra, o que é, antes de tudo, contrário à própria razão.
Não acha você coerente admitir que o espírito é o fôlego de vida?
PARA SUA MEDITAÇÃO
Você nunca estranhou por que quase nunca se ouve pregação sobre a ressurreição nas Igrejas Evangélicas? Naturalmente que esta pregação traria tremenda contradição, não é? Evidente, se o galardão e a condenação ocorrem por ocasião da morte, volto a afirmar, tais eventos precedem o julgamento, cancelada fica a ressurreição, e a volta de Cristo desnecessária se torna.
Amado irmão, é perigoso pensar igual ao espiritismo, porque fatalmente se cairá nesta esparrela. O espiritismo não crê na ressurreição. Ele aceita a reencarnação. Os nomes são parecidos, porém há um abismo entre eles. E é preciso tomar cuidado para não cair nele.
É uma inglória tarefa a de defender a imortalidade da alma, como o fazem hoje os evangélicos, pois que, se as almas e espíritos saem de dentro do homem ao morrer, quais “seres vaporosos e invisíveis”, iremos ter, queiramos ou não, um Céu vaporoso, “uma habitação aérea de espíritos rarefeitos que, evidentemente, são pintados esvoaçando incessantemente ao acompanhamento de harpas, porque seria ilógico pensar em eles fazerem qualquer coisa mais substancial.” – Objeções Refutadas, F.D. Nichol, pág. 83.
A doutrina da imortalidade da alma é puramente espírita, surgiu de uma “sessão espírita” (Gên. 3:1-6) e é escorada em uma milenar mentira, e pior, proferida para subestimar e pôr em dúvida a Palavra Divina, pois:
Disse Deus: “CERTAMENTE MORRERÁS” (Gên. 2:17).
Satanás retrucou: “CERTAMENTE – NÃO – MORRERÁS” (Gên. 3:4)
Evidente, se Deus diz que morre, morre mesmo; nada poderá sair vivo de dentro do homem, senão Satanás teria razão em sua afirmativa. No entanto, este ser logrou tremendo êxito em sua artimanha, pois que, assustadoramente, o espiritismo está rodeando a Terra, enlaçando a todos em suas malhas sutis e fantasiosas. Até os alicerces dos evangélicos estão ruindo, ao esposarem a doutrina da imortalidade inerente da alma. Quer ver? – Leia esta declaração:
“Essa doutrina da imortalidade da alma faz com que o espiritismo pareça razoável. A visão popular, que pinta nossos queridos mortos como estando perto de nós e profundamente interessados em nossas atividades, está apenas um passo distante do espiritismo, que simplesmente acrescenta o aspecto da comunicação. Assim, em vez de erguer uma parede contra esse culto, que virtualmente todos os ministros consideram como mau, para ele se abre uma porta.” – Idem, 84 – grifos meus.
E isso é tão verdadeiro que, no afã inglório de confirmar a doutrina da imortalidade, há grande semelhança nos termos usados pelos evangélicos com o pensamento espírita. Por exemplo:
O espiritismo diz que o corpo é o “invólucro ou cadeia” da alma. Que há “evolução do espírito” e “espíritos desencarnados”. – Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec.
O Professor A. Gilberto, do Instituto Bíblico Pentecostal, ensina que: O corpo é a “bainha” da alma. Que há “gradação” (“progressão por graus sucessivos” – Delta Larousse) da alma, e que a alma “sobrevive à matéria.” – Estudos Elaborados, do Professor A. Gilberto, pág. 2.

