sábado, 16 de fevereiro de 2013

CASTIGO ETERNO (SEM FIM) PARA OS PECADORES?


“Porque, eis que Eu crio Céus novos e nova Terra, e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.” Isaías 65: 17.
Não coaduna com o pensamento divino pecadores ficarem queimando para todo o sempre em uma Terra renovada.
Deus disse para o homem: “CERTAMENTE MORRERÁS” – Gênesis 2: 17.
Satanás retrucou: “CERTAMENTE NÃO MORRERÁS” – Gênesis 3: 4.
Quem falou a verdade?
Esta mentira satânica, de que “os pecadores viverão para sempre, e que nem o fogo do inferno poderá extinguir a centelha de vida”, tem sido pregada dos púlpitos, em acintosa rejeição à Palavra de Deus.
O castigo dos ímpios é por tempo limitado.
O galardão dos justos é para sempre.
A idéia medieval do inferno predomina ainda entre boa parte da cristandade. Um inferno semelhante ao criado pela superstição romana em que homens ficarão eternamente queimando, fustigados pelos tridentes dos demônios que o habitam.
Este pensamento de que o pecador queimará para sempre, é esposado por ilustres cristãos que o aceitam sempre associado com suplício, terror, tormento e dor, intermináveis. Para tal, baseiam-se em três textos bíblicos, especialmente:
Mateus 25: 46
“E irão eles para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”
Marcos 9: 43,46
“E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrar na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.”
Mateus 25: 41
“Então dirá também aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.”
Qualquer irmão, com sinceridade, certamente lendo estas passagens isoladas, irá crer nesse inferno que por aí é propalado. Mas, na verdade, o que realmente ensina a Bíblia a respeito? Consultemo-la.
Inferno quer dizer sepultura, lugar de silêncio, parte inferior, lugar dos mortos. É traduzido da palavra hebraica sheol no Antigo Testamento e da palavra grega hades no Novo Testamento. É para lá que, após a morte, todos, tanto bons quanto maus, ricos e pobres, salvos ou não, irão aguardar a ressurreição. Pois inferno é sepultura. Ouça:
Jonas 2: 1-2
“E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe, e disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e Ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e Tu ouviste a minha voz.”
Observe que, aqui, inferno não dá idéia de suplício, nem de fogo, nem de punição, tormento ou agonia, mas simplesmente de um lugar inferior – neste caso, as profundezas do Mar Mediterrâneo.
Salmo 89: 48
“Que homem há, que viva, e não veja a morte? Ou que livre a sua alma do poder do mundo invisível?”
Esclarece, pois, o salmista, que todos os seres humanos morrerão, indo à sepultura (inferno), que denomina lugar invisível.
Jó 17: 13
“Se eu olhar a sepultura como a minha casa, se nas trevas estender a minha cama.”
O patriarca chama a sua casa de sepultura (inferno), e Salomão, o grande sábio, assim afirma, veja:
Provérbios 5: 5
“Os seus pés descem à morte, os seus passos firmam-se no inferno.”
Evidentemente, não há dúvida de que o inferno crido pelos autores bíblicos é um lugar inferior, debaixo da terra, a sepultura, lugar de todos os mortais.
Chamo a atenção do irmão, agora, para o aspecto mais contundente da verdade que desejo apresentar. Observe estes dois textos da Escritura:
Salmo 16: 10
“Pois não deixará a Minha alma no inferno, nem permitirá que o Teu Santo veja a corrupção.”
Atos 2: 27
“Pois não deixarás a Minha alma no hades, nem permitirás que o Teu Santo veja a corrupção.”
Notou? Lucas troca a palavra inferno, que Davi usa, pelo vocábulo hades, e no verso 31 esclarece cristalinamente que quando se reportava ao inferno, isto é, que Cristo não permaneceria no inferno, estava se referindo ao inferno como sepultura, ao asseverar:
Atos 2: 31
“Nesta previsão disse da ressurreição de Cristo que a Sua alma não foi deixada no hades...”
Portanto, nada mais claro que o inferno é sepultura, assim demonstrado pelos textos lidos, através da inspiração dos expositores bíblicos, patriarcas, profetas, apóstolos e o médico Lucas.
Desta forma, nenhuma destas passagens que se referem ao inferno quer dar a idéia de suplício, castigo ou fogo. Não ensina a Bíblia em nenhuma de suas páginas que há um lugar especial no Cosmo ou na Terra, sobre ela ou debaixo dela, que se tenha transformado no inferno, com demônios, fogo e suplício.
