“Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” II Pedro 3:16.
I Coríntios 14: 34-35
“As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar... E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos, porque é indecente que as mulheres falem na igreja.”
Romanos 2: 11
“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.”
Efésios 6: 9
“...e que para Ele (Deus) não há acepção de pessoas.”
CONTRADIÇÃO? – Não!
A igreja de Corinto era a “pedrinha no sapato” de Paulo. Ele não quer efetivamente transferir para a Igreja Cristã as idéias do judaísmo farisaico que reduzia a mulher à condição insignificante, inferior mesmo a um menino.
Certamente, isto foi mais um conselho oportuno do apóstolo, preservando as irmãs da onda crescente de prostituição entre as mulheres desta cidade e que estava alcançando a igreja.
Paulo era maravilhoso em suas colocações. Incrivelmente profundo. O estudo da Bíblia é necessário. Mas é imperativo que seja criterioso, metódico e comparado, na descoberta das doutrinas basilares para a igreja do Senhor. Acompanhe o apóstolo Paulo, para ver a necessidade do contexto.
PAULO MANDA OU NÃO MANDA AUXILIAR?
Gálatas 6:2 – “Levai as cargas uns dos outros...”
Gálatas 6:5 – “Cada qual levará a sua própria carga.”
Contradição? – Aparente apenas! Muitas de nossas cargas são as cargas de nosso próximo. Devemos, pois, servir-lhe de auxílio.
PAULO DISSE QUE OS FRACOS COMEM LEGUMES – Romanos 14:2
Daniel e seus companheiros mostraram na Corte Babilônica (Daniel 1:12) que a alimentação vegetariana foi superior a todas as demais iguarias do rei, tornando-os mais fortes, dispostos e corados, em dez dias apenas. Daniel 1:15.
PAULO MANDOU OBEDECER AOS GOVERNANTES – Romanos 13:1
Sadraque, Mesaque e Abedenego, isto é: Ananias, Mizael e Azarias, os três hebreus fiéis em Babilônia, agiram diferente (Daniel 3:12), não se curvando diante da estátua pagã. Nem Daniel deixou de orar três vezes ao dia, como foi proibido por decreto real. Daniel 6:8-9.
Por acaso, Paulo não conhecia o Antigo Testamento? Lógico que sim, pois o citou dezenas de vezes, como por exemplo em Romanos 3:10-18; veja as referências na Bíblia. Esta passagem é uma série de citações do Antigo Testamento, principalmente dos Salmos.
O erro está em Paulo? Nunca! Outra vez digo-lhe: Nunca jamais! O erro está naqueles que lêem o apóstolo Paulo, salvaguardando, possivelmente, as suas conveniências e não os interesses de Deus.
PAULO ERA JUDEU OU ROMANO?
Atos 22:3“Quanto a mim, sou varão judeu...”
Atos 22: 27-28 “E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele (Paulo) disse-lhe: sim...”
PAULO MANDOU COMER “TUDO QUANTO SE VENDE NO AÇOUGUE” I Coríntios 10:25
Pela leitura dos versos 18,19 e 20 de I Coríntios capítulo 10, depreendemos com clareza que Paulo sabia que no açougue eram vendidas carnes limpas, porém sacrificadas a ídolos, estabelecendo inclusive um paralelismo com o Sistema Sacrifical israelita (v. 18), quando os sacerdotes, ao comerem a oferta, tornavam-se participantes do altar e do sacrifício em sí. Semelhantemente, comer carnes sacrificadas aos ídolos, como faziam os pagãos, era participar com os demônios, o que Paulo não desejava para os discípulos (v. 20). Êxo. 34:15.
Por outro lado, Paulo mesmo foi escolhido para levar o resultado do Concílio da Igreja de Jerusalém (Atos 15), cuja preocupação principal eram as carnes sacrificadas aos ídolos. E a decisão foi, não comê-las.
Não parece à primeira vista uma contradição? Por isso o irmão terá sempre que ir à época do autor bíblico e, à luz daquela ocasião, situar o problema e concluir pelo razoável e lógico, já que aceitamos a infalibilidade da Escritura e a inspiração dos escritos paulinos.
PAULO DISSE AOS CORÍNTIOS
II Coríntios 6: 17
“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei.”