Ora, não é exatamente o que ensina o espiritismo? Claro que sim! Só que com nomes diferentes! Abra os olhos, amado irmão, isso é o terreno encantado do malígno.Veja também que, longe de se estabelecer uma diferença, uma barreira entre as doutrinas espíritas e evangélicas, pelo contrário, elas se identificam e só diferem no fato de que os evangélicos aceitam que a alma e o espírito vão para o Céu, e os espíritas, que irão “encarnar” em algum ser vivo, a fim de proceder à “gradação” até a purificação ansiada, a perfeição absoluta, como ensinam.
Uma coisa porém, os espíritas estão à frente dos evangélicos imortalistas, é que eles não aceitam que Deus permitirá que os pecadores ficarão para sempre ardendo no fogo do inferno. Isso, afirmam eles, não afina com o caráter de Deus, o que leva nosso pleno endosso.
Nós não caímos nestas malhas, pois que, ao aceitarmos a mortalidade natural da alma, não temos nenhuma dificuldade em ensinar que, ao morrer o homem, a “matéria, pó, corpo”, vai ao pó (Ecl. 12:7), e o fôlego de vida vai à Deus. O mais fica na memória do Grande Jeová, e está muito bem, pois Ele é o Onisciente Criador. Quanto aos atos bons e maus, omissões, etc., do morto, estão exarados nos livros (Dan. 7:10) que se tornarão nos autos do seu julgamento. Atos 17:31.
Também, “não temos de ensinar a incrível doutrina de que existe dentro do ‘homem’ algo que é o homem real, mas que não é discernível a qualquer dos sentidos, e não está em conformidade com qualquer das leis provadas da ciência. Vemos a palavra homem como significando algo muito real e concreto. Não vagueamos no labirinto das discussões metafísicas na tentativa de compreender ou explicar como Deus pôde insuflar nas narinas do homem o fôlego de vida, e o homem se tornou uma alma vivente. Simplesmente afirmamos, na força do relato bíblico, que corpo, alma e espírito são todos necessários para dar existência e significação àquilo a que a Bíblia se refere quando fala do homem no sentido lato da palavra.” – Ibidem, pág. 85 – grifos meus.
Nós nos ombreamos aos postulados bíblicos, junto à Deus, que afirmou ao homem, “certamente morrerás” e que, depois de morto, não há consciência, nem sabe ele nada do que se passa debaixo do Sol (Ecl. 9:6), sua memória jaz em completo e perfeito esquecimento (Ecl. 9:5), dormindo até a ressurreição (Apoc. 20:6). O fôlego de vida reintegra-se a Deus, que é a própria fonte de vida.
Assim, “nossa visão da natureza do homem não interfere de modo algum na doutrina do final fogo do inferno. De fato, se o homem é um ser literal, então o lugar da pena deve ser certamente um lugar literal, e o castigo deve ser algo muito literal. Mas o que nossa visão do homem como mortal nos livra, é do ensino de que os fogos do inferno nunca findarão... e que há um ente imortal a resistir eternamente às chamas.
“Finalmente, temos um forte argumento contra o espiritismo, com suas materializações; o catolicismo com suas súplicas a santos há muito mortos e suas orações aos mortos; e a qualquer sistema que se baseia na doutrina da imortalidade inerente da alma. De fato, os que aceitam o ponto-de-vista bíblico de que o homem jaz silencioso na tumba até a ressurreição, são os únicos que firmemente se podem opor ao espiritismo ou dar resposta à embaraçosa inquirição dos espíritas (como esta feita por um médium):
“Porque se opõem os ministros cristãos às investigações do espiritismo, quando nosso êxito simplesmente serviria para estabelecer uma das grandes doutrinas da Igreja Cristã – a imortalidade?” – Ibidem, pág. 86 – grifos meus.
Sim, irmão amado, fugir da simplicidade de Gênesis 2:7, é se colocar no terreno encantado de Lúcifer, o que, efetivamente, Deus não deseja para você. Reestude o assunto, considere estes fatos.
Zacarias 12: 1
“Peso da Palavra do Senhor sobre Israel: Fala o Senhor, o que estende o Céu, e que funda a Terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.”
Depois de estudarmos tudo que a Bíblia apresenta sobre espírito, este texto isolado de Zacarias não será problema para nós, não é? O profeta está aqui, tratando da criação. Deus criou o Céu a Terra e também o homem e, ao criá-lo, como o fêz? Releia Gênesis 2: 7. Compreendeu? Deus colocou a vida dentro do homem. Espírito aqui, é uma conotação claríssima de vida, e é o oposto do espiritismo!