Quanto ao “fogo que nunca se apaga”, “nem o seu verme morre”, aparentemente sugere o castigo interminável, mas... vamos examinar estes textos à luz da Palavra de Deus, confrontando com a História Universal, para que a verdade aflore e edifique a nossa fé, certo?
Antes, porém, observe que o fogo não devora o bicho! Ora, quem executa o juízo? O fogo ou o bicho? Também, se o bicho não morresse, a destruição não seria completa, seria meia destruição, não é?
Havia ao redor dos muros de Jerusalém, um vale muito grande onde os pagãos queimavam crianças vivas em honra ao deus Moloque, e também eram ali lançados os detritos, cadáveres de malfeitores, supliciados, corpos de animais e toda sorte de imundícies recolhidas na cidade.
Era um vazadouro de lixo (lixão público da cidade). Ali era acendido um “fogo que nunca se apagava”, isto é, estava constantemente aceso, haja vista haver todos os dias despejo de detritos e muita “carniça”.
Dessa forma, os dejetos que não eram consumidos pela ação intermitente do fogo, o era pela ação devastadora dos “vermes”, que proliferavam aos montões naquele amontoado de lixo. Digo-lhe, amado, aquele fogo “que não se apagava” era essencial, sobretudo, para a preservação da saúde do povo do lugar, daí ser reacendido a todo instante, para nunca se apagar.
Esse era o chamado Vale de Hinon ou Geena (Jer. 7:31). Certamente a cena impressionava os escritores bíblicos. Estando, pois, indelével em suas mentes, fazem aplicação desse quadro no campo espiritual, tornando-o um “simbolismo do fogo consumidor do último dia do julgamento e punição dos ímpios.”
Muitos aplicam a expressão “fogo eterno” ao desejo mórbido de ver pecadores (ainda que o sejam) queimando por toda a eternidade sem fim, entre gritos alucinantes. Mas, isto não é certo, quer ver? Responda-me: As cidades de Sodoma e Gomorra estão queimando até hoje? Ouça:
Judas 7
“Assim, Sodoma e Gomorra... havendo-se corrompido... foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.”
Não é gritante a clareza do texto? Foi posta como EXEMPLO da pena do fogo eterno. Vale enfatizar que estas cidades foram mencionadas pelo irmão de Jesus como sendo exemplo de quem recebe o castigo do fogo eterno.
Mas, meu prezado irmão, embora tenham sofrido a pena do fogo eterno, não estão essas ímpias cidades queimando até hoje, correto? A eternidade daquele fogo devorador foi tão rápida, que durou apenas “um momento”. Eis a prova:
Lamentações 4: 6
“Porque maior é a maldade da filha do meu povo que o pecado de Sodoma e Gomorra, a qual se subverteu como num momento...”
Deus tomou as providências para o esclarecimento definitivo do fato. Sabe você o que existe no lugar dessas ímpias cidades? Um mar! Sim, o Mar Morto. (85 km de água super salgada ao sul da Palestina). E o fogo eterno, onde está?
Ainda há uma segura e abalizada palavra profética sobre o assunto. Preste muita atenção:
Jeremias 17: 27
“Mas, se não Me derdes ouvido, para santificardes o dia de Sábado, para não trazerdes carga alguma, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de Sábado, então acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém, e não se apagará...”
O profeta diz que tal fogo é semelhante a um fogo eterno. Agora o irmão vai ver o cumprimento inloco dessa formidável profecia:
II Crônicas 36: 19-21
“E queimaram a casa do Senhor e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo... para que se cumprisse a Palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a Terra se agradasse dos Seus Sábados...”
Pois bem, a profecia de Jeremias cumpriu-se religiosamente, demonstrando ao mundo a sacrossantidade do Sábado; apenas o fogo que ele mencionou não se apagaria; apagou-se! E agora: O profeta mentiu? Não foi ele inspirado pelo Espírito Santo? Aguarde! Os edomitas estavam sob a indignação do Senhor e Isaías então preconizou:
Isaías 34: 9-10 – “E os seus ribeiros se transformarão em pez (piche), e o seu pó em enxofre, e a sua terra em pez ardente. Nem de noite nem de dia se apagará, para sempre o seu fumo subirá...”