Não precisa explicar que o apóstolo, neste texto, estabelece uma linha divisória entre o imundo e o limpo. Inclusive que uma condição para ser recebido pelo Pai Celestial era “apartar-se” e não “tocar” nada imundo. Este ensino foi claro para os coríntios.
PAULO DISSE AOS ROMANOS
Romanos 14:14
“Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.”
Se parece, irmão, haver divergência de uma região para outra, neste caso Corinto e Roma, quando a uma igreja Paulo ordena não tocar algo imundo, e a outra, assegura que nada é imundo. Logicamente tais eventos têm que ser estudados à luz de outros textos e no contexto paulino, para que alcancemos o que quer ensinar o apóstolo. Pelo sim, pelo não, uma coisa é certa: para o desempate, Deus diz em Levítico 11 que há carnes imundas.
PAULO E A JUSTIÇA DA LEI Gálatas 2: 16; 3:11
“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei... porquanto pelas obras da lei nenhuma carne (pessoa), será justificada... E é evidente que pela lei ninguém será justificado...”
Romanos 2:13 – “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.”
PERGUNTO: O homem é ou não é justificado pela lei?
PAULO E A JUSTIÇA DA LEI Gálatas 2:21; Filipenses 3:6
“Não aniquilo a Graça de Deus, porque se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde... .”
Romanos 8:4; Filipenses 3: 6
“Para que a justiça da lei se cumprisse em nós... Segundo o zelo, perseguidor ..., segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.”
RESPONDA: Há ou não há justiça na lei?
Caro irmão, é profundíssima a força de pensamento do apóstolo Paulo. Para alcançá-la é necessário pedir auxílio ao Espírito Santo, pois foi Ele quem o inspirou. Jamais pensaria, sequer imaginarei que entre os escritos paulinos haja controvérsia, porém, lembre-se:
II Pedro 3:15-16
“...como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu... Falando disto, como em todas as suas epístolas entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.”
Parece que agora, após este preâmbulo, podemos compreender com mais clareza alguns textos mal compreendidos hoje pelos nossos amados irmãos, com relação à Lei dos Dez Mandamentos.
Vamos ver o que Paulo disse?
Gálatas 3:10 – “Todos aqueles que são das obras da lei estão debaixo de maldição...”
Gálatas 3: 13 – “Cristo nos resgatou da maldição da lei...”
Efésios 2: 15 – “Na Sua carne (em Si mesmo) desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos que consistiam em ordenanças...”
AGORA OBSERVE O QUE DIZ O MESMO APÓSTOLO
Efésios 6:2 –“Honra teu pai e tua mãe, que é o primeiro mandamento...”
Seria ilógico, já que o “mandamento” fora desfeito, Paulo mandar observar esse mandamento, não acha? E tem mais, afirma ele que há uma promessa para os que o observam. Sabe qual é? Longevidade (vida longa). E esse é o quinto mandamento da Lei de Deus.
Romanos 3:31 – “Anulamos a lei pela fé? De maneira nenhuma...”
I Timóteo 1:8 – “Sabemos, porém, que a lei é boa...”
Romanos 7:16 – “E, se faço o que não quero, consinto com a lei que é boa.”
Romanos 7:12 – “E assim a lei é santa e o mandamento santo, justo e bom.”
Percebeu? Para os crentes de Roma, a lei também era e é: boa, santa e justa. Isso é maravilhoso, não é? Ora! Não foi “desfeita” a lei? Não é maldito o que a observa? Por que então “estabelecer” uma lei nestas condições, inda mais sobre a base da fé? Extraordinário! E agora? Para onde ir, amado! É inconcebível que uma coisa maldita, desfeita, anulada, seja boa. Concorda?
Atente para esta expressão: “Segundo o homem interior”. Paulo refere-se ao homem espiritual. Sim, os crentes espirituais têm prazer na Lei de Deus.
Romanos 7:22
“Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus.”
Romanos 7:25
“Dou graças a Deus... assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à Lei de Deus...”
OBSERVE – Paulo já disse que a lei é: santa, justa, boa, espiritual, tinha prazer em guardá-la e agora afirma que dá graças a Deus por isso. Que maravilhoso!