CURIOSIDADES
Em sua apostila “Estudo Elaborado”, pág. 2, o prof. A. Gilberto, do Inst. Bíblico Pentecostal, a respeito do assunto, afirmou que a “alma” é que peca. Depois, com espaço de seis linhas, disse que a “alma” é imortal. Lamentavelmente, além de se contradizer, está contra o ensino divino, pois diz a Bíblia que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim do Éden, para evitar que comessem do fruto da árvore da vida e assim se tornasem pecadores imortais. Ora, se Deus diz que o homem possuía imortalidade condicional, tanto que lhe vedou a fonte da longevidade, após a transgressão, como pode alguém achar-se no direito de dar imortalidade à alma? Por favor, amado, não entre neste caminho.
O citado professor Gilberto, consultor doutrinário e teológico da CPAD em seu “Estudo Elaborado”, deu as seguintes definições para espírito:
“Um ser vivo inteligente, invisível, sem carne e ossos. Vida divina imortal. Fôlego de vida. Energia divina que Deus soprou no homem. Sede de razão. Sede do intelecto. Sede da vontade. Sede da consciência. Sede da adoração.”
OBSERVAÇÃO – Amado professor, é preciso definir claramente o que é espírito, para que se tenha um ponto de partida na descoberta do que seja o homem. Aí, desculpe, está confuso, senão contraditório, e nos leva a dúvidas cruéis. Nós, ovelhas, precisamos de capim verde, suculento e água cristalina. Veja se a história ajuda:
INCRÉDULO: Não creio na Bíblia porque ela diz que cavalo fala. (Referência ao caso de Balaão e sua mula).
CRISTÃO: Faça um cavalo que eu o farei falar.
INCRÉDULO: É, tem razão, quem criou o cavalo, pode bem fazê-lo falar.
Ora, por que inventar? Se Deus diz que, com o fôlego de vida, apenas, deu capacidade de raciocínio ao homem, por que colocar dentro dele dois outros seres (uma alma e um espírito)? Por que duvidar que Deus tem o poder de apenas com o fôlego e o barro produzir um ser com capacidade intelectiva e moral?
Ainda que este ensino não fosse bíblico (graças à Deus que o é), é melhor aceitá-lo, porque é o oposto do espiritismo.

CURIOSIDADES:
• Alma pode morrer — Eze. 18:4
• Alma pode ser morta — Jos. 11:11
• Alma tem sede — Isa. 29:8
Porque ALMA é a pessoa humana.

IMORTALIDADE! QUANDO?
Imortalidade X Ressurreição
(Quem sustentar uma doutrina, terá que rejeitar a outra)
Finalizarei agora esta série de estudos onde foi focalizado o homem, a obra-prima da criação de Deus, comprovando, pela Bíblia, que ele é uma alma vivente com raciocínio; não tendo dentro de si uma alma, e que quando vai para a sepultura perecem todos os seus pensamentos e desejos (Ecl. 9:6). A vida (espírito, vapor, alento, sopro ou respiração) que são traduções aplicadas ao fôlego de vida que Deus injetou nas narinas do homem (Gên. 2:7), volta para Deus. Mas todos os seus atos, bons e maus, negligências, oportunidades perdidas e atitudes falsas, estão registrados nos livros de Deus e se tornarão nos autos do seu julgamento, no dia do juízo. Não importa onde esteja sepultado o homem. No mar, na terra, em cavernas ou sepulcros rochosos; comido por animais ou peixes, trucidado ou esquartejado. Aí permanecerá dormindo até o grande dia da volta de Jesus.
A Bíblia apresenta duas ressurreições:

Apocalipse 20:6
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele mil anos.”
João 5:28 e 29
“...Todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz, e os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”
I Tessalonicenses 4:16
“Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”
O numeral ordinal, primeiro, empregado por Paulo, revela que haverá segunda ressurreição, que é a dos ímpios.
Diante dessa doutrina bíblica – a ressurreição – esposada por todas as Igrejas Evangélicas, faço esta conjectura: A maioria dos cristãos hoje, crê que os mortos recebem o galardão após a morte, isto é: sendo bom e fiel, morreu vai para o Céu; sendo mau, vai para o inferno. Como coadunar, então, a doutrina da ressurreição e a doutrina do galardão post-mortem? Só há uma solução empírica. Admitir que, à época da ressurreição, os justos descem do paraíso celestial, devolvem a coroa, despem-se das vestes brancas, voltam à sepultura, ressuscitam, são julgados e depois retornam para a bem-aventurança, recebem de volta a coroa e as vestes brancas. Sim, só pode ser isto, ou então negar a ressurreição de que fala a Bíblia.
O mesmo então se dará com o ímpio: voltará do inferno, irá à sepultura, será julgado e retornará ao seu martírio. É preciso coragem para crer nisso. Nesse troca-troca infindável, direi a você que poderá haver uma confusão generalizada, pois note, no país das estatísticas (EUA) morre uma pessoa a cada 21 segundos, ou seja: 3 por minuto, 180 por hora, 4.320 por dia e 1.554.200 por ano. Pois bem, isso em um país altamente desenvolvido, onde as condições de vida são excelentes. Imagine o mundo todo.
Pense! Vai morrendo a pessoa e recebendo a recompensa, uma aqui, outra lá. Já imaginou se porventura houvesse algum equívoco, após a morte? Algum ímpio era justo, ou algum justo, ímpio; sim, porque a recompensa está precedendo o julgamento; e se depois do juízo ficasse comprovado o engano? Então o justo desce do Céu e vai para o inferno, ele que já havia experimentado as delícias dali, e o ímpio sai do inferno e vai para o Céu; que surpresa! Ainda mais que terão esperado milênios antes dessa mudança.
(Senhor, meu Deus, Tu sabes que não duvido de Teu poder, sabedoria, onisciência e capacidade. Assim falo, para despertar nos meus irmãos o interesse profundo para este importantíssimo tema. Abençoa agora este querido irmão, esta preciosa irmã, que está lendo estas páginas, neste momento. Tu os ama, e eu também. Em Nome de Jesus, amém).
Não há dúvida, irmão, o galardão, recompensa, imortalidade, só após o juízo final, que a Bíblia estabelece para o julgamento de todos. Atos 17:30 e 31.
Querido irmão, reforço este assunto com as palavras do sábio Salomão:
Eclesiastes 9:10
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.”
É claro o ensino do sábio Salomão, que, depois de morto o homem, suas faculdades mentais são totalmente apagadas, e irá aguardar em um sono que, mesmo sendo de séculos, para o que dormiu no Senhor, é como o passar de uma noite apenas, até o grande dia de Deus, a volta de Jesus, quando, só então, a recompensa será dada, fato comprovado pelas Escrituras. Veja:

Lucas 14:14
“E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.”
Salmo 17:15
“Quanto a mim, contemplarei a Tua face na justiça; satisfar-me-ei da Tua semelhança quando acordar.”
II Timóteo 4:8
“Desde agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda.”
Mateus 16:27
“Porque o Filho do Homem virá na glória de Seu Pai, com os Seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.”
I Tessalonicenses 4:13 e 14
“Não quero, porém, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele.”
Sim, esse sono será interrompido, quando a clarinada de Sião reboar pelos Céus; quando as altissonantes trombetas fizerem soar o clarim da vitória na volta gloriosa do Senhor Jesus. Aleluia! Glória a Deus!
Assim, irmão, fica decidido o caso de todos e a imortalidade tão desejada só será concedida aos que, vivos, permanecerem fiéis, e a todos os justos ressuscitados na primeira ressurreição, imediatamente, num abrir e fechar de olhos. I Cor. 15:52. Com indizível alegria e felicidade, leiamos esta jóia na Bíblia:
Lucas 20: 36
“Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.”
Isto nos anima, como cristãos, a avançar confiantes na Palavra de Deus. Finalmente, amado, convido-o a reflexionar-mos: Vire a página!
REFLEXÃO
• Se a doutrina da ressurreição é plano de Deus, é evidente que a vida só será devolvida ao morto nesta ocasião, e não na hora de sua morte. Isaías 26:19.
• Se o homem permanecesse consciente após a morte, ou se lhe saísse
algo (alma/espírito) que vivesse em algum lugar, o que seria ressuscitado?
• “Quando isto que é mortal se revestir da imortalidade” (I Cor.15:54). Se a alma fosse imortal, qual a necessidade de se revestir de imortalidade?
Agora ouça o que disse o grande reformador:

“Confesso abertamente que não estou persuadido de que eles (os cristãos mortos) já estejam na plena glória em que Cristo Se acha, ou em que estão os anjos eleitos de Deus. Tampouco é isto artigo de minha fé; pois, se assim fosse, não vejo nisto senão que o pregar a ressurreição da carne seria coisa vã.”– Guilherme Tyndale, citado em O Grande Conflito, pág. 547.
Após esta reflexão, considere isto com carinho:
Uma senhora batista, irmã muito querida nossa faleceu. Com minha esposa fomos ao sepultamento. No cemitério foi feito o culto de despedida junto aos fiéis e parentes. O pastor leu as passagens bíblicas referentes à ressurreição (I. Cor. 15: 50-55; I Tess. 4: 15-17) e depois, em meio ao sermão, disse dirigindo-se aos parentes:
“Não se preocupem com a... (mencionou o nome da irmã), ela já está no Céu, guardadinha junto a Cristo. Na ressurreição, após o soar da última trombeta, o seu corpo ressuscitará da sepultura.”
Amado, pergunte-se:
Para quê o corpo será ressuscitado? Por quê o corpo será ressuscitado?
A “alma” vai deixar o Céu, onde tudo é tão maravilhoso e voltar à Terra para apossar-se do corpo e retornar ao Céu?
Não é muito mais fácil aceitar que o fôlego de vida vai a Deus e deixar que Ele cumpra o que prometeu?
Ao Céu irá, sim, apenas quem ressuscitar ou for trasladado, mas..., depois da glorificação!
A glorificação tem data marcada – a volta de Jesus!
Abraço!!!

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