Sim, amado, foi profetizado que os rios da cidade de Edom se transformariam em piche ardente e sua fumaça subiria ao Céu para sempre, e nunca se apagaria. Mas, pergunto-lhe: Onde estão os edomitas? Já desapareceram há milênios e na sua terra o fumo não está subindo nem queimando e muito menos o piche (matéria prima do asfalto) está ardendo até hoje (Eze. 25: 13-14). O eterno, então, teve limitações? – Sim, teve, com sinceridade devemos crer. Grave esta declaração:
“Para qualquer pessoa isenta de preconceitos, as palavras que se traduzem por ‘eterno’ e ‘todo o sempre’ não significam necessariamente que nunca terão fim. No Novo Testamento, vem do grego aión, ou do adjetivo aiónios. É impossível forçar este radical grego significar sempre um período que não tem fim. Quando aplicado a coisas terrenas tem sentido restrito de duração enquanto durar a coisa a que se liga; quando junto a Deus ou coisas derivadas de Deus, então, sim, exprime duração sem fim.” – Subtilezas do Erro, págs. 236/7, A.B. Cristianini, grifos meus.
Compreende? Que haverá o castigo eterno dos pecadores, através do “fogo eterno”, não se pode duvidar. É inegável! Porém, o fogo eterno é enquanto existir “matéria” para queimar. Porém, acabando os elementos, seja animal ou vegetal, o fogo apagará, assim como apagou-se nas cidades de Sodoma e Gomorra, nas portas de Jerusalém e nas cidades de Edom.
Certamente o castigo que Deus infligirá aos pecadores será de acordo com o grau de pecado cometido. Os pecadores pagarão até o “útimo ceitil” (Mat. 5: 26). Logicamente se um pecou mais que o outro, esse queimará mais que aquele, mas terá fim, por três razões fundamentais e simples:
Primeira: Desejar que seres humanos, ainda que pecadores, fiquem queimando por toda uma eternidade, entre gritos lancinantes de dor, é um desejo mórbido, inconcebível no cristão e estranho para Deus.
Segunda: Deus, através do profeta Malaquias, deixa claro que o aniquilamento do pecador seguir-se-á imediatamente após haver pago todos os seus pecados, na terceira vinda de Cristo.Vamos ler:
Malaquias 4: 1-3
“Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha, e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. E pisareis os ímpios, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que farei, diz o Senhor dos Exércitos.”

ESCLARECENDO:
“Raiz”: Satanás. “Ramos”: Todos os que lhe deram ouvidos. Todos serão extirpados da face da Terra. “Naquele dia” – a volta de Jesus.”
Terceira: A erradicação de todo resquício do mal é “essencial ao bem-estar de toda a criação”. O profeta Isaías consolida o assunto afirmando que Deus “aniquilará a morte para sempre...” (Isa. 25: 8). Eu não duvido, e você?
Finalizando, digo-lhe amado, os ímpios desaparecerão sob a ação do fogo de Deus, junto com Satanás e suas hostes de maldade, e com esse fogo, que os destruirá para sempre, Deus purificará toda a Terra, para receber de volta o Jardim do Éden e posteriormente doando-a em possessão eterna aos salvos (Mat. 5: 5).
Seria desconcertante habitar uma Terra nova e pura, restaurada, repleta de gozo, felicidade e paz, ouvindo gritos horríveis de pecadores queimando, não é? Claro que sim!
Que acha você seja melhor: Gozar as delícias eternas, sabendo que, em algum lugar, estão pecadores, parentes e amigos, queimando, entre gritos de desespero, ou o prazer do salvo será melhor sabendo ele que o pecador já recebeu seu castigo, pagou o que devia, e desapareceu completamente?
OS ATRIBUTOS DO CARÁTER DE DEUS SÃO:
— AMOR, JUSTIÇA, MISERICÓRDIA —
Nenhum dos atos divinos pode estar dissociado destes elementos.
AMOR Deus não quer que o homem se perca (perdendo-se, será por sua exclusiva vontade, porque Deus perdoa a todo pecador e qualquer pecado, desde que confessado e abandonado), mas não pode interferir em sua vontade. Se ele rejeita a salvação, Deus tem que executar a justiça.
JUSTIÇA Erradicar o mal completamente da Terra. Destruir Satanás, seus anjos maus e os pecadores que recusaram a salvação, ficando agarrados ao pecado.