Para quem estudou até aqui, é possível compreender que há diversidade de leis na Bíblia. Paulo menciona muito o termo lei, nos assuntos que enfoca. Muitas vezes o faz de forma explícita e clara. Algumas vezes de forma dificultosa ao entendimento imediato, e nalguns textos dá a entender ter ligado várias leis, para externar seu ponto-de-vista.
Porém, em nenhuma ocasião deixou antever o cancelamento da Lei Moral dos Dez Mandamentos, mas afirma com veemência o fim da Lei Cerimonial, e há momento que, ao se referir à lei, o faz tendo em vista o Pentateuco, e até mesmo toda a Bíblia.
I Coríntios 14:21 – “Está escrito na lei: Por gente doutras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e assim não Me ouvirão, diz o Senhor.”
I Coríntios 14:34 – “As mulheres estejam caladas nas igrejas... estejam sujeitas como ordena a lei.”
I Coríntios 9:9 – “Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi que trilha o grão...”
I Timóteo 5:18 – “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha...”
Viu como fica claro o estudo de comparação texto com texto? Com base em um mesmo texto, uma vez Paulo o atribui à lei, outra, suprime o termo lei, usando a palavra Escritura, dando a entender que toda a Escritura é lei, o que é verdade.
Portanto, esse é o sincretismo de Paulo, que muitos deixam de alcançar porque evitam “cavar fundo”. Certo é que Paulo estabelece a diversidade de leis, realçando uma, a Lei Moral (os Dez Mandamentos), e mostrando a caducidade de outra, a Lei Cerimonial, correto?
Daqui para a frente estudaremos mais alguns textos da lavra paulina concernentes à lei, e o irmão vai guardando tudo dentro do coração.
Romanos 7:14 – “Porque bem sabemos que a lei é espiritual...”
Romanos 8: 7 – “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus.”
Paulo novamente realça a lei dos Dez Mandamentos, enfatizando a incapacidade de o homem carnal guardá-la, o que só é possível aos crentes espirituais. Arremata dizendo que o transgressor da lei é inimigo de Deus, o que é grave.
Romanos 7:6
“Mas agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que está- vamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.”
“Livres da lei”. – Por quê? Simples. Antes, porém, jamais pensemos que esse “livre” faculte a liberação geral, porque a Lei Moral jamais envelhece.
A lei só tem uma finalidade: apontar pecados. E a transgressão da lei é pecado (I.S.João 3:4). Disso Paulo não deixa dúvida, ao dizer: “...O pecado não é imputado não havendo lei” (Romanos 5:13). Então, guardando os mandamentos da Lei de Deus, não estaremos sob condenação e assim “estamos livres” de sua penalidade. Não livres da lei. Veja bem, por quê?
A lei é espiritual, como afirmou Paulo. O homem carnal não é sujeito à Lei de Deus. O homem carnal transgride a lei despreocupadamente, porque é carnal. Este homem rouba e a lei diz: “não furtarás”. Ao se converter, este homem deixa de roubar; dessa forma passa da esfera carnal para a espiritual, que é a própria esfera da lei, e então ela deixa de acusá-lo de roubo.
Todavia (não desejo), se um dia esse homem voltar a roubar, novamente a lei tornará a acusá-lo: “não furtarás”. Compreende como a lei não perde o valor quando o homem se converte? Ela simplesmente não terá domínio sobre ele, não o acusará por todo o tempo que a não transgredir.
Romanos 7:8 – “Mas, o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, obrou em mim toda concupiscência; porquanto sem lei estava morto o pecado.”
O apóstolo Paulo descobriu e ensinou que não teria conhecido o pecado não fosse a lei (Rom. 7:7). Disse que o pecado estaria morto, se não existisse a lei (Rom. 5:13). A lei lhe revelou a hediondez do pecado; por isso afirma: “O pecado reviveu e eu morri”. Romanos 7: 9.
Sim, mas Paulo não permaneceu morto; observando a lei, o pecado desapareceu, ele reviveu para uma vida nova, e quem “morreu” agora foi o pecado, enquanto ele vivia em obediência, livre da penalidade da lei.
I Coríntios 15:56
“Ora, o aguilhão da morte é o pecado. E a força do pecado é a lei.”