MISERICÓRDIA A morte do pecador, conquanto pareça um ato estranho da divindade, é um gesto de misericórdia de Deus, pois que, seria um suplício para o ímpio estar em um ambiente onde não tivesse os prazeres e deleites que amou e decidiu não renunciar, em toda a sua vida.
Embora o pecador, de livre escolha, recuse a vida eterna e seja condenado ao inferno para ser devorado pelas chamas, padecendo sem nunca morrer, caracterizaria a justiça sem misericórdia, e assim o amor de Deus seria posto em dúvida.
CONSIDERE: 
Se o pecador ficar queimando para sempre, é uma prova de que ele tem vida eterna, razão por que não morre. Mas a Bíblia afirma que o dom da vida eterna é para os justos e salvos, apenas. A morte, por conseguinte, faz cessar a vida, e não continuar.
Se o pecador vai ficar queimando em sofrimento, como conciliar com a afirmação bíblica de que o sofrimento será erradicado da Terra? (Apoc. 21:4). A Nova Terra também não pode abrigar coisas velhas, principalmente pecadores queimando.
A mãe é a mais preciosa dádiva divina. Você, como um filho amoroso, suponhamos, tem uma mãe que recusa aceitar o evangelho. Você insiste, apela, pois quer vê-la no Céu. Ela recusa, se mostra indiferente, e então, com profunda tristeza e pesar, você percebe que ela não foi salva. Isto não interfere no seu amor de filho. Embora “perdida” você jamais desejaria vê-la no fogo para sempre, certo? O amor filial explodiria em seu peito e faria você recusar esta idéia profundamente cruel.
Se a relação de filho para com a mãe, é assim, como não será de pai (o Pai do Céu) para filho?
Este amor tem o Pai Celestial pelos pecadores. Ainda que, como tais, pereçam, o amor de Deus não permitirá que fiquem sofrendo no fogo para todo o sempre.
– Simplesmente desaparecerão, após pagar todos seus pecados!
Apresentando certa vez este tema a um querido irmão observador do domingo, disse ele enfático: “Se o pecador não ficar queimando no inferno, então comamos e bebamos que amanhã morreremos.”
Ele deixou transparecer que, sem inferno e suplício eterno, melhor seria viver no gozo do pecado hoje. Este é um preconceito que surge imperceptivelmente até mesmo em corações muito sinceros, todavia, este sentimento em relação ao ímpio de exigir que fique queimando para sempre, é estranho à Bíblia e não encontra eco no coração de Deus.
Você, meu dileto irmão, jamais esqueça: É o amor que nos deve constranger a obediência e não o terror do castigo.
Na Obra Católica “A Luz do Inferno”, há esta descrição infernal:
“Escutai a tremenda, horrível gritaria de milhões e milhões de criaturas atormentadas e enlouquecidas de fúria no inferno. Oh, os gritos de terror, os gemidos de dor, os brados de agonia, os guinchos de desespero de milhões e milhões!
“Escutai-os ali bramirem como leões, sibilarem como serpentes, latirem como cães; lamúrias de dragões. Ouvi ali o ranger de dentes e as terríveis blasfêmias dos demônios. Acima de tudo, ouvis o troar dos raios da ira divina, que abalam o inferno até as profundezas.
“Mas, há outro som... é o som dos oceanos de lágrimas que vertem os incontáveis milhões de olhos.”
Ufa! Este tipo de inferno foi o que, por muitos anos, ofuscou a crença em um Deus justo.
Esta doutrina diabólica, trouxe descrédito ao caráter de Deus e criou milhões de ateus.
“Um inferno ardendo eternamente, pregado do púlpito e conservado diante do povo, é uma injustiça ao benévolo caráter de Deus. Isto O apresenta como o maior tirano do universo. Este espalhado dogma tem encaminhado milhares ao universalismo, à infidelidade e ao ateísmo”. – EGW, Test. Sel. vol 1, págs. 119-120.
MEDITE NISTO: 
• Se Deus “não tem prazer na morte do ímpio” (Eze. 33:11), quanto mais vê-lo sofrer para sempre, depois que a história do pecado acabar!
• Imagine, Deus exigir de uma pessoa que pecou durante 70, 80 ou 90 anos que fique queimando milhões e milhões de anos na eternidade sem fim. Não tem sequer lógica, não é?
Querido irmão, a vida é decisão constante. Se você crê na doutrina do “castigo eterno” como acabo de lhe apresentar, decida-se a vivê-la e ensiná-la aos que ainda a desconhecem.
Abrazo!

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