Por quê? Lógico, a lei aponta o pecado. É a sua exclusiva função. Ela possui força para mostrar o pecado na vida do homem, e mais, sua força é tal que ele morrerá, se não procurar o remédio divino: Jesus Cristo.
Romanos 7:7
“Que diremos, pois? É a a lei pecado? De modo nenhum; eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.”
Querido irmão, dizem que Paulo chama a lei de maldita (Gál. 3:10); logicamente esta que menciona agora, realçando surpreso “de modo nenhum”, forçosamente não pode ser a mesma. Vamos então descobrir qual é ela. Na sua Bíblia, depois dos dois pontinhos que antecedem as palavras “não cobiçarás” (Rom. 7: 7), há o número “8”, bem miudinho’. Vá ao rodapé da Bíblia (referência) e ela o conduzirá até Êxodo 20:17, que é a Lei Moral (os Dez mandamentos), o Decálogo.
Nunca foi difícil mesmo em meio à profunda dialética paulina descobrir sua exaltação à Lei Moral. Ensinava ele, que sem a vigência atuante da Lei de Deus não pode existir o pecado. O “pecado é a força da lei”, ou seja: o pecado existe porque a lei o revela.
Uma vez me disseram: “Você adora um Deus morto, a Lei Moral foi pregada na cruz, por isso está sob sua maldição”. Meu amado, para Paulo não é assim, está claro? “De modo nenhum”, enfatiza ele. Paulo só se apercebeu da malignidade do pecado quando se espelhou na Lei de Deus. Diante dela, esta o acusou de concupiscência.
Por outro lado, quando Paulo era carnal (isto é, antes de sua conversão), cobiçava, matava (possuia carta de autorização para isso), judiava com os crentes, e sua consciência não lhe doía. Participou da morte de Estevão e tudo era-lhe absolutamente normal.
Mas, agora, Saulo é Paulo, o ímpio é cristão, o carnal é espiritual, e assim des-cobriu ele o verdadeiro valor da lei, e no poder de Cristo guardou-a enquanto viveu.
Mais três textos claros definem, se houver dúvidas, que a lei é imprescindível na dispensação cristã para que possamos apresentar ao mundo que o pecado ainda impera, e, portanto, há a necessidade do Salvador Jesus.
Romanos 3: 19-20 – “...Porque pela lei vem o conhecimento do pecado.”
Romanos 4: 15 – “...Porque onde não há lei, também não há transgressão.”
Romanos 5: 13 – “...Mas o pecado não é imputado não havendo lei.”
É bastante claro o ensino de Paulo. Ele não tem dúvida. A lei permanece em vigor, enquanto existir o pecado. Quando porém o pecado for erradicado da Terra, a vigência da lei cessa.
Atente agora para este ângulo da lei:
I Timóteo 1: 9-10
“Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas; para os homicidas; para os fornicários, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos; para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina.”
Observe que o crente está isento aí nesta relação pavorosa. Por quê? – Porque a lei só aponta pecados. Então só os pecadores são “alvos” da Lei de Deus. Mas o crente que guarda só nove mandamentos cai da “sã doutrina” e passa a ser transgressor da Lei de Deus. Ouça:
Tiago 2:10
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”
Esse “um só ponto” é o Sábado que muitos teimam achar que foi abolido. Evidentemente, se Paulo afirma que a lei está em vigor, o Sábado também está, e, porque ele faz parte integrante dela, quem não observá-lo se faz transgressor e a Lei de Deus o acusará.
Estudemos o último verso desta bateria. Ele é muito interessante.
Romanos 10:4
“Porque o FIM da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.”
O termo “fim” empregado aqui neste texto é proveniente da palavra grega telos, e muitos querem dar-lhe o sentido de “término”, “encerramento”, “abolição”. Mas, ouça isso:
I São Pedro 1:9
“Alcançando o FIM da vossa fé, a salvação das vossas almas.”
Ora, o telos aqui é o mesmo, também o é o sentido, mas jamais aceitaremos o “término”, “encerramento” e “abolição” da fé do crente, por este texto!
Meu amado, a palavra “FIM”, aqui empregada, tem o sentido de finalidade, objetivo e propósito. Você nunca escreveu cartas assim?
“Esta tem o fim (objetivo) de informar a V.Sas...”
“Com o fim (propósito) de convidá-los...”
“Com o fim (finalidade) de explicar-lhes...”
Imagine o irmão, se aceitássemos que o “fim” de Romanos 10:4, cancelou a Lei de Deus, estaríamos diante de uma tremenda contradição. Afinal, Paulo, através de inúmeras Escrituras, provou que a Lei Moral está em vigor. Agora, veja:
Eclesiastes 12:13
“De tudo o que se tem ouvido o FIM é: teme a Deus e guarda os Seus mandamentos...”
Considere: Este fim aí, nos desobriga de temer a Deus e transgredir Seus mandamentos? Claro que não!
Meus amados, é grande perigo a falta de humildade, e pior a insinceridade. Sábio é o que aprende com a experiência dos outros, certo?
De outra feita, para não aceitar uma verdade bíblica que não coadunava com seu pessoal ponto de vista, um querido irmão, membro de uma tradicional Igreja Evangélica, disse que a minha Bíblia estava errada.
Entristeci-me deveras, porque muito amo este irmão!
Para que você saiba como é perigoso fazer doutrina de um texto isolado, e pior, chegar à este insólito extremo (achar que a Bíblia está errada), vou dar-lhe o texto com o qual aquele amado irmão quis provar-me que as segundas tábuas de pedras dos Dez Mandamentos foram escritas por Moisés, e não por Deus.
O texto isolado que, com enorme ênfase leu para mim, é este:
Êxodo 34:28
“E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras do Concerto, os Dez Mandamentos.”
Ele afirmou com toda veemência, estribando-se neste verso solto, que Moisés foi quem escreveu a Lei nas segundas tábuas de pedra.Todavia, eis o que diz o contexto:
Êxodo 34:1
“Então disse o Senhor a Moisés: Lavra-te duas tábuas de pedra, como as primeiras; e EU escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste.”
Veja: Deus disse: EU escreverei! (Capítulo 34: 1).
E escreveu! – Quer ver?
Êxodo 34: 28
“E esteve (Moisés) ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão nem bebeu água, e (Deus) escreveu nas tábuas as palavras do concerto, os Dez Mandamentos.”
Apenas o contexto, Êxodo 34: 1, bastaria para provar que Quem escreveu pela segunda vez, e se preciso fosse, mil vezes mais, foi Deus. Esta parte da Bíblia o Senhor não permitiu que o homem escrevesse. Fê-lo para provar ao mundo que Sua santa Lei é intocável.
Os textos acessórios que comprovam esta verdade, e que na oportunidade ofereci-lhe, são: Deuteronômio 10:1,2,4: 5:1-22, etc. Que acha você, amado?
PRESTE ATENÇÃO – Sabe por que Deus fez uma cópia “xerográfica” da Lei, ao Moisés tê-la quebrado? Porque Ele é imutável, Sua vontade é soberana. Quando Deus diz:
• “Mulheres sejam submissas a seus maridos”
Ele não vai mudar as regras por causa dos movimentos feministas.
• “Honra a teu pai e a tua mãe”
Ele não vai mudar as regras para os filhos desobedecerem aos pais.
• “Maridos, amai a vossas mulheres”
Ele não vai mudar as regras para o esposo sentir-se livre para trair os sagrados laços matrimoniais.
• “Lembra-te do Sábado para o santificar”
Ele não vai mudar as regras para que o domingo seja um dia santo.
Quando Deus disse a Moisés:
“Lavra-te duas tábuas de pedra, como as primeiras...” Êxo. 34:1.
Deus não permitiria que um homem mortal reescrevesse os Dez Mandamentos, porque tais mandamentos são o transcrito de Seu caráter.
Aliás, teria Moisés os mesmos recursos para reescrevê-los?
– Lembre-se, quando Deus escreveu Seus Dez Mandamentos o Monte Sinai estremeceu qual tremendo terremoto. Pense: O que mais fez Deus para reescrever Sua lei?
Onde não há lei, o mais forte é que domina.
Além de tudo, a lei protege. Vivas a Deus que criou
com eterno amor uma lei para reger Seus filhos.
Abraço!